sábado, 31 de julho de 2010

CDU - Tecto do Lavadouro de Soutelo (Fiães) em risco de ruptura

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Em diversas situações o PCP e a CDU têm chamado a atenção para a incúria e o desleixo em que se encontram muitos dos equipamentos e espaços públicos no nosso concelho. Vimos desta feita chamar a atenção para o estado de degradação e de risco iminente de queda do tecto do lavadouro público do lugar de Soutelo em Fiães.

Caso que se torna ainda mais grave por se encontrar neste estado lastimável, como as fotografias documentam, há mais de três anos e meio apesar dos alertas sucessivos dos utentes e da população daquele lugar junto dos membros da Junta de Freguesia.

O referido lavadouro serve a população dos lugares de Soutelo, Ferradal e Monte Grande.

O PCP de Stª. Maria da Feira ao denunciar publicamente a situação precária em que este equipamento público se encontra, vem desta forma exigir a intervenção urgente da Câmara Municipal e Junta de Freguesia no sentido da sua resolução para acautelar as condições de fruição e de segurança do Lavadouro de Soutelo.

Stª. Mª da Feira 30 de Julho de 2010
Comissão Concelhia de Stª Mª da Feira do PCP

Festa dos arcos 2010 - reportagem RTP

C.D. Paços de Brandão - Campeonatos 2010/2011

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sexta-feira, 30 de julho de 2010

António Feio - 1954 / 2010



"ESQUEÇAM A MINHA DOENÇA!!! PAREM PARA PENSAR!!!
Eu sou Português, agora até sou Comendador, mesmo que não fosse (LOL), devo, gostava e devia de defender a imagem de PORTUGAL tanto cá como no MUNDO... mas não consigo!!! Será que não há ninguém que saiba gerir este País com seriedade, competência, rigor financeiro, justiça e respeito por TODOS NÓS??? Não sabem, demitam-se TODOS!!!"

UMA RESENHA HISTÓRICA DA FESTA DOS ARCOS - (Parte2)

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OS ARCOS DE 1895 ATÉ AOS NOSSOS DIAS


Esta foto de 1895 constituiu um espólio para as ditas festas, onde os Arcos já estavam fixos diante da Igreja e aí ficariam até ao principio dos anos 20 do século XX.

Depois da formação da Comissão dos Arcos, os lugares mais concorridos da freguesia degladiavam-se para fazer o Arco mais bonito. Por isso tornaram-se baluartes que deixavam boquiabertos quem nos visitava, porque as gentes eram bairristas e davam o seu melhor; nas décadas 10 e 20 do século passado tornaram-se lendárias as rivalidades existentes entre alguns lugares, onde nomes como: António dos Jerónimos, Aguiares Brandões (Casa de Riomaior), Almeidas (Casa da Portela), Mourão (Póvoa), etc., deixaram autênticas jóias de artesanato popular, que através de relatos de jornais regionais da altura, em parangonas estarreciam-se com a beleza, arrastando no mês de Agosto à nossa localidade pessoas ilustres da região Norte e colocaram no mapa a nossa freguesia como a mais bela do concelho.

Depois do auge dessas épocas a festa realizava-se todos os anos mas os Arcos entraram em declínio. As gentes deixaram cair esta tradição, mesmo havendo incentivo dos padres e ilustres, a década de 30 quase deitou tudo a perder; só depois da vinda de Martins Alves em 1939, que em boa hora chegou, encontrando uma igreja a precisar de obras, deitou mão a todas as tradições da terra: consoadas, bailes, teatro, tuna e renovou a feitura dos Arcos como fonte de receitas, pois os leilões renderam muito dinheiro.

Quando em 1943 a igreja foi inaugurada, orgulhosamente as gentes sentiam que a união entre todos os brandoenses conservaram a continuação desta tradição que, mesmo atravessando altos e baixos, resistiu ao tempo. Em 1952 seria o ano tal que fez desta festa a importância que tem na actualidade, quando um punhado de brandoenses criaram a Comissão dos Arcos, tornando-a num postal de visita e propagando-a pelo País e pelo Mundo, que pela pena do mestre Ramiro Relvas em 1956 “dêem às festas religiosas toda a pompa litúrgica e a imponência do culto que merecem, mas retirem-lhes a manifestação de carácter profano que não passa de vulgaridade. Conserve-se porém, a tradicionalíssima Festa dos Arcos, estupendo cartaz da nossa terra, pois não há no país idêntica manifestação de arte popular, a arquitectura do povo“. Um ilustre escritor e poeta brandoense, Dr. Mesquita, escrevinhou o seguinte no Comércio do Porto, em 1956; ”uma outra manifestação de arte popular Paçobrandonense, mais cingida pela etnografia, avulta na Festa dos Arcos. Este belo costume, velho de mais de 156 anos, estava ameaçado de morte, condenado a só poder ser recordado com saudade. A dois artistas, Luis Gomes F. Alves e Ramiro Relvas se deve a iniciativa de, para regalo nosso, a tradição ter sido renovada. Houve em 1952 uma pequena tentativa, isolada mas brilhante. A semente frutificou e, desde 1954, que o Concurso dos Arcos, sempre no primeiro domingo de Agosto, agora patrocinado pela Câmara Municipal do Concelho, constitui o mais expressivo e típico cartaz das Festas de Agosto. Formam um arco duas compridas varas esguias ao alto e a três metros acima do solo, várias traves são pregadas nelas, de través. Da primeira das traves até ao cimo, que normalmente uma cruz remata, é guarnecido de delicadas rendilhas, volutas, florões, formando caprichosos e artísticos desenhos, carregados de símbolos, saboroso fruto magnifico da imaginação popular. Em tempos idos, rapazes e raparigas dos lugares donde os arcos eram, traziam-nos em triunfo, vaidosamente, entre danças e cantares. Ali ficavam alevantados, árvores floridas, irmãs das árvores verdes do arraial, arrancando comentários de admiração embevecida. Depois os organizadores da Festa davam aos fabriqueiros, ao arrear dos arcos, uma piqueta que constava de uma canada de vinho, regueifa e azeitonas. Faziam súcia, dançando e cantando as modas populares. Este pitoresco costume é revivido com o Arco da Aldeia.”
De realçar que os primeiros arcos construídos não se regiam por medidas, pois cada construtor fazia o arco ao seu jeito, aparecendo um desnível entre cada um, tornando grotesco no alinhamento; ao inicio isto não constituía problema algum, mas a partir de 1910 com o alargamento do ARRAIAL, o acampado diante do adro tornou-se apertado, por isso foi necessário disciplinar as medidas dos Arcos, para que os carros e as carroças não esbarrassem com os mesmos.

Em 1992 a comissão teve necessidade de disciplinar de novo as medidas para concurso, pegando as medidas de 1910 da autoria de António Silva, e esta medida é a que perdura na actualidade. O único senão foi o de nunca ter sido criado um museu que guardasse os arcos, por isso perdeu-se para sempre algumas jóias, perdurando as fotografias, mas a saudade dos mesmos perduram nas memórias.
Nomes como: Miguel da Germana, Joaquim Trovisco, Neca Rola, Dona Joaninha e Família, Ramalho do Candal, dezenas de artistas populares anónimos, que tornaram inesquecíveis nos últimos 100 anos, a feitura de Arcos, com todo o tipo de artefactos e muita poesia declamada:
As abelhas da Aldeia , das flores do Lodeiro beijaram,

Vestem hoje a sua farda amarela, para comemorar a façanha.

Os grilos esses, fizeram uma Estudantina,

para cantarem e Tocarem o Hino da vitória!















Bardo da Lira

Começou a Viagem Medieval


Viagem Medieval

29 de Julho a 8 de Agosto 2010



A Viagem Medieval em Terra de Santa Maria é o maior evento de recriação medieval do País. Realiza-se anualmente atraindo diariamente cerca de 50 mil visitantes, que vêm à procura de um tempo recuado de magia, recriado através de espaços e de momentos de um quotidiano medieval, repletos de encantos de uma época de outras mentalidades e culturas e de eternas conquistas.
Com características únicas, este projecto diferencia-se pelo rigor histórico e dimensão (espacial e temporal).

Centrada na recriação de episódios e acontecimentos que marcaram a história local e nacional da Idade Média, a Viagem Medieval começou por realizar-se no Castelo, mas rapidamente se expandiu para todo o centro histórico e zona envolvente, ocupando actualmente uma área de 33 hectares.
Nesta edição, a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria vai reviver os anos de lutas de poder pela afirmação política e de autonomia, travados pela rainha D. Teresa e seu filho Afonso Henriques, ainda Infante e Príncipe, no território que outrora se denominou Condado Portucalense (séculos XI e XII).


O Engenho fará ainda o acompanhamento deste evento com algumas crónicas, sobre as intervenções dos Brandoenses pela viagem.


Saiba mais

quinta-feira, 29 de julho de 2010

C.D. Paços de Brandão - Novos orgãos sociais 2010/2012

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Cerca de meia centena de sócios estiveram presentes na Assembleia Geral dirigida pelo Presidente Manuel Sá e Silva e realizada pelo C.D.Paços de Brandão. Talvez a mais representativa na última década.
Januário Monteiro, o Presidente reconduzido para mais um mandato, estava muito satisfeito pelas novas “AQUISIÇÕES” que a partir de ontem se juntaram ao elenco directivo cessante.
“Todos juntos vamos levar o clube a bom porto e a dívida vai ser liquidada, tenho a certeza”. “A aposta nos jovens continua a ser uma certeza”. No final agradeceu a todos os seccionistas que sempre ajudaram e vão continuar a ajudar o sector de formação.
Por unanimidade foram aprovados todos os pontos desta Assembleia, Leitura e votação das duas últimas actas; Eleição dos Órgãos Sociais para o biénio 2010/2012; Aprovação do relatório e contas da época desportiva de 2009/2010; Aprovação do plano e orçamento para a época desportiva de 2010/2011.

LISTA LIDERADA POR JANUÁRIO DA SILVA MONTEIRO
PARA O BIÉNIO – 2010 / 2012


ASSEMBLEIA GERAL
Manuel Sá e Silva
Victor Fernando Carvalho Godinho
Manuel António Correia da Silva
Augusto Jorge Monteiro Rodrigues

CONSELHO FISCAL
Dr. Manuel Augusto Barroso
Dr. José Miguel Cabugueira Soares
Manuel Rodrigues Marques

DIRECÇÃO
Américo Pereira Relvas
António Joaquim Reis Pinho
António Azevedo e Sousa
António Guilherme Oliveira Pinto
António Pereira da Silva
Armandino António Rodrigues da Silva
Fernando Pinto dos Santos
Hélder Fernando Santos Capela
Henrique José Silva Oliveira
Januário da Silva Monteiro
Joaquim Adriano Silva Ferreira
Joaquim António Pinto Ferreira
Joaquim Raul Ferreira da Silva
José Gomes Oliveira
José Margarido Vieira Martins
Lino Monteiro
Manuel Coelho da Rocha
Manuel Fernando da Silva Barros
Marco Paulo da Silva Reis
Mário Jorge Albergaria e Sá
Nuno Azevedo Correia
Óscar Manuel Mota Magolo
Paulo Jorge Nogueira Mesquita

Renascidos das cinzas

Ainda esta semana por se falava dos lamentáveis incêndios que assolaram toda esta nossa zona geográfica.
Não obstante as perdas de vastas áreas verdes e das autênticas calamidades a que muitos têm sido sujeitos, o que não se imaginava (Observatório incluído!!!) é que daí surgisse aquele que é um verdadeiro fertilizante natural (a cinza: como nos haveríamos de recordar? Ao tempo que as aulas de Ciências Naturais já lá vão!) e que o mesmo conseguisse fazer com que, tão rapidamente, alguns frutos atípicos brotassem com enorme pujança do chão brandoense que honrosamente pisamos.
Até ao momento, esses frutos, mais vulgarmente conhecidos por “paralelos”, lá iam surgindo um aqui… outro acolá… muito timidamente… facto que, só por si, não impediu que deliciosas narrativas (baseadas em factos verídictos) por aqui já tenham circulado a esse respeito.
Agora é só vê-los em todo o seu esplendor, a reproduzir-se por toda a vila, quais “calhaus renascidos das cinzas”. Inspirados neste termo, reflexo de tão raro fenómeno (ou não fosse esta terra farta neste tipo de insólitos) e em jeito de agradecimento, sugerimos que o mesmo seja atribuído enquanto cognome aos famosos autores da ideia que “manter as vias públicas do modo que estão é, acima de tudo, uma questão de tradição”.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Museu do Benfica em Paços de Brandão

Conhecido apenas por alguns, desconhecido de muitos, e provavelmente ignorado por outros tantos, o primeiro museu do Benfica em Portugal nasceu em Paços de Brandão. Clubismos à parte, Joaquim Castro, conhecido simplesmente como o "Ricardo", precisamente por ser dono do café com o mesmo nome em Rio Maior, tem sido um dos nossos conterrâneos que, com maior afinco, procurou levar bem longe o nome de Paços de Brandão. Apesar do seu museu ser particular, e cujo espólio é quase todo resultado do investimento financeiro pessoal, nunca  Paços de Brandão foi esquecido, sendo presença constante neste museu, tal como o amor que este nutre pelo seu clube de afeição que é o Benfica. Joaquim Castro reitera que: "as portas estão sempre abertas a quem queira visitar", e apesar de ser gratuito, parece que não é muito solicitado pelas gentes Brandoeses.
Não obstante, o museu tem suscitado bastante interesse pelos adeptos vermelhos um pouco por todo o país, tendo já sido visitado por inúmeras figuras de relevo ligadas ao clube da águia.
Disso é bom exemplo a visita já realizada por Eusébio, pelo actual presidente Vieira, e também o ex-presidente Vilarinho, que foi aliás quem inaugurou oficialmente este museu, entre outros.
Para se visitar este museu, como já foi dito, não é cobrado nada, sendo apenas necessário combinar com Joaquim Castro a hora que se pretende lá ir, sendo que apenas são solicitadas duas coisas: que assinem o livro de presenças e que, se possível, contribuam com alguma peça alusiva ao Benfica para o museu (esta última nem sequer é condição para entrar).
Da visita a que o Engenho foi gentilmente convidado a fazer, e que muito agradecemos, aproveitamos para partilhar com os nossos leitores algumas fotos ilustrativas e recomendar a visita, pois efectivamente deixou-nos impressionados a quantidade de material em exposição!
Pode encontrar-se um pouco de tudo, das paredes aos tectos e até nas casas de banho e cozinha! De camisolas a cachecóis, não faltando galhardetes, réplicas de taças, peças feitas com materiais do antigo estádio da luz, louças, instrumentos musicais, pranchas de surf, fotografias e um sem número de emblemas e outras coisas alusivas ao clube da Luz. Só lá faltou mesmo encontrar a "nossa" bola de cortiça, embora seja possível resolver isso em breve, até porque, segundo nos foi dito, muitos dos visitantes deste museu manifestaram já a sua curiosidade em conhecer este esférico original, desenvolvido pelo grupo Brandoense corticeiro "JPSCorkgroup" e, certamente, os responsáveis da empresa serão sensíveis a esta situação.
Ainda antes de terminarmos a visita, o nosso anfitrião confidenciou-nos uma sua ambição: gostava de encontrar um espaço maior para o seu museu, contando talvez com o apoio do Benfica e outras entidades interessadas em estabelecer parceria, sendo que a sua vontade será sempre ficar em Paços de Brandão.
O museu possui um site que pode ser usado para marcação de visitas e também para ter uma ideia do que está exposto. Desse site decidimos partilhar com os nossos leitores a história original da criação deste museu.

in site do museu particular do Benfica:
A história começa em 1997, mais propriamente no dia 25 de Dezembro, dia de Natal. A compra de uma mesa de bilhar cujo pano era vermelho, foi o empurrão para o que viria a ser um museu totalmente dedicado ao Benfica. Joaquim Castro levou-a para o apartamento habitado por múltiplas flores, colocadas pela sua mulher, e decidiu que dali em diante, aquele espaço iria ter um novo inquilino – o seu clube de coração. E assim foi. Em apenas três anos, a casa transformou-se num autêntico santuário. Bolas, candeeiros, relógios, molduras, taças, cervejas, caixas de fósforos, jornais antigos, álbuns de fotografias e muitas outras coisas. Registe-se também, um computador que só “funciona” com a música benfiquista. Ao lado do computador encontra-se alguma biografia a condizer: “Benfica, a História, os Triunfos e as imagens de todos os tempos”, “Benfica – O Voo da Águia”. Quando tinha apenas quatro anos, Joaquim Castro colocou os olhos numa peça de barro, com o emblema do Benfica. Pega na “relíquia” e conta: “Numa festa não quis carrinhos nem motos, fui direito a isso”. Uma premonição vermelha e branca. No entanto, Joaquim Castro tem alguma dificuldade em escolher a sua peça de “estimação”, tal é a quantidade e a qualidade. Talvez o antigo Estádio da Luz em miniatura seja a peça que mais admira, mas a escolha é sempre muito difícil. Depois há também uma águia, entre tantas, grande e imponente. Há também um jornal de 1968, com Eusébio na capa, um baú com o símbolo do Benfica e até uma televisão vermelha. E, também, espante-se, Vinho do Porto, mas à Benfica, como não poderia deixar de ser. Concluindo, desde 1997, este museu possui milhares de peças, nas quais Joaquim Castro gastou muito dinheiro. Mas... pelo Benfica vale sempre a pena o sacrifício.

UMA RESENHA HISTÓRICA DA FESTA DOS ARCOS - (Parte1)

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Fazer a história destas festas é quase como apontar tempos imemoriais, onde a inexistência de relatos escritos ou notariais, indicia a todo o tipo de relatos possíveis. Assim, só é possível relatá-la a partir do primeiro histórico, de 1758, escrito pela pena do padre José Queirós nas suas MEMÓRIAS PAROQUIAIS.

Uma coisa é certa: esta tradição é secular, apontando para mais de 2oo anos o termo de Arcos ou Andores de 1758, mas a da festa das Flores já vem do tempo medieval no mês de Maio de 1285, onde na altura a nossa localidade realizava duas festas: a das Flores em Maio e a de S. Cipriano em 14 de Setembro.

A primeira vem dos tempos da criação da terriola de Rio Maior (anteriores à fundação de Palaciolo), onde os rurais dedicavam a proximidade da chegada do Verão com Arcos ornamentados de flores que, segundo as crenças de então, serviam de oferendas para que fossem benzidas as colheitas; esta tradição duraria até ao século XIX, onde por sugestão do padre Jerónimo Lopes estas festas seriam realizadas em Agosto, sendo os Arcos Floridos expostos diante da Igreja Matriz. As restantes duas durariam até 1879, ano que por sugestão do padre José Henriques da Silva e do regedor Manuel Pinto de Almeida, as festas seriam realizadas em Julho na Póvoa e denominadas de SRA. LIVRAÇÃO e S. BRAS na capela então construída em 1877 e a dos Arcos em Agosto denominadas de S. CIPRIANO e SENHOR DOS DESAMPARADOS, estando os ditos Arcos expostos no Passal durante um mês, acabando por isso a de Setembro, baseado no facto de se tornarem caras a realização de tantas festas e também devido à revindicação das gentes da Póvoa que exigiam uma festa na parte de cima da freguesia.

Os primeiros registos paroquiais apareceram com a vinda do primeiro padre residente, Ambrósio Godinho Barboza, datam de 1640, onde já referia ser este povo muito dado às cousas religiosas. Em 1755, andava o padre José Queirós a construir um novo templo “ pois o que existe é pequeno e exíguo para as duzentas e vinte oito almas desta freguesia“; este pensava inaugurá-la em Dezembro durante as festas ao Menino mas o terramoto desse ano deitou por terra o seu sonho e quase destruiu o seu desejo. As gentes ficaram destroçadas, aliaram-se ao padre no desejo de levantar de novo o templo, nem que para isso fosse necessário “passar fome para ter uma nova igreja“; mas o intento tornou-se longo, a reconstrução demorou quase 4 anos até à vinda financeira do Estado, já o povo pusera mãos à obra, dedicando os meses de Abril até Setembro “ao levantamento das paredes caídas, substituindo o tecto por padieiras ou andores ornamentados de flores de folhas largas, contrafiadas com trapos e linhagens, e saiam à rua nas festas de verão, onde o povo agradecia e rogava ao padroeiro abençoadas benesses contra as maleitas“; nos seus ditos escritos das Memórias, o padre Queirós referia “é o orago S. Cipriano e tem o Senhor dos Desamparados como figura sagrada", festa esta que teve inicio em 1756 por iniciativa de José Queirós em agradecimento ao Senhor que amparou as gentes desamparadas, juntando a estas a das padieiras Floridas de flores no mês de Agosto; o orago S. Cipriano tem em sua honra a 14 de Setembro a dita festividade; é uma igreja de três altares, mas de pequena nave para os paroquianos em crescimento, por isso já pequeno, por isso andava em obras, mas o dito terramoto abriu brechas e reduziu quase a ruínas o novo templo espontaneamente nascera então os ditos Arcos que seriam reforçados com a inauguração do templo em 1763, onde o dito padre incluiu esta tradição como instituição local, que após a sua morte em 1764, seria reforçada pelo grande Jerónimo Lopes, que tornaria esta Tradição como uma forma espontânea de agradecer A AJUDA DIVINA dada à construção da nova igreja. Este padre referiu nos Censos de 1802 que nesta terra “de grande progresso e trabalhadora, o povo é crente e ajuda com diversas formas o engrandecimento da Paróquia Religiosa, que serve de exemplo para muitas próximas, onde é reflectida na devoção que botam nas suas festas, onde são arreigadas o orgulho peculiar desta gente".

Os padres seguintes não só defenderam esta tradição como enraizaram a mesma tornando-a como referência desta terra no concelho, que seria reforçada com o pároco José Henrique da Silva em 1879, onde colocaria como referência esta festa como a local, denominando-a de Festa do Senhor dos Desamparados e dos Arcos, como esta foto confirma, datada de 1880, os Arcos são transportados pelos paroquianos da Comissão dos Passos, onde ainda eram itinerários, sendo que esta tradição seria definitivamente enraizada na época do padre José Maria Castelão, que fundaria a Comissão Organizadora dos Arcos, que seria a responsável da manutenção da mesma.


Foto datada de 1880 - é uma relíquia que demonstra a transformação do Arraial até aos dias de hoje




Bardo da Lira

terça-feira, 27 de julho de 2010

Junta de Paços de Brandão - Quando não se sabe ser

No pasquim alaranjado dos lados do castelo, isto é, no "Terras da Feira", vinha uma curiosa entrevista ao nosso estimado Mino. E, imaginem, qual o assunto? O regulamento do cemitério!!!
Até aqui tudo bem, aliás, depois daquele acto de verdadeiro "tiro de canhão" no próprio pé, era de esperar que a tribo laranja viesse em socorro de um dos seus quando a coisa corresse mal. Até porque, temos quase certeza, que a fonte onde beberam informação os obreiros da trapalhada, foi na autarquia central. Temos até algumas reservas se em documento semelhante, já aprovado em sessão de assembleia municipal há uns 2 anos, não estará também  esse  em incumprimento da lei.
E é por leis, ou melhor, por regras de conduta, que começamos esta análise do Engenho às palavras do nosso presidente de Junta ao referido pasquim. Talvez ele não saiba, mas devia saber, que mentir é muito feio! Mesmo que isso seja a regra dos políticos deste país, o Mino não pode simplesmente vociferar delírios mentais assim sem mais nem menos, quando se diz que: "uma primeira versão do documento até já “subiu” ao deliberativo local, não tendo, porém, sido discutida por não estar completamente de acordo com todas as normas legais vigentes nesta matéria".
Então o documento não foi discutido? Pode não ter ido a votação, porque o nosso estimado JB o retirou, mas lá que foi debatido e discutido, isso foi sem sombra de dúvidas, aliás foi dos documentos mais discutidos em assembleia de que há memória!
Haja mais decência e respeito pela assembleia Sr. Presidente. Lá porque a coisa não lhe correu de feição, não pode vir agora tentar atirar areia aos olhos de todos desta forma, seja sério e, acima de tudo, tenha algum sentido de responsabilidade pelo cargo público que ocupa.
E é por falar em sensibilidade para cargo público, que tecemos uma segunda observação a esta entrevista. Não sabemos aos certo quem são os assessores do presidente, se estão na Junta, se na comissão de festas ou se na fábrica da igreja. Porém, sabemos uma coisa: o Estado é laico! E de acordo com a Constituição da República Portuguesa, artigo 41º, nº4, os espaços públicos, sejam eles quais forem são isso mesmo: "espaços públicos" e não "campos santos" como querem agora fazer crer em relação ao cemitério público da freguesia! Naturalmente que se trata de um espaço que, pela sua especificidade e simbolismo culturais, deve merecer de todos o maior respeito, mas é apenas e só um espaço público!
Por outro lado, ficamos preocupados com a indicação de que o referido regulamento, irá ser revisto por advogados que fazem parte da Assembleia”. É que a julgar pelo que disse "esse" advogado (pois só conhecemos um), que até detectou as gralhas e erros, mas mesmo assim permitiu que o mesmo fosse levado a discussão, ficamos assim um bocadinho a desejar. Pronto, sejamos tolerantes, e vamos dar o benefício da dúvida para ver o que sairá dali!
Já agora, e em jeito de sugestão, revejam lá no regulamento um artigo que diz que "Nas sepulturas e jazigos permite-se a colocação de cruzes e caixas para coroas, assim como inscrição de epitáfios e outros sinais funerários costumados". Em Portugal a constituição permite a liberdade religiosa e, como tal, não se pode exclusivamente permitir a "cruz" símbolo Cristão, pelo que deveria ficar uma ressalva para as outras confissões religiosas puderem usar também a sua simbologia.
Mas nem tudo é mau. Aliás, é muito bom até saber que se "vão punir os utilizadores desleixados" e esperamos que também a Junta acabe com o seu desleixo e que, entre outros, coloque recipientes de lixo no cemitério que permitam a separação dos resíduos, sobretudo os de origem vegetal, para posterior compostagem.
Só não acreditamos que a Junta seja punida caso prevarique...

Bola de cortiça "made in Paços" é para homolgar pela FIFA

De acordo com a notícia que saiu no jornal "Público", o grupo corticeiro de Paços de Brandão - JPSCorkgroup, vai mesmo avançar com a homologação oficial da bola de cortiça "Made in Paços" junto da FIFA. A concretizar-se esta pretensão, será mais um passo de gigante, para que a breve trecho, possamos ver a rolar pelos estádios de todo mundo, esta nova bola. Ainda de acordo com a notícia do Público, o custo de produção pode representar menos de metade do preço das habituais bolas oficiais, o que representa um aliciante acrescido para se avançar com a produção em massa desta bola. No Engenho, fazemos votos para que este intento seja alcançado rapidamente. Isto porque, talvez futuramente as organizações ambientalistas e de protecção dos animais, também nos queiram prestar a devida homenagem nas ruas Brandoenses, tal como fizeram no Mundial de futebol, pelo não uso de couro animal na bola oficial.

Chuva de cinzas em Paços de Brandão

O Incêndio de grandes dimensões que lavrou durante todo o dia na passada segunda-feira, para os lados de Arouca, provocou uma coluna de fumo visível a dezenas de quilómetros do fogo. A meio da tarde, a intensidade do fumo era tal, que chegou mesmo a encobrir o sol por completo. Paços de Brandão, tal como outras freguesias afectadas na zona de Santa Maria de Feira, Espinho e Ovar, foram presenteadas com uma verdadeira chuva de cinzas. Da observação feitas "in-loco" (nas varandas), a noite e madrugada de terça-feira, prometem um amanhecer semelhante ao que se viveu na Islândia em meados de Abril!!
No Engenho desejamos que este fogo seja controlado rapidamente pelos bombeiros, até porque as festas de "São Firmino" estão à porta e com as limpezas apressadas de ocasião, lá se vai ter de limpar tudo outra vez, e com alguma pouca sorte, ainda se vai estragar algum arco!

sábado, 24 de julho de 2010

Notícias de Paços de Brandão - "A viola na mão do tocador"

O nosso pasquim de referência Brandoense, o "Jornal do CIRAC" que se chama "Notícias de Paços de Brandão", trazia na sua última edição, alguns assuntos que nos despertaram a atenção aqui no Engenho, entre umas coisas mais interessantes e outras nem por isso (sendo que estas últimas devem ser fruto das notícias que quando chegam aos leitores, já passaram semanas dos acontecimentos!)
A Crónica do Marito Sousa, que foi um bocado cáustica com os membros da assembleia, considera que estes possuem uma atitude monocórdica e estática, quando se trata de analisar os assuntos propostos para votação. Não servindo para mais, segundo ele, a não ser o "levantar a mão" na hora de votar. Com únicas excepções, do Carlinhos Neves e o nosso estimado Mino, propondo mesmo, que estes se reunissem apenas os dois, e governassem a freguesia a meias. Numa espécie revolucionária de "suspensão da democracia por 6 meses", acreditando que este cenário inovador, faria com que a freguesia fosse melhor governada! Sobre isto, até podemos concordar e entender que se governasse melhor assim, porém é um cenário irrealista, sobretudo em Paços de Brandão, pelo que apenas nos merece um sorriso. Ainda sobre os membros mais interventivos da assembleia, ficou esquecida uma palavras sobre os ilustríssimos JB e a Ritinha, os quais também estiveram muito activos na última assembleia! Contudo, um deles calado era uma casa cheia!
Em relação ao famoso regulamento do cemitério, e que o jornal considera curiosamente que "abortou" o "nado morto" foi também alvo de opinião, porém mais suave. Se por um lado é unânime o reconhecimento do trabalho de casa do nosso líder oposicionista Carlinhos Neves, por outro tenta-se desresponsabilizar o nosso estimado Mino daquela trapalhada toda, mas mal!
Apesar de no Engenho também acreditarmos que ele nem uma letra deve ter escrito do regulamento proposto, e que possivelmente nem o leu, até porque todos sabemos que ele sabe mais de trolha que de jurisprudência, confiando o "toque desta viola" aos seus colaboradores mais chegados. Mesmo assim, será sempre ele o responsável máximo por tudo o que se propõe nas assembleias, e por isso cabe a ele assumir estas trapalhadas do "desafino da viola". E só porque deu o corpo ao manifesto apresentando-se sozinho e sem medos na assembleia, não se pode levianamente assobiar para o lado como se o homem nada tivesse a ver com isto!
Aliás, nos últimos tempos, temos verificado que se acentua a relação promiscua de bajulação ao Presidente Mino por parte do Jornal que é do Cirac, mas que se chama Notícias de Paços de Brandão!
Será o regresso aos "bons velhos tempos" do pasquim?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Considerações sobre a história local - Paços de Brandão (XVI)

IDADE MÉDIA – ATÉ AO SÉC. XIV – XV
O MOSTEIRO DE SÃO SALVADOR DE GRIJÓ

Na vila de Grijó, pertencente ao Concelho de Vila Nova de Gaia, que na Idade Média, pertencia às Terras de Santa Maria – Feira, existe o Mosteiro de São Salvador de Grijó, cujo vasto território, se estendia, principalmente, entre os rios Douro e Vouga, verificando-se a maior concentração de propriedade, num raio de cerca de 10 Km.
A história do Mosteiro de Grijó, revela-se de uma importância bastante acentuada para todos aqueles que se queiram inteirar, do que se escreveu sobre as Terras de Santa Maria (Feira), e, no que nos toca, a nós «brandoenses» ou «brandoeiros», habitantes ou naturais desta Terra de Paços de Brandão, serve para uma melhor compreensão e estudo do nosso passado, em que as origens de um povo devem ser objecto de um tratamento muito cuidado e especial, tendo-se em atenção que o que se possa escrever sobre a história de um povo ou de uma simples localidade, deve obedecer a muita clareza e rigor histórico.


CRONOLOGIA
912 (?) – A Guterre e Ausindo Soares, é-lhes dado pelo seu irmão Nuno Soares “O Velho”, terreno de uma herdade sua, situada no lugar de Murraceses, entre o MONTE Pedroso e Sagitela, que tinha na Comarca da Feira, onde fundam uma pequena igreja (Eclesiola).

PCP - 68º Aniversário do Assassinato do Dr. Ferreira Soares

Enviado por e-mail:

Intervenção de José Gaspar, membro do Comité Central do PCP

Camaradas:

Hoje lembramos o nosso querido camarada António Carlos Ferreira Soares, médico, etnólogo, crítico, contista e destacado membro do Comité Regional do Douro do Partido Comunista Português, nasceu em Fevereiro e 1903 e foi assassinado pela Polícia Política do Regime Fascista a 4 de Julho de 1942, em sua própria casa, em Nogueira da Regedoura, com 39 anos de idade.
Deste perfil multifacetado surgiu o popular “Dr. Prata”, como era conhecido e estimado, “o médico dos pobres”: muitos e muitos pacientes examinava e prescrevia sem se fazer remunerar, para além de oferecer ou custear os medicamentos.
O “Avante” nº 14 da 1ª quinzena de Agosto de 1942, denuncia assim este vil atentado:
“O conhecido médico de Espinho, Dr. António Ferreira Soares, filho do juiz Dr. Soares, militante do PCP não escondia o seu ódio pela política traidora do governo de Salazar Tanto bastou para que estes, servindo-se de uma mulher, lhe armassem uma cilada no seu consultório, na residência familiar deste nosso camarada. Seis polícias entraram em seguida à falsa doente e alvejaram a tiros de pistola metralhadora a António Ferreira Soares. Depois levaram-no ferido e inanimado para o automóvel, e como se mexesse esfacelaram-lhe as pernas de novas rajadas.

Na casa de saúde de Espinho, onde chegou já morto, foram encontradas no corpo 14 balas! Defronte à casa de saúde juntaram-se centenas de pessoas protestando contra mais este crime do salazarismo.
Apesar das ameaças da polícia o funeral deste nosso militante fez juntar alguns milhares de pessoas que assim silenciosamente manifestaram a sua repulsa pelos malsins do fascismo e mais este assassinato legal do governo de Salazar.”
68 anos depois, a Comissão Concelhia de Santa Maria da Feira, recorda e homenageia este homem notável, um verdadeiro símbolo de humanismo, de militância e de luta contra o fascismo.
Numa carta dirigida a Câmara Reys, em Setembro de 1936, Ferreira Soares aponta o rumo da sua vida: “Rumei à esquerda…para mais perto do possível convívio e organização das massas populares”.

Esta é uma mensagem exemplar, um legado político importantíssimo, um apontar de rumo, o rumo à esquerda, que é também, hoje, neste 4 de Julho de 2010, a fórmula mágica para romper com as políticas de direita, da responsabilidade do PS, do PSD e do CDS, que têm conduzido o país ao declínio económico, ao aumento da exploração, à redução dos direitos, ao avolumar de injustiças e desigualdades. Só rumando à esquerda é possível construir uma alternativa patriótica para o nosso país ao serviço do povo e dos interesses nacionais. Este rumo, tal como no passado, só se constrói com a luta e com UM PCP MAIS FORTE!


Nota do Administrador: A memória das pessoas é curta, e este é um bom exemplo daquilo que foi o antigo regime Salazarista e que, infelizmente, ainda reúne inúmeros simpatizantes, num saudosismo quase insano. Por cá (Paços de Brandão) também essa nostalgia e memória reduzida prolifera! São exemplo disso algumas intervenções que se vão fazendo ouvir por alguns Brandoenses: quando um caso semelhante há 40 anos, visava o nosso pároco local como um cúmplice moral de um acto bárbaro Salarzarista. Desse resultou a morte de pessoas inocentes em Lourosa, e que recentemente foi abordado na comunicação social, e que foi completamente ignorado pelas nossas gentes, revelando bem aquilo que somos e pensamos em Paços de Brandão!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Novo site da Junta de Paços de Brandão - Já está melhor!!

Pelos vistos, alguém andou a ler, e bem, as chamadas de atenção que o Engenho aqui fez em relação ao novo site da Junta! Parece que já está melhor! Embora ainda com algumas lacunas, mas já podemos lá ver os membros da assembleia de freguesia (para o povo saber ao certo em quem foi que deitou a cruz).
Quanto às associações parece também que já lá estão quase todas... mas, falta pelo menos ainda o "Rancho da Joaninha".
O CIRAC dá a entender que foi lá metido no site meio a "martelo": será que o assunto das "mangas" no jornal ainda está mal esclarecido?
Adiante, os clubes desportivos estão também aparentemente todos representados, o que quer dizer que houve muito trabalho de campo dos obreiros, se calhar por causa de algum puxão de orelhas do "chefe"! Seja como for, ficam ainda aqui algumas sugestões de inclusão e reparos do Engenho ao novo site:
- Colocação das actas, desde o inicio deste mandato (só está lá uma). Embora fosse interessante lá estarem também as do mandato anterior;
- Dar maior destaque à informação que é disponibilizada sobre como lidar com os resíduos domésticos de grandes dimensões (vulgo monstros), pois da maneira que se apresenta passa quase despercebido;
- No separador "sobre nós", onde se conta uma breve história de Paços de Brandão, e uma vez que existem provas documentais que contrariam o que lá está dito do ponto de vista histórico, era de bom tom não colocar nada até terem a certeza das reais origens de Paços de Brandão (no Engenho até podemos dar uma ajudinha);
- Nos separador "links", acrescentar também os das associações Brandoenses, e já agora, e porque a "Lusitâniagás" não parece que seja assim tão importante como isso aos Brandoenses, podiam em seu lugar, colocar antes o link do "Engenho no Papel";

Vá lá Sr. Presidente! É só mais um esforço dos obreiros no sentido daquilo que lhe sugerimos, e com isso, também nós lhe daremos os parabéns pelo novo site!

O seu comentário deu um post (XI)

Comentário a este post:


Os Eco - pontos são o espelho da nossa maneira de estar e de conviver em sociedade. Só olhamos para nós e os outros que se amanhem.Ninguém tem respeito pelo que nos rodeia, e, por vezes o exemplo devia partir de cima para baixo, quero dizer do poder autárquico para o povo.Não é admissível que numa freguesia como Paços de Brandão, se vandalize os Eco-Pontos e não se encontrem os responsáveis por tais actos, bem como o que se passa com a recolha do lixo doméstico, é deveras confrangedor ver o aspecto das ruas da freguesia, no final de Domingo e de Quarta-Feira. Sacos de lixo por tudo quanto é sítio,( não existem recepientes para os recolher), sujeitos à acção de diversos animais e do «bicho homem», que os pontapeia e atira para o meio da via pública.Julgo que não era muito complicado resolver este problema, de Domingo para Segunda e de Quarta para Quinta-Feira, era sòmente deslocarem-se, as nossas entidades autárquicas, ao Concelho vizinho de Vila Nova de Gaia, e, copiarem o que por lá se passa na recolha e armazenamento do lixo, quer seja o doméstico ou o reciclável, é que na sede do nosso concelho, eles,os senhores do castelo, já o souberam fazer, ou será que há autarcas de primeira e outros de segunda e de terceira categoria?!!!...Quando a nossa autarquia tratar de resolver estes problemas, poderemos então dizer: «Obrigado Amigos, com uma recolha mais efeciente do lixo que nos rodeia, estais a contribuir para um melhor ambiente e para a melhoria do nosso bem-estar». Bem até lá só me resta solicitar que os responsáveis da nossa Junta de Freguesia leiam atentamente o que aqui se vai denunciando e tomem as medidas , para que se lhes possa agradecer pelo que de útil fizerem nesta matéria. Até lá vamos assistindo aquilo que se pode classificar, como o estado mais que deplorável em que se encontra a recolha do lixo em Paços de Brandão, e, que está bem visível aos olhos de todos nós.Espero que o Sr.Presidente da freguesia encare este problema com a maior urgência possível, para que se lhe possa dizer:«Obrigado Sr. Presidente,pois não é só o arraial que é «gente», o resto também mereceu a sua atenção»!....

SOLRARO

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Rua dos Eucaliptos - Um cenário repetido

Fotos enviadas por e-mail:

Apesar de já por diversas vezes aqui termos chamado a atenção para a constante vandalização dos eco-pontos da Rua dos Eucaliptos, parece que a situação não se alterou!
Como podem constatar os estimados leitores do Engenho, as fotos são elucidativas e deveriam de deixar corados de vergonha todos os Brandoenses!
Se aos prevaricadores só mesmo através das autoridades policiais se resolveria a questão, já a mudança de localização e colocação de painéis com avisos sobre a colocação de materiais recicláveis, continua sem execução à vista!

Urge fazer alguma coisa Sr Presidente da Junta! Já está visto que limpar apenas não resolve. Metam aqui também mãos à obra e arregacem essas mangas! Deixem-se de estar de braços cruzados a olhar as árvores crescer na Quinta, e façam alguma coisa em relação a este problema! A freguesia é muito mais que as obras de fachada!

S. Paio Oleiros - Comunicado PCP na Amorim Revestimentos

Enviado por e-mail:

Ao longo das últimas semanas tem-se assistido nesta empresa a toda uma série de medidas por parte da administração e das chefias que lesam os direitos dos trabalhadores e visam aumentar a exploração e a precariedade.
A realidade está à vista de todos e não pode ser escamoteada. Os exemplos são mais que muitos e têm de ser denunciados e combatidos:
Desde o início do ano que se têm agravado as pressões junto dos operários mais antigos para as conhecidas "rescisões", ditas "por mútuo acordo", mas que se tratam de verdadeiros despedimentos encapotados e de que se consumaram neste período já largas dezenas, substituindo-os por novos trabalhadores, precisamente para as mesmas funções, com contratos a prazo que nunca são renovados.
Por outro lado, ao mesmo tempo que se vive na empresa este ambiente e um quadro de tensão, agravam-se os ritmos de trabalho e de produção para valores incomportáveis e desumanos, com todas as consequências negativas e riscos inerentes para a saúde e segurança dos trabalhadores, fomentando-se igualmente a competição e a divisão entre os trabalhadores dos diferentes turnos.
Como se tudo isto não bastasse, sucedem-se os actos administrativos e intimidações para limitar as liberdades individuais e sindicais, as restrições às pausas e à audição de rádio, o recurso ao banco de horas, etc.
Tudo isto não sucede por acaso. Deriva e enquadra-se numa violenta ofensiva anti-laboral que o governo PS/ Sócrates protagoniza e estimula, em benefício dos grandes grupos económicos, que assim acumulam cada vez mais lucros, fruto da maior exploração e concentração de riqueza, como é aqui o caso.
Os trabalhadores não são robots. Os seus direitos, duramente conquistados pela luta ao longo de muitos anos, têm que ser defendidos. Só a sua unidade e luta persistente poderá travar as tentativas em curso para os atingir e destruir.
É hora de dizer basta! É tempo de agir! Contra o roubo nos salários e o aumento dos preços, o PCP exorta à luta por todos os meios por uma ruptura com este estado de coisas e por uma verdadeira alternativa patriótica e de esquerda.

domingo, 18 de julho de 2010

Considerações sobre a história local - Paços de Brandão (XV)

IDADE MÉDIA – ATÉ AO SÉC. XIV – XV

ORDEM DE MALTA


Após a tomada de Jerusalém, pelos Cristãos, nos fins do século XI, cerca do ano de 1046, um grupo de mercadores da zona italiana de Amalfi, fundou ali uma pequena casa religiosa, inspirada na Regra de S. Bento e destinada a receber peregrinos, a dar-lhes asilo, a tratá-los nas suas doenças. Chamavam-lhe «Casa dos Pobres do Hospital de Jerusalém» ou «Hospital de S. João» - 1099.
Esta instituição foi confirmada em 1113 pelo Papa Pascoal II, como Congregação de S. João, que deu origem à Ordem dos Hospitaleiros ou Cavaleiros de S. João de Jerusalém. Bem depressa viria esta Ordem a estabelecer-se em Portugal.
A Casa de Jerusalém, devido às epidemias que afligiram os Cruzados e peregrinos, chegados ao Oriente, em breve se converteu numa vasta enfermaria. Com a fomentação das Ordens Militares, Papa Urbano II, Concílio de Clermont (1095) e a exemplo dos Cavaleiros do Templo, que combatiam os infiéis e defendiam o Sepulcro de Cristo, propunha-se a defender iguais propósitos, convertendo-se em Ordem Militar. Contudo, conservou o carácter beneficiente, mantendo, nas suas casas, os serviços de assistência (agasalho e enfermagem) dos peregrinos. Foi em 1120 que o francês Raimundo du Puy, nomeado Grão-Mestre, acrescentou ao cuidado com os doentes o serviço militar.
No ano de 1122, era de 1160, a Ordem já está dotada, com legados, e está possuindo ou ocupando o Mosteiro de Leça (distante pouco mais de uma légua da Cidade do Porto, junto do Rio Leça, de que tomou o nome) com muitas herdades, coutos e pertenças. No mesmo ano de 1122, em 28 de Julho, existe uma Escritura de Contrato e Composição, que fez o Bispo D. Hugo com Martinho, Prior do Mosteiro de Leça, aparecendo este com toda a regularidade conventual de Prelado e súbditos, remitindo-lhe por si e seus sucessores a obrigação do jantar (colheita ou contribuições, a que sempre ficarão obrigadas as referidas Ordens) em que só pelo referido Mosteiro lhe era obrigado: doação pelo Prior da Ordem ao Bispo do Porto de diversos bens.
É difícil fixar ao certo, quem concedeu a primeira doação à Ordem do Hospital; se o Conde D. Henrique com sua mulher D. Thereza; se esta juntamente com seu filho, ou finalmente se este só, naquela parte das conquistas de seu Pai em a Província do Minho e Galliza, de que somente tinha ficado mais liberto Senhor, continuando a sua Corte em Guimarães ?
Pode-se conjecturar que D. Afonso Henriques, imediatamente que ficou de posse pacífica de todo o Reino em 1128, se lembraria muito naturalmente de confirmar a Doação, ou fazê-la como de novo, a uns Cavaleiros e Donatários, de que cada vez iria recebendo mais serviços.
Em 1130 o Papa Innocencio II dá enorme distinção à Ordem, pelo empenho Na defesa da Terra Santa. É desta época, em que todos os Príncipes, Senhores, e Poderosos, repartem de suas rendas (com mão mais larga) a favor da Ordem do Hospital, que adquire enormes possessões, Igrejas, Terras, por esmola e doações, às quais chamou Comendas, entre as sete Nações e Províncias do Ocidente, que são: Inglaterra, Provença, Alvernia, França, Itália, Hespanha (antes da sua divisão) e Alemanha.
A Ordem foi introduzida em Portugal quase ao mesmo tempo que foi a dos Templários. Segundo D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto, na Homilia, da celebração de encerramento das Comemorações do Milénio da História do Mosteiro de Leça do Balio, 14 de Março de 2004, «foi na aproximação do Rio Leça, no lugar de Recarei, que houve um modesto cenóbio, de carácter familiar, documentado desde 1003. Sucedeu-lhe, em continuidade, uma construção românica do século XII, a qual terá recebido os primeiros Hospitalários portugueses. São pouco consistentes as datas e vagas as circunstâncias da sua chegada e implantação. Fala-se da interferência do Conde D. Henrique, insiste-se mais na doação de D. Teresa, por ventura em 1112 (para outros, um pouco mais tarde). Admite-se porém, e pacificamente, que no tempo de D. Afonso Henriques, os Hospitalários se integravam na vida do Reino».
Efectivamente, em 1140, D. Afonso Henriques concede carta de couto e dá privilégios. Leça do Balio foi pois a primeira sede e casa – mãe do Grão-Priorado em Portugal da Ordem Militar dos Hospitalários, que muito contribuiu para o desenvolvimento daquelas Terras da Maia (hoje integradas em Matosinhos).
O primeiro prior no tempo de D. Afonso Henriques, foi D. Frei Ayres, a quem foram concedidos inúmeros privilégios, no ano de 1157.
Em 1194, D. Sancho I doou à Ordem dos Hospitalários, a terra Guidintesta, junto ao rio Tejo, para aí construírem um castelo, ao qual o monarca, no acto da doação pôs o nome de Castelo de Belver, que foi a segunda casa em Portugal, que chegara a possuir treze vilas, e entre elas, Proença, Gavião.
Em 8 de Dezembro de 1231, no reinado de D. Sancho II, era prior da Ordem em Portugal, Mem Gonçalves, foi dado foral a Vila do Crato, mas supõe-se que conquanto a Ordem fosse senhora do Crato, ainda não havia sido elevada a sede da Ordem.
Crato, doado por D. Sancho II à que mais tarde, talvez em 1340, veio a ser a nova sede. O superior português era denominado de Prior do Hospital, e a partir de D. Afonso IV por Prior do Crato, sendo com este título D. Álvaro Gonçalves Pereira. Em 1350 passou por ser sede dos Cavaleiros de Malta, os mais privilegiados de Portugal. A Congregação ganhou fama na Europa e perpetuou-se com a designação de ORDEM DE MALTA, a partir de 1530, quando se estabeleceram na ilha do mesmo nome.
No século XIII (cerca dos anos 60) e princípios do seguinte, no oriente, a Ordem do Hospital, perde as últimas praças que aí possuía, também no seio da igreja existiam enormes perturbações, provocadas pelo cisma do ocidente, o que veio a levar a diversas correcções normativas, que foram efectuadas ao longo do século XV na Ordem de Malta, contudo as perturbações causadas à Ordem não acabaram aqui. A capitulação de Rodes e a defesa desta ilha em 1522, constituíram uma preocupação do Grão Mestre, que o leva a tomar medidas excepcionais, para a defesa da Ilha. A instalação da Ordem de Malta não coincidiu com o fim das hostilidades, bem evidentes na defesa desta Ilha em 1565, o que mais uma vez irá estar na base da resposta dada pelos freires, que saiem do seu Priorado em defesa destes locais distantes.
O conjunto de normas e respectivas penas, aplicáveis sempre que se verificassem certos desvios, traduzem uma crescente complexidade da organização da Ordem do Hospital durante a época medieval e uma maior insegurança nos órgãos conventuais, compatível com um incremento das brigas entre freires e o seu envolvimento com a comunidade civil, fruto do desenvolvimento da sua actuação na vida laica. Paralelamente, a evolução das cláusulas normativas apresenta momentos fundamentais, reflectindo as diversas conjunturas históricas, marcadas ora pela organização do convento, pela definição dos órgãos centrais de governo e pela definição das obrigações de cada unidade territorial, ora por dificuldades económicas resultantes da perda de domínios na Terra Santa, ora pelo Cisma da Igreja, ora por convulsões militares relacionadas com o avanço dos infiéis no Mediterrâneo.
Os Grãos – Priores (num total de 35), eram providos por dez anos prorrogáveis e gozavam no reino de honras de conde quando não eram ainda superiores.
A Rainha D. Maria I, por carta de 31 de Janeiro de 1790, confirmou o Breve apostólico do Papa Pio VI, ordenou que a administração do Grão – Priorado do Crato ficasse unida à Casa do Infantado, que seria extinta em 1843, assim como a Ordem dos Hospitaleiros.
O Priorado do Crato, tinha em 1834, cinco baliados: Leça, Sertã, Crato, Rio Meão e Rossos e Fossos (Rossos junto a Arouca, e Fossos em FAIA, Cabeceira de Basto); com a extinção ficaram incorporados no Patriacado.
No Mosteiro de Leça do Balio, casaram o Rei D. Fernando com D. Leonor de Teles. Na Capela-Mor do Mosteiro, encontra-se uma campa rasa brasonada (armas dos Almeidas e Vasconcelos) e, em arossólio adossado a parede direita, a arca tumular de Frei Cristóvão de Cernache (1569). Na parede fronteira situam-se os nichos que guardam os túmulos de Frei Lopo Pereira de Lima (1684) e de Frei Diogo de Melo Pereira (1666). No absidíolo do lado do Evangelho, encontra-se o túmulo de Frei João Coelho, com estátua jazente. Na capela de ferro, ao lado da Epístola, está a campa rasa do fundador, Frei Estêvão Vasques (1336), encimada por uma placa de bronze contendo o epitáfio do defunto em caracteres leoneses.

sábado, 17 de julho de 2010

Considerações sobre a história local - Paços de Brandão (XIV)

IDADE MÉDIA – ATÉ AO SÉC. XIV – XV

O MOSTEIRO DE SÃO PEDRO DE PEDROSO

O Mosteiro de São Pedro de Pedroso, fica situado na freguesia e Vila de Pedroso, interior Sul do Concelho de Vila Nova de Gaia, que tem o seu nome com origem no Castro do Monte Murado/Castrus Petrosos, ano de 7 d.c., hoje denominado Senhora da Saúde. Era um povoado castrejo habitado pelos Trudulos Velhos, e era servido pela Via Romana, que ligava Olissipo a Bracara Augusta.
A fundação do Mosteiro é de difícel atribuição, contudo, parece que foi doado por D. Gondezindo e fundado, segundo Frei Luís de S. Tomaz, no ano de 897. Era um mosteiro masculino, e pertencia à Ordem de São Bento. A primeira menção documentada, data de 1406. Ederonio Alvites, segundo as observâncias monásticas peninsulares, atribui o início do século XI, como data provável da sua fundação. Cerca de 1115–1120, adoptou a Regra de São Bento e das observâncias de Cluny.
Pedroso foi Couto e teve foral, concedido por D. Afonso, por carta de 3 de Agosto de 1128. A influência do Mosteiro, estendia-se por vasta área (37 freguesias), desde Vila Nova de Gaia, Santa Maria da Feira, termo de Aveiro, Vouga, concelho de Lafões, Santa Eulália de Vila Maior, (Concelho de Pereira Jusã). Possuía ainda direito de representação em 11 Igrejas. Em 1547, o mosteiro tinha um terço do padroado da Igreja de Milheiros de Poiares, no termo de Vila da Feira.
Desde os princípios do séc. XV até 1560, foi governado por abades comendatários, sendo o último o Cardeal D. Henrique, que anexou as rendas ao Colégio de Jesus de Coimbra. A comunidade beneditina manteve-se até à morte do último monge, ocorrida em vida de Frei Leão de São Tomás, segundo testemunho do próprio.
Are 1773, o Colégio de Jesus de Coimbra manteve religiosos no mosteiro encarregados da administração das rendas e do serviço paroquial até à sua extinção nesse ano. Os bens foram entregues à Fazenda da Universidade de Coimbra.
O Mosteiro de São Pedro de Pedroso, teve a honra, de ter acolhido no seu seio, Frei Pedro Julião (Pedro Hispano) que veio a ser o PAPA JOÃO XXI. Pedro Julião (1210 ?–1277), Papa João XXI (1276-1277), também conhecido por Pedro Hispano; dominava o latim, em que escrevia com correcção e elegância, possuía sólidos e vasto conhecimento da língua grega. Estudou Medicina e Filosofia, sobre que nos deixou, o «Thesaurus Pauperum» (Tesouro dos Pobres) e «Cânones Medicinaes», obras que tratam de Medicina, no que diz respeito à Filosofia, compôs “Problemas à maneira de Aristóteles” e “Summulas da Lógica”, obras que foram utilizadas no ensino de Filosofia, durante muitos anos. Foi contemporâneo do Rei de Portugal Afonso III, e é considerado o único pontífice português.
Pedroso era um Mosteiro que adoptou (1115–1120) a Regra de S. Bento, estabelecida no século VI por Bento de Núrsia, italiano fundador da Ordem dos Beneditinos, canonizado, mais tarde com a designação de S. Bento. Era uma ordem muito rigorosa, em que procurava para os monges uma vida de pobreza, castidade e obediência, sob a orientação monástica de um abade, cuja palavra era lei.
Na Idade Média, os conventos, para além dos serviços religiosos, para a divulgação e expansão do Cristianismo, eles albergaram no seu seio, grandes homens, alguns dos quais, ainda hoje projectam, sobre a sociedade, o respeito e a admiração, pois as suas actividades, não só estimaram e favoreceram as letras antigas, mas também as subtraíram a um aniquilamento. Nos conventos, foram salvos os principais códices, que os monges, com paciência, iam copiando, nas suas horas de lazer. Neste aspecto a Ordem de S. Bento, ficou justamente célebre. Os monges do Monte Cassino (Itália), de que S. Bento foi o primeiro abade, ficou conhecido e célebre por tais actos.

Espelho destruido na passagem de nível da Sobreira

Enviado por e-mail:


Este meu texto versa sobre o desrespeito sobre a forma como os “Digníssimos Brandoenses" “zelam" pela sinalização que serve para informar/orientar, ou seja, os espelhos que estão junto às vias em locais menor visibilidade, sobretudo os do caminho-de-ferro, ainda sem guarda.
Tenho reparado que o espelho que está junto da passagem de nível entre as ruas da Sobreira e do Paço Novo, normalmente, ou está rachado ou está destruído! Sendo uma passagem muito movimentada, pois liga as artérias principais da freguesia, e por isso quase inevitável de cruzar. Seria de bom-tom que este se conservasse em boas condições para oferecer aos condutores uma melhor visibilidade e segurança ao atravessar a via-férrea.
Até porque apesar da Refer já lá ter colocado semáforos e as cancelas automáticas desde Outubro passado, ainda não se completou todo o trabalho. Por isso, o espelho é uma óptima ajuda para os automobilistas. Lamentavelmente, a sua vandalização atesta de certa forma, a falta de civismo que os naturais de Paços de Brandão mostram!

Viva o civismo……………..

Sara

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Centro Social Paços de Brandão - Criança picada por seringa em praia de Esmoriz

in TSF:

Um menino de oito anos vai ficar sob vigilância médica durante um ano depois de na quinta-feira ter pisado a agulha de uma seringa no areal de uma zona concessionada da Praia de Esmoriz, em Ovar, afirmou o presidente do Centro Social de Paços de Brandão.
A criança integrava o grupo de cerca de 75 crianças dos 3 aos 12 anos que diariamente frequentam 10 toldos de praia que essa instituição do concelho da Feira aluga para o efeito à empresa Pé N'Areia, concessionária da zona balnear em causa.
Carlos Neves, presidente do Centro Social de Paços de Brandão, na Feira, declarou à agência Lusa que «a criança vai ficar sob vigilância médica durante um ano» e considera que «é inadmissível que uma situação destas possa acontecer numa praia regulamentada e com Bandeira Azul, onde se paga para usufruir do espaço e, afinal, não há quem garanta a salubridade do serviço».
«Aquelas barracas devem estar a ser usadas por gente que vai para lá à noite injectar-se e não há quem evite isso nem quem verifique o estado do local de manhã, antes de as pessoas chegarem à praia», observa esse responsável.
«Há tantos cuidados com a fiscalização dos autocarros e das cadeirinhas, e afinal nas praias não há segurança nenhuma, nem quem se responsabilize por ela», acrescenta Carlos Neves, adiantando que, às 09:30 de quinta-feira, nessa zona vigiada «também não havia ainda nenhum nadador-salvador de serviço».
O acidente com a seringa deu-se por essa altura e foram as funcionárias do Centro Social a prestar os primeiros socorros à criança. Essa foi depois encaminhada pelos bombeiros locais para o Hospital de S. Sebastião, na Feira, onde lhe trataram do ferimento no calcanhar e foi sujeita a exames ao sangue.
Os primeiros resultados das análises não indicaram qualquer anomalia, mas dado que certas doenças podem demorar meses a manifestar-se, o menino permanecerá sob vigilância médica durante um ano, até que possa considerar-se livre de perigo.
«Os pais da criança vão andar com o coração nas mãos durante um ano», realça Carlos Neves. «É preciso sensibilizar as autoridades competentes para este problema, porque situações desta gravidade não podem repetir-se».
Nelson Gomes, gerente da empresa Pé N'Areia, disse lamentar o sucedido, mas defende que «uma coisa destas pode acontecer a qualquer um».
«Nós limpamos a praia todas as manhãs e uma vez por semana a Câmara faz outra limpeza, com os tractores», adianta. «Durante a noite também temos vigilância, para ninguém vandalizar as barracas, mas não se consegue controlar tudo, porque é uma área muito grande, com 100 metros [de extensão]».
Nelson Gomes acrescenta que na Praia de Esmoriz «nunca houve um problema destes em 30 anos» e considera que cada utente deve usufruir do areal na consciência de que «basta um prego ou um pedaço de vidro para alguém se ferir».
«O próprio mar está sempre a lançar coisas para a areia», observa, «e nunca se sabe o que é que ele traz».

Criação da comissão social de Paços de Brandão

Enviado por e-mail:

Á quarta foi de vez. Realizou-se na passada quarta-feira uma reunião para a criação de uma Comissão Social de freguesia.
Posto aos presentes, se queriam ou não, que Paços de Brandão tivesse a sua Comissão Social de Freguesia, foi por unanimidade o sim.
A Presidência da Comissão Social de Freguesia, será o próprio Presidente da Junta, ou alguém mandatado pelo Presidente.
Fazem parte mais seis instituições, todas com cariz Social.
Cumprimentos
Avelino Almeida

Adrian Pierce Rogers (II)



Adrian Pierce Rogers, um bem sucedido pastor evangelista norte-americano, nasceu em Wets Palm Beach, Florida em 12 de Setembro de 1931, e, faleceu na cidade de Memphis em 15 de Novembro de 2005. Era um pastor da Igreja Batista, que actuou de 1972 a 2005 na igreja de Bellevue em Memphis e, durante esse período, os fiéis subiram de 7.000 para 30.000. Em 1989, instalou-se num conjunto de prédios avaliados em mais de 80 milhões de dólares, só um dos auditórios comporta sete mil fiéis.
Adrian Rogers era descrito como um excelente orador, e era um dos principais representantes do conservadorismo religioso de direita nos Estados Unidos da América. A ele se atribuem diversos documentos ou boicotes, como por exemplo à Walt Disney, apenas por esta empresa conceder benefícios a companheiros(as) de empregados gays.
A Carta que lhe é atribuída, referente ao «experimento socialista», não carece de fundamento, uma vez que aquele Pastor, nasceu no ano de 1931, data em que lhe é atribuída a escrita de tal manifesto. Também não era economista e jamais lecionou na universidade de Texas Tech. Portanto só resta considerá-la um engodo que de tempos a tempos nos aparece, nas nossas caixa de correio ou nas nossas caixa de correio electrónico.
Por curiosidade, na época em Adrian Rogers nasceu, 1931, os Estados Unidos da América, passavam por uma das piores crises económicas, que começou cerca de 1927 e se prolongou pela primeira parte da década de 30, alastrando-se ao Mundo inteiro, sendo talvez a Europa aquela parte que tenha sofrido mais com tal.
A “DEPRESSÃO”, tinha aos poucos se instalado na América. Em finais de 1929 a situação complicou-se, com as cotações em bolsa a baixarem e com o Banco de Inglaterra a elevar a taxa de desconto, para estancar a sangria de ouro para Nova Iorque. Um importante grupo financeiro inglês, o grupo Hatry, abrira falência. Em 23 de Outubro 1929, quarta-feira, Wall Street tornou-se um «inferno» com as catadupas de títulos a caírem subitamente na bolsa. No dia seguinte, 24 de Outubro de 1929, ia ficar na história do Stock Exchange, como o Black Thursday (a Quinta-Feira Negra). Treze milhões de títulos mudaram de mão. Era o pânico total. Era o salve-se quem puder. Nem um fundo de 240 milhões de dólares, criado para estancar a crise, se conseguiu aguentar, apenas durou três dias.
O presidente Republicano, Hoover , bem dizia: «O único negócio fundamental do país, isto é, a produção e distribuição de mercadorias, assenta numa base sã e próspera». A mensagem não passou, ninguém o acreditava. A Wall Street convergiam multidões em pânico, desvairadas, cheias de histerismo, eram pequenos portadores de título, estupefactos por perderem, em um dia, o que julgavam ser uma fortuna estável. O Stock Exchange assemelhava-se a uma casa de doidos ou a uma jaula de feras em chamas.
A derrocada financeira continuou em Novembro, a banca entrou em crise, a prosperidade, que os peritos julgavam ser eterna, desvanecera-se. Para Hoover e seu governo, a catástrofe não era menor do que a financeira. Professava uma filosofia que não era feita para tranquilizar o País. Os seus princípios rígidos impunham-lhe intervir o menos possível. Pensava que uma acção directa do Governo na economia desencorajava o espírito de iniciativa que fizera a América. Cabia a cada comunidade desenvilhar-se: «Um acto voluntário é infinitamente mais valioso para o nosso ideal nacional do que mil intervenções da Tesouraria
O pânico bolsista transformou-se rapidamente numa depressão mundial. De 1929 a 1932, por toda a parte faliram bancos, as moedas desvalorizaram-se, as fábricas fecharam e instalou-se o desemprego. O Canadá queimava o trigo que não podiam vender, o Brasil, o café. Na Alemanha, uma vaga de miséria ia levar ao poder Hitler e as suas loucuras.
Aos poucos a miséria espalhou-se, não só na América, mas por todo o lado. Os desempregados, erravam pelos campos à procura de um trabalho qualquer, nos arrabaldes das grandes cidades. Construíam «bairros de latas», a que por troça, os Americanos chamavam: «Hooverville». Por todo o lado se formavam bichas diante dos locais onde instituições caritativas distribuíam géneros; chamavam-lhes bread-lines (linhas de pão). Banqueiros, corretores, especuladores arruinados, atiravam-se pela janela de um vigésimo andar para se suicidarem.
O mal era tanto mais grave quanto a Administração não queria admitir a sua existência. Hoover era o presidente da Prosperidade. Como poderia o seu Governo Republicano ser o do Desemprego? Milhões de pessoas passavam fome, mas a tese oficial mantinha-se: «Sobretudo, nada de intervenção do Estado. Não caiamos no erro do dole inglês. Se há misérias a minorar, a caridade privada que se encarregue disso.» Foi o período dos remédios pueris e inadequados, em que não conduziam a parte nenhuma.
Só em 1932, o Serviço Federal de Desemprego, estimulava que a América tinha cerca de 4 milhões de famílias sem recursos, ou seja 15 a 20 milhões de bocas a alimentar. Hoover continuava a dizer que o país estava são e que a prosperidade nos esperava na próxima esquina. Actuava o menos possível, julgava mais prudente ajudar os bancos e as indústrias do que os desempregados. Quando alguém protestava, e, organizava qualquer marcha sobre Washington para reclamar dos seus direitos, o presidente considerava essas ameaças de motim intolerável. Eram recebidos com carros de combate e metralhadoras, sucedeu aos veteranos de 1ª grande guerra, que se viram confrontados com esta situação, ao pretenderem reclamar o direito à pensão que lhes tinha sido cortada. O País ficou chocado, aos veteranos foi-lhes negado o estandarte de revolta, mas mereceram a simpatia de todos.
No entanto o Presidente, continuava com um certo individualismo doentio. A seus olhos a heresia abominável era o Welfare State, a ideia de um Estado que garantisse o bem estar dos cidadãos. Em sua opinião, um único passo nesse sentido conduzia ao socialismo e à preguiça. Antes dele tinham sido começadas grandes obras para criar barragens e produzir energia; Hoover opôs-se a esse programa. Tais empreendimentos não eram, segundo dizia, função do Estado. Como a situação se tornasse cada vez mais grave, finalmente o Presidente resolveu impor medidas oficiais: a expansão de grandes obras públicas; construção civil, caminhos de ferro, companhias de seguros, bancos, etc., no entanto, embora estas concessão fosse bastante útil, continuava a opor-se a que se socorressem directamente os desempregados. Este esforço do Presidente revelava-se simplesmente insuficiente. Paravam novas fábricas e o número de desempregados crescia.
Enquanto na América a situação era mais do desagradável, na Europa, a crise grassava. O Kredit Anstalt, de Viena, uma das maiores instituições financeiras do mundo, tivera de suspender os seus pagamentos. A Inglaterra e a França, viam-se a braços com uma grave crise económica e financeira, as suas moedas tinham perdido bastante do seu valor; a Alemanha, o antigo marco estava a zero absoluto. Na América já havia quem pensasse em que seria melhor desvalorizar o dólar.
O novo Presidente, Franklim D. Roosevelt, por curiosidade também ele eleito pelo Partido Republicano, quando em 3 de Março de 1933, se apeou do comboio, em Washington, sob um dilúvio de neve derretida, só encontrou lá confusão e pavor.
O país ouvira, pela rádio, o discurso da posse e gostara dele. Todos diziam que Roosevelt lhes tinha devolvido a esperança. «People are looking to you almost as they look to God.» (As pessoas voltam-se para si, quase como se voltam para Deus.)
A longa presidência de Franklim D. Roosevelt é sem dúvida o período mais importante da história da América no século XX. Podia duvidar-se, quando começou, se o regime político e económico da América não ia desmoronar-se. Era uma época em que, em numerosos países, os governos autoritários tinham sido aceites pelos povos que já não se sentiam capazes de se governar por si próprios. A complexidade da vida moderna, a necessidade de dirigir a economia, se não se queria andar de crise em crise, eram compatíveis com a lentidão e as hesitações da democracia? Muitos duvidavam. Só a experiência poderia responder. (História dos Estados Unidos – André Maurois , Ed.Europa-América – 1967)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

CIRAC - Encerramento do Festival de Música de Verão

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No passado dia 10 de Julho, o Festival de Música de Verão organizado pelo Cirac, encerrou da melhor maneira com o Coro da casa. A sala estava repleta com um público visivelmente agradado e maravilhado com espectáculo apresentado. É muito bom ver que a cultura Brandoense continua viva.
De realçar a interpretação de temas dos imortais Beatles e Queen. Ou ainda o “I got the rythem” do musical Crazy for you; e também “In the Mood” de Glenn Miller; Gospel. Para finalizar, o conhecido tema “Happy Day”.
Como convidado especial esteve o contrabaixista Pedro Quesado, que já nos tinha maravilhado com a sua música, no dia 19 de Junho na Casa da Portela, com o Combo de Jazz.

Sara

Adrian Pierce Rogers (I)

Num artigo publicado no Engenho, sob o título de “O FRACASSO DO SOCIALISMO”, foi transcrita uma carta de Adrian Rogers, supostamente escrita em 1931. Tal facto mereceu a minha curiosidade, primeiro em saber quem era e de quem se tratava, o autor da referida Carta, segundo da situação em que se encontravam os Estados Unidos da América, naquela data.
A explicação que vão encontrar, talvez ajude o leitor do Engenho, a ter uma melhor percepção e interpretação da referida Carta e não se venha a cair em comentários, que em nada nos ajude a ter o conhecimento real de uma situação política e social, como aquela que começou na América em 1924 e se prolongou até 1934, e que se alastrou por outros Continentes, com especial relevância pelo Europeu. Situação essa, que é um pouco semelhante com aquela em que estamos a viver, no presente momento.
André de Mourois, na introdução à sua «História dos Estados Unidos», diz-nos:
«A história de um país não pode caminhar, com um movimento contínuo, para um equilíbrio imutável e perfeito. Todos os povos atravessam tempos difíceis. Todos têm os seus acessos de febre, as suas melhoras, as suas recaídas. Os Estados Unidos, quando o século XIX chegou ao seu termo, padeciam de uma doença de crescimento. Tinham-se desenvolvido demasiado depressa. A sua população, as suas indústrias, as suas técnicas, aumentaram tão rapidamente que as suas instituições já não eram para a sua medida e oprimiam-nos. O país tinha necessidade de remédios eficazes, isto é: de profundas reformas. Os Americanos sabiam-no. Muito deles tinham vindo da Europa para viver, numa terra virgem, uma Idade de Ouro; mas só encontraram uma Idade Dourada. No entanto, mantinham uma certeza firme de que tudo lhes iria, um dia, pelo melhor no melhor dos continentes. Encurralados em bairros sórdidos ou acumulados em arranha-céus, os novos cidadãos esperavam, com uma fé tenaz, a melhoria da sua sorte ou, pelo menos, da dos seus filhos. «It’s a great country». (É um grande país), diziam com orgulho. Os anos que precederam 1914 foram, a despeito de crises e injustiças, anos de esperança. Soavam as trombetas da reforma. De que se tratava? De regressar à verdadeira democracia, de impor ordem na economia, de repartir mais justamente os lucros, combater a miséria, de se opor à formação de artificiais fortunas gigantescas, criadas com uma penada, mas sem desencorajar os empreendimentos audaciosos nem prejudicar as liberdades. Longa e pesada tarefa. Haveria vitórias, reveses, duas guerras mundiais. «À sétima vez, as muralhas caíram.» Antes de contar, porém, as peripécias dessa luta, convém lembrar o que a tornou necessária

Agora o leitor, depois de ler esta nota introdutória, irá saber quem foi o possível autor da «Carta» em questão e, embora com um breve resumo, da situação em que se encontrava a América no período de 1924 a 1934, tentará então, perceber da veracidade e autenticidade de tal manifesto.

PCP - Pergunta ao Governo sobre a "Segurança rodoviária em Santa Maria da Feira"

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Assunto: Segurança rodoviária em Santa Maria da Feira
Destinatário: Ministério da Administração Interna
Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República
Chegou ao conhecimento deste Grupo Parlamentar a denúncia de uma situação que levanta algumas questões de segurança rodoviária, nomeadamente em Santa Maria da Feira, junto do Hospital S. Sebastião.
Em frente a este Hospital, mesmo à entrada, desde a sua entrada de funcionamento, esteve um parque de estacionamento não pago onde se encontravam taxistas, há 11 anos, num local que assegurava um acesso fácil dos doentes que não dispõem de viatura própria. Aliás, este é um Hospital que serve um concelho altamente deficitário em termos de transportes públicos, além do que passou a servir muitos outros em igual situação por força do encerramento de urgências, SAP’s e hospitais, sendo que os utentes muitas vezes apenas dispõem deste meio de transporte.
Ora, a Câmara Municipal da Feira, após aprovação por maioria do novo regulamento que estabelece o parqueamento pago, pretende utilizar esses lugares para esse mesmo efeito, tendo disponibilizado lugares para os táxis, do outro lado da estrada, separado por uma construção que, não estando classificada como rotunda, de acordo com informações dessa Câmara Municipal e da PSP, é, objectivamente um espaço rotundo, com pouca visibilidade nos locais agora disponibilizados para os táxis (e mesmo em situação de mero estacionamento), levantando as mais sérias dúvidas sobre a segurança desta solução.
Segurança não só para os utentes do hospital que se deslocam para os táxis, muitos deles idosos ou com mobilidade reduzida, mas também para os próprios taxistas que se encontram ali estacionados ou quaisquer outras viaturas dada a localização geográfica e os obstáculos urbanos existentes, conforme comprovam as fotografias em anexo, além de ser um local com grande intensidade de tráfego.
Sucede, aliás, que os próprios taxistas sugeriram uma nova localização, com garantias de segurança para automobilistas e peões, solução essa recusada pela Câmara Municipal.
Assim, ao abrigo da alínea d) do artigo 156º da Constituição e nos termos e para os efeitos do 229º do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Ministério da Administração Interna o seguinte:
1. Entende esse Ministério que o local em questão não é uma rotunda?
2. Entende esse Ministério estarem reunidas as condições de segurança permitindo o estacionamento de veículos no local indicado pela Câmara Municipal?

Palácio de São Bento, 7 de Julho de 2010

O Deputado:
(Jorge Machado)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Era uma vez um Carvalho

Há muitos anos atrás, por aí uns 30, numa linda povoação cujo nome se inspira num cavaleiro, que afinal tem uma história muito mal contada, mas que todos acreditam dar nome a Paços de Brandão, uma pequena bolota é lançada à terra, caída de uma laranjeira! Aos poucos lançou raízes e começou a germinar aos pés deste laranjal. A pequena árvore foi crescendo, resistindo a cravos e revoluções, dando origem a um Carvalhinho, e mais tarde a um Carvalho! Conforme ia crescendo ia dando frutos, umas vezes mais outras menos, conforme os anos eram de fartura ou nem por isso. Nos anos "nem por isso", talvez nos últimos 8, ficamos todos a saber coisas tanto interessantes, como intrigantes sobre o Carvalho. Este pode até nem ser grande amigo das árvores, mesmo não sendo parasita! E choupos que se ponham a pau! Pois quando cortados pelo meio, já sabemos que acabam secos, e nem mesmo lhes vale deitarem água da fonte dos sonhos. A água foi, aliás, a maior obsessão deste Carvalho nos últimos anos, de tal modo que até ele mesmo meteu água por todos os lados!
Mas adiante, aquilo que hoje o Engenho pretende chamar a atenção, é sobre a história de um verdadeiro Carvalho!
Plantado quase na frente da entrada da Quinta do Engenho Novo, existe um espécime de "Quercus faginea" ou Lusitano, o qual já devia ter merecido a atenção dos nossos "paisagistas da Quinta". Por estar mesmo em cima de um local sem visibilidade, o mesmo representa um perigo sério a qualquer condutor, que em caso de apanhar alguém mais fora de mão na curva, vai bater-lhe mesmo em cheio! E para fazer de alvo, já só faltam os círculos vermelhos sobre o fundo branco que já existe!
Assim, e porque o Engenho escuta e faz eco do que são as opiniões dos Brandoenses, têm sido alguns os que nos últimos tempos nos vão alertando para este problema. Como tal, decidimos aqui apresentar algumas propostas:

Sendo que foi sugerido pela Junta numa Assembleia que se iriam proceder ao transplante de árvores de grande porte, sugerimos que esta seja uma das visadas prioritariamente!

Tendo sobrevivido ao desbaste de Março, assim como a tangentes de inúmeros veículos, poderá não ter a mesma sorte se algum filho da terra vier a ser vítima de uma tragédia naquele local!