REFLEXÃO
Paços de Brandão é uma freguesia muito bonita para se viver, com uma história magnífica que data desde antes da própria nacionalidade portuguesa. Durante muito tempo, esta terra foi uma verdadeira referência para todas as outras freguesias de Santa Maria da Feira.
Porém, a actualidade tem-se revelado bastante diferente desses tempos áureos: deixamo-nos simplesmente dormir no tempo. De repente, deparamo-nos com o facto de muita coisa nos faltar, parecendo não haver vontade de se fazer algo que mude isso, dando a entender que há sempre certos interesses que falam mais alto. Na minha opinião, há demasiada vaidade e atitudes menos próprias das pessoas desta freguesia, que são muito reprováveis. O egoísmo fala mais alto. Quanto às outras freguesias, estas pura e simplesmente se desenvolveram e cresceram, enquanto a nossa estagnou no tempo. Pouco se faz agora.
Há muitos problemas que têm de ser resolvidos e iniciativas que podem ser tomadas para que tudo melhore consideravelmente. Entre eles destaco a questão das lixeiras espalhadas um pouco por toda a freguesia (a que este blog já fez referência por diversas vezes) e a falta de civismo dos condutores que, por terem um BMW, um Audi, ou outra marca de topo, não deixam fluir o trânsito (com o agravamento de não termos estradas alcatroadas, fazendo com que os paralelos e as constantes obras que se efectuam estraguem continuamente os nossos carros).
Algo que também me perturba, é o facto de não haver um lugar onde possamos amadurecer a nossa cultura geral ou até ocupar nossos tempos de lazer, como por exemplo uma biblioteca, videoteca ou até mesmo uma discoteca (durante muitos anos houve uma que tanta gente atraiu e que, devido à inveja e falta de compreensão de muitas pessoas, deixou de existir). Falando no banal, o que não falta são cafés em quase todos cantos de Paços de Brandão.
Por outro lado, temos uma Quinta lindíssima (um belo espaço onde está inserido o campo de ténis) que está praticamente ao abandono. Para se chegar a certos sítios dentro deste parque é quase uma aventura. Tive a oportunidade de fazer dois piqueniques no Verão e apercebi-me que para chegar á casa de D. António, é preciso dar voltas e voltas, quando os acessos poderiam estar bem mais facilitados. Conheci este lugar há muitos anos atrás e era tudo bem diferente do agora! Em actividades da OTL (Ocupação dos Tempos Livres, agora OTJ) eu e muitos jovens da altura, chegamos a andar a limpar a mata. Era um orgulho! Hoje não vejo nada disso. Porque não ocupar os nossos jovens na limpeza da mesma, prevenindo assim o risco de incêndio?
Gostava que a minha terra fosse melhor e que se fizesse mais esforços para a melhorar. Há muitos problemas por resolver e ninguém faz nada. Espero que a nova Junta de Freguesia seja mais empenhada e nos tire deste marasmo.
Assinado: Sara
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