domingo, 28 de outubro de 2012

Júlio Oliveira - Uma história Brandoense

Quem é Júlio Oliveira?

Foto antiga de um familiar de Júlio Oliveira
Há cerca de 1 ano atrás, uma leitora deste blog no estrangeiro, contactou-nos através de Facebook e pedia ajuda ao Engenho para tentar encontrar  parentes seus  em Paços de Brandão. Estes tinham como elo de ligação, precisamente Júlio Oliveira, e cujo contacto há muito se havia perdido.

Nos inícios do século XX, e num período em muito semelhante ao que vivemos  hoje, foram inúmeros os Portugueses que para terem uma vida melhor, se viram obrigados a rumar para outras paragens. Júlio Oliveira foi mais um desses aventureiros que deixou a sua terra natal e partiu também, no seu caso, a aventura levou-o até ao Brasil. Este Brandoense lá se instalou pelas terras Brasileiras, onde casou,  teve filhos e ficou até ao fim dos seus dias, sem ter nunca mais regressado à terra que o viu nascer.
Apesar disto, e durante muitos anos, manteve o contacto por escrito, de forma mais ou menos regular, com os seus familiares de cá. Após a sua morte, esse contacto continuou através do seu filho. Porém, com o passar do tempo, as cartas foram diminuindo, até que um dia, com a morte deste filho de Júlio, simplesmente acabaram. Apesar dos esforços levados a cabo de cada um dos lados do Atlântico na busca recíproca de informações, parecia que o elo familiar deixado por Júlio havia simplesmente terminado.

Esta história poderia findar-se aqui, não obstante, o que queremos realmente contar, e bem mais importante, é  sobre o significado e o valor  que por vezes damos à nossa família  e às nossas origens!

Pois bem, quis o destino que a história de Júlio se cruzasse também com a história deste blog -  o Engenho no Papel. E agora que passam 3 anos do nosso nascimento, faz todo o sentido contar a epopeia emocionante levada a cabo pela neta de Júlio, a qual nunca desistiu de procurar o elo familiar que a ligava a Paços de Brandão e recuperar o legado do seu avô.

Como tínhamos escrito em cima, há cerca de 1 ano atrás, era solicitado pela neta de Júlio via Facebook, que o Engenho publicasse um foto antiga (a mesma que aqui trazemos hoje como ilustração), na tentativa de que fosse reconhecida por alguém em Paços de Brandão, e talvez a pudesse levar a encontrar os seus  familiares desaparecidos. Uns meses antes, já essa neta, tinha viajado até nós desde os EUA (onde agora reside), mas as suas buscas goraram-se infrutíferas, uma vez que as pessoas contactadas nada sabiam dizer sobre Júlio. Por isso, esta, seria mais uma tentativa no seu esforço, para encontrar o elo perdido que a ligava a nossa terra.

Após algumas trocas de escritos, e em vez dessa publicação solicitada, no Engenho, decidimos dar uma ajuda mais directa através dos nossos colaboradores. Estes começaram por realizar uma busca nos seus familiares, que pudessem levar a encontrar o misterioso Júlio Oliveira. Contudo, após alguns avanços e recuos, durante cerca de 2 meses, as pistas seguidas, só levavam a becos sem saída.
Mudada a estratégia, alargamos os contactos a alguns Brandoenses mais velhos, e mais conhecedores das nossas gentes, e foi então que com a ajuda de um deles, se fez alguma luz ao fundo do túnel! Alguém reconheceu Júlio! Parecia que finalmente se ia desfazer o mistério, descobrindo-se o elo perdido que este havia deixado na nossa terra, e com isso, a sua neta poderia reunir-se aos seus parentes deste lado do Atlântico. E assim acabou mesmo por suceder no início deste ano de 2012, servindo o Engenho com todo o gosto, de ponte de ligação na reunião desta família.

Se há momentos em que nos podemos orgulhar, e até nos emocionar, pela criação deste blog, esse foi ajudar na reunião de uma família Brandoense desencontrada há anos!

O propósito do Engenho no papel, foi sempre o de levar Paços de Brandão mais longe, e de facto, com esta história que hoje aqui trazemos, podemos dizer com convicção: Conseguimos!

Mas acima de tudo, aquilo que realmente nos move, é sabermos que com o nosso trabalho (completamente altruísta, e que por vezes é mal entendido e mal aceite por alguns), conseguimos que a grande família que somos nós, os Brandoenses espalhados pelo Mundo, se sintam um pouco mais perto de casa através do Engenho no Papel!

Para todos esses nossos leitores, mas em especial aqueles que estão espalhados pelo Mundo, aqui fica o nosso sentido agradecimento por nos acompanharem na sua leitura ao longo destes 3 anos!

ENSAIO SOBRE IGUALDADE e FRATERNIDADE



Por: Carlos Varela

Em artigo anterior dei a conhecer um ponto de conhecimento de como se pode tratar a LIBERDADE e a RAZÃO para que Ela se possa atingir e compreender, restava efectuar igual tratamento para dois pontos importantes, que fazem parte da nossa humanidade, a IGUALDADE e a FRATERNIDADE.

Como sempre é na Civilização da Grécia Antiga, que se encontram determinados princípios, quer sejam políticos, sociais, ou filosóficos, que se encontram referidos nas constituições da maior parte dos estados modernos. Antifonte (Séc.V A.C.), diz-nos que: «OS HOMENS SÃO TODOS IGUAIS – Os que descendem de pais nobres, veneramo-los e respeitamo-los, e, aos que não são de boa família, não os veneramos nem os respeitamos. Nesse particular, comportamo-nos uns com os outros como bárbaros, pois somos por natureza iguais em tudo, tanto os Bárbaros como os Helenos. Isso fornece-nos a oportunidade de examinar o que por natureza é necessário a todos os homens. É possível obter tudo da mesma maneira, e em tudo isso não se distingue de nós um Bárbaro nem um Heleno. Pois acaso não expiramos todos o ar pela boca e pelo nariz, e não comemos todos com o auxílio das mãos?» (frg. 44, A 7 B 2 Diels).

Com a Revolução Francesa (1789), nasceu a “DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO”, revogada e confirmada pela “DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM”, de 10 de Dezembro de 1948, que nos diz: «Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. A finalidade de qualquer associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. O exercício dos direitos naturais do homem só tem por limites os que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo desses mesmos direitos». (Art, 1, 2, 3 e 4).

A nossa “Constituição da República Portuguesa”, referente aos “Princípios Fundamentais”, diz-nos: Artigo 1º, «Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária».

No que se refere aos “Direitos e Deveres Fundamentais”, Artigo 13º - Princípios de Igualdade: «1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei;  2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social».

BREVES CONSIDERAÇÕES
Todo o homem nasce livre, isto é, com o direito de desenvolver livremente a sua actividade física, intelectual e moral, e tem direito ao produto dessa actividade. Quer dizer que o que atrás se disse, implica a igualdade dos homens, visto  que todos os homens nascem com os mesmos direitos e devem conservar esses direitos, contudo, eles nascem membros duma colectividade e sujeitos, por tal facto, a todas as obrigações que implicam a manutenção e o desenvolvimento da vida colectiva.

O homem, ao ser naturalmente social, é por isso mesmo submetido a uma regra social que lhe impõe obrigações para com os outros homens, e que os seus direitos são apenas derivados das suas obrigações, dos poderes que possui para cumprir livremente e plenamente os seus deveres sociais.

O homem vive em sociedade e só pode viver em sociedade; a sociedade subsiste apenas pela solidariedade que une os indivíduos que a compõem. Tem direitos, mas estes direitos não são prerrogativas que lhe pertençam na sua qualidade de homem; são poderes que lhe pertencem porque, sendo homem social, tem um dever a cumprir e deve ter o poder de cumprir tal dever. É que a Liberdade é um direito porque o homem tem o dever de desenvolver a sua actividade individual tão completamente quanto lhe seja possível.

Concluindo: Todos temos deveres e direitos para com qualquer pessoa, só pelo facto de ele ser homem como nós. Fazemos parte dum todo que é a Humanidade, por isso o ideal da nossa natureza, tal como concebe a Razão, não abrange somente o desenvolvimento harmónico da nossa personalidade, mas exige além disso, que este desenvolvimento se opere sem prejuízo e até com proveito das personalidades que nos rodeiam; daí, dois grandes deveres para com os nossos semelhantes:

Respeitar neles o desenvolvimento regular da sua personalidade: é a justiça.
Contribuir na medida das nossas forças, para esse desenvolvimento: é a fraternidade.
Deveres de justiça e deveres de fraternidade, são as nossas obrigações para com os nossos semelhantes.


Nota:
Dedico estes Ensaios ao  Engenho no Papel e seus Administradores, pela passagem de mais um aniversário, na esperança  de que a frontalidade e liberdade de exporem os assuntos desta Terra de Paços de Brandão, continue por muito e muito tempo.


Paços de Brandão, 28 de Outubro de 2012

O Engenho no Papel, em Paços de Brandão há 3 anos...



CD PAÇOS DE BRANDÃO - ASSEMBLEIA GERAL - 26-10-2012

Enviado por e-mail:



C.D. PAÇOS DE BRANDÃO RECORRE AOS TRIBUNAIS CIVIS CONTRA O BOAVISTA F.C. – FUTEBOL SAD.

                  Foram apenas vinte e um sócios dos quais (dezassete - Directores/Membros Assembleia/Seccionistas) e mais quatro, que participaram e decidiram o seguinte na Assembleia Geral.

                 - Ponto nº1 Por unanimidade foi aprovada a leitura da acta nº 138.

                 - Ponto nº 2 Por maioria e com uma abstenção, foi aprovado o orçamento para a época de 01.07.2012 a 30.06.2013, no valor de Eur 164.379,56.
Só para compromissos bancários cerca de 60.000,00 euros.

 - No Ponto nº 3 sobre a actualização dos sócios, a situação é muito delicada, porque a maioria deles não tem apoiado o clube, mesmo após vários apelos para ajudarem, e pagarem as quotas. Em alguns casos é necessário ir a casa dos sócios seis a sete vezes, para quem anda por carolice !!! é muito chato.                
Estão por liquidar quotas do ano de 2011 e 2012 no valor aproximado
de 15.000 euros. Com esta actualização e pela previsão, os sócios vão diminuir e muito. 
Perante esta realidade, e com os cortes também efectuados pela Câmara Municipal, firmas da terra, e a população em geral, a direcção em reunião de 25 de Outubro decidiu que se a situação não se alterar, na Época de 2013/2014, o clube vai mesmo tomar medidas drásticas, porque é insustentável a situação que se vive no presente momento.

                 - Ponto nº 4 – O processo contra o Boavista F.C. sofreu um grande revés,  por negligência de alguém (FPF ou advogado-representante do clube), sendo o processo arquivado, na Federação Portuguesa de Futebol.
                   Assim, e na mesma hora o clube recorreu aos tribunais civis contra o Boavista FC SAD, tendo o processo dado entrada no Tribunal em seis de Setembro.
                   A direcção do clube pondera processar o advogado que certamente cometeu este grande erro, consciente ou não !!!
                  
Assembleia Geral CD Paços de Brandão

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Rue Libre mobiliza a comunidade artística em Santa Maria da Feira

Enviado por e-mail:





Rua Livre é um manifesto pelo espaço público. Rua Livre é um alerta para as nossas ruas, paras as nossas praças… para a utilização do nosso espaço público. Rua Livre será um encontro entre artistas e público, uma tarde de interacção e partilha… uma fonte potenciadora da criação artística para o espaço público.

Pela terceira vez, Portugal associa-se ao movimento Rua Livre, na sombra do francês Rue Libre, uma organização da Fédération Nationale des Arts de la Rue que ao longo dos anos se caracterizou pela sua dinâmica e ações marcantes.

Responsável pela génese do movimento em Portugal, a Artelier? associa-se em 2012 a outras entidades, dando vida a ações por todo o país. A PAR – Plataforma das Artes de Rua, o FIAR – Centro de Artes de Rua de Palmela e a Bússola| Plataforma para o Desenvolvimento Artístico e Cultural responderam positivamente ao desafio e juntam-se à causa do espaço público.

No próximo fim-de-semana decorrerão ações em diversos pontos do país, estando o convite aberto a todos os artistas para novos apontamentos espalhados pelo país.
Dia 27, em Vendas Novas, Loures, Lisboa e Palmela serão desenvolvidas ações de rua, com convite à participação de artistas e público, que unidos darão voz à causa do espaço público. No dia seguinte, a ação decorrerá em Cascais e Santa Maria da Feira.
Em todos os locais onde se irão desenrolar os apontamentos Rua Livre em Portugal será lido um texto manifesto da Plataforma Rua Livre Portugal, redigido por Nuno Paulino e que será brevemente disponibilizado através do Facebook.


No caso particular de Santa Maria da Feira, a ação decorrerá no Domingo 28 de Outubro, depois das 14h30, caracterizando-se por um convívio entre artistas e público, no espaço público, onde de forma espontânea irão ocorrer pequenos apontamentos e apresentações ao longo de cerca de 3 horas. À chamada já responderam diversos intervenientes do espaço público em nome individual, assim como, entidades que ao longo da tarde divulgarão parte do seu trabalho, são elas a Companhia Persona, Trapos com Histórias [Liliana Salomé e Saphir Cristal], Projeto EZ, Rafaela Oliveira [estátua viva], Saltimbancos de Santa Maria, Só Animarte e Wayout [em acústico].

Atendendo ao grande destaque que ontem a internacional Rue Libre deu aos eventos nacionais, em especial ao apontamento e à mobilização anunciada para Santa Maria da Feira, o nome da cidade e dos nossos artistas já está em destaque nesta Jornada Europeia das Artes de Rua.

Assim, reforçamos o convite à mobilização e à participação de todos os intervenientes em atividades artísticas desenvolvidas no espaço público.


BÚSSOLA | Plataforma para o Desenvolvimento Artístico e Cultural