sexta-feira, 30 de abril de 2010

INSÓLITOS - I

Atendendo ao número de pessoas que se previa quererem intervir nesta Assembleia, o presidente da mesma, à cautela, sugeriu que se abrissem as inscrições para as intervenções e alertou para a limitação de tempo. Pausa. Relaxe.
Depois da ensaboadela de contabilidade que levaram os presentes, proponho este problema de SUDOKU.
Vai-não-vai. Não se fazem inscrições. Não há inscrições. Ninguém se inscreveu, cá não se usa nada disso.
Um dos presentes, levanta o dedo e começa por saudar toda a gente, com calma, pois, cumpridas as normas, seria o único interveniente. Colocou cinco questões obteve meia resposta por cada uma delas. E parecia que estava tudo arrumado. Mas, intervenção após intervenção chegamos às oito intervenções ou mais numa amena cavaqueira sendo a última de um elemento da bancada PSD que falou, já no período  reservado ao público, de um tal blog cá da terra que "anda a denegrir a realidade das coisas", diz ela, que vai ilustrando onde estamos, digo eu. E vocês que dizem?
Volto em breve com mais insólitos. E a solução do jogo.

Desde quando um blog é assunto da intervenção numa Assembleia?!

Antes de apresentarmos aos leitores do Engenho a nossa "acta" da Assembleia de Freguesia desta quinta-feira, decidimos fazer um "briefing" daquilo que nos suscitou maior interesse.
Importa referir que depois da "gala" de passagem do testemunho do poder, após as eleições de Outubro passado, nunca o salão nobre recebeu tantos espectadores! Talvez seja fruto de uma comunicação das assembleias realmente a funcionar melhor!
Estavam por isso presentes, inúmeras pessoas ligadas ao PSD, ex-candidatos e até figuras sinistras oriundas de uma certa esquerda, cujos glúteos assentam em cadeiras mais para os lados do castelo. As quais decidiram "controlar" melhor a coisa, espiando do lado de fora, evitando por essa razão, sentar-se ao lado dos demais, isto tudo numa alusão digna dos tempos mais negros da policia de Stalin! De lamentar mesmo a ausência do ex-candidato da CDU.
Daquilo que se passou, pouco ou nada de novo se acrescentou, a tudo aquilo que todos nós por cá já sabemos da nossa freguesia. Se por um lado a Junta afinal confirmou o abate de pinheiros, na Quinta do Engenho, por outro, jura a pés juntos que os mesmos estavam podres e tortos! Porém, como toda a gente viu, e nós no Engenho em tempo oportuno também demos conta disso, as árvores estavam perfeitamente saudáveis!
Daquela "novela" das pressões do nosso querido Tono Mangas ao CIRAC, a mesma resumiu-se numa "montanha que pariu um rato"! Estrategicamente ou não, foi dada a possibilidade ao CIRAC, na pessoa do seu presidente, que se encontrava presente na Assembleia, de explicar o sucedido, o que foi negado pelo Nosso JB. E mesmo no período reservado ao público, o Joaquim limitou-se a meter o rabo entre as pernas, ficando calado que nem um bichano manso comprometido! Ficamos, por isso, sem entender o que no final das contas apregoaram por alturas do Carnaval!
Mas disto tudo surgiu algo preocupante: o Tono confirmou que efectivamente no NPB "se escreviam umas coisas que não gostava" e isso o levou a "desabafar" que o CIRAC não contaria com o seu apoio. Este comportamento é execrável e revela um mau principio de pressão (e consequente censura) sobre os órgãos de comunicação social. Quando não se sabe lidar com a crítica em democracia, mais vale não se meter na política! Mas nada que nos espante: são os saudosismos do lápis azul dos tempos fascistas, que por estas bandas ainda inspiram muita gente do poder!
Uma outra novidade desta assembleia, foi mesmo escutar finalmente o nosso Mino a responder (e muito), pois o Carlinhos PS não lhe deu tréguas!
Esta sessão ficou marcada também por alguns insólitos, de que destacamos uma intervenção feita pela eleita PSD Silvina Tavares (Bina para os nossos leitores), que veio dar conta a esta assembleia, que não achava bem que certos bloges focassem as assembleias sempre pela negativa. Quer dizer, ela queria apenas que fosse dito aquilo pelo lado positivo! Podemos entender por esta análise que o resto não interessa, e que afinal pensa que somos todos uns gajos porreiros! Confessamos que ainda não entendemos esta atitude de um eleito do povo, pelo que (e tal como o nosso estimado Tono) não conseguimos entender o que andam a fazer na política!
Se por um lado a nossa querida Bina revela sintonia com o diapasão do poder, e não consegue lidar com a crítica, por outro (e aqui o nosso estimado JB é cúmplice) este assunto em nada tinha que ver com a assembleia de freguesia, nem sequer foi uma pergunta foi uma declaração, e como tal nem devia ser permitida a sua abordagem ali, até porque o podia ter feito no seu NPB.
JB teve, por isso, uma nota mediana na sua prestação na assembleia, mesmo apesar de ser mais comedido nas explicações que fazia das respostas do Presidente, pois perdeu completamente o controlo, aquando de dar a palavra ao público, tendo sido por diversas vezes atropeladas as normas regimentais!
Como Blogue, no Engenho não deixamos de apreciar com um sorriso nos lábios, a forma anedótica que algumas pessoas tentam lidar com a crítica, pese embora não tenha grande piada!
Poucos dias volvidos do 25 de Abril, data que deveria ser recordada por ser a da Revolução que nos deu estas liberdades de falar livremente e cada vez estamos mais certos que, em matérias de democracia, Paços de Brandão parou o contador do tempo a 24 de Abril de 1974!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

7 ª Assembleia Concelhia de Stª Mª da Feira do PCP

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Futebol em Paços de Brandão - RESPIGOS COM HISTÓRIA (IV)

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UM CLUBE REGIONAL CHAMADO DE CLUBE DESPORTIVO DE PAÇOS DE BRANDÃO (4)

FBFC - O FIM 16 ANOS DEPOIS

Na época de 1932–1933 os dois clubes locais estavam inscritos no campeonato de promoção de Aveiro, cuja rivalidade desde o começo era evidente entre ambos, começando desde o inicio do campeonato como fica evidente nos artigos dos jornais… O primeiro jogo oficial aconteceu no dia 18–6–1932 no campo das Ameixoeiras saindo vencedora a S.U.D. pelo resultado de 3-0 e ficou envolto de polémicas.
Apesar destas polémicas, as duas equipas competiram no campeonato da promoção ficando o PBFC em 2º lugar e o SUD no 3º lugar entre 8 equipas, com a particularidade do PBFC não ter vencido nenhum jogo à SUD. O PBFC disputaria a poule da subida com as restantes equipas da zona Sul, ficando a dois pontos da subida, por ter perdido as duas vezes com o Bustelo que seria o último e empatado com o Galitos no último jogo a 4-4 depois de estar a vencer por 4-0 .
Na época 1933–1934 a equipa subiria de divisão, perdendo os seus jogos com a SUD, mas conseguiria disputar a poule final com Cortegaça e Valecambrense, numa série Norte, onde pontificavam as seguintes equipas: LUSITANIA, LAMAS, CORTEGAÇA, ESMORIZ, SUD, PBFC, SILVALDE e GUETIM. O campeonato começou a 15 DE OUTUBRO de 1933 com os seguintes jogos: PBFC-SUD 1-6, Lourosa–Lamas 2-0, Cortegaça–Esmoriz 2-2, Silvalde–Guetim 3-3. Na classificação final seria com alguma surpresa o CORTEGAÇA vencedor, o PBFC seria 2º, Lamas 3º, SUD 4º, Lourosa em 5º, Silvalde em 6º, Esmoriz em 7º e Guetim em 8º. De registo o SUD venceria 6-1 e 6-4 o PBFC por duas vezes , PBFC-LAMAS 5-1 e 4-3 e Lamas–SUD 1-4 e 3-1. De realçar pela negativa um caso sucedido durante o jogo PBFC– L. LOUROSA em que depois de um jogo intenso e bem disputado, a vitória sorriria ao clube local por 4-3 e lamenta-se a morte dum espectador natural de Lourosa. Por este motivo o campo seria castigado com 2 jogos e uma multa pesada.
Como prémio da subida, o clube recebeu o Boavista nas Ameixoeiras que, através do treinador SZABO, trouxe a esta localidade com um misto de jogadores dos dois clubes locais, que empataram 5-5 com 4 golos de Tarense.
No ano de 1935 as duas equipas entraram a competir no campeonato da divisão de honra, honras que duraria até ao ano de 1937, ano em que o PBFC desceria de divisão e acabaria em 1938. Pegando num artigo do “Correio da Feira“ de Outubro de 1934, no primeiro jogo deste clube na primeira divisão o correspondente local descreveu o seguinte: “Deslocaram-se no passado domingo a S. J. Madeira para realizar com a Associação Desportiva Sanjoanense, o primeiro desafio do campeonato da divisão de Honra desta época, entre as primeiras e as reservas do FCPB. Os nossos jogadores que foram muito bem recebidos pela agremiação local, tiveram uma esplêndida tarde de futebol, conseguindo empatar com o forte opositor com o score de 2–2 . O jogo desenvolvido pelos rapazes do P. Brandão foi merecedor dos melhores encómios pela parte dos São-joanenses. O primeiro tempo terminou com o resultado a favor da nossa equipa por 1–0; se o nosso grupo tivesse aproveitado as ocasiões que teve, teríamos saído com uma vitória mais dilatada, o que se tornaria como causa do empate na segunda parte, devido ao assomo dos locais que apesar de estarem a perder por 2-0, empatariam mesmo no final. Os tentos da nossa equipa foram marcados por Alfredo Guedes e Moacir. O grupo brandoense alinhou neste jogo com a seguinte constituição: Rola (Esteirete), Artur e Ribeiro; Almeida, Américo e Avelino Almeida; Hernâni, Miguel, Moacir, Alfredo Guedes e Zé Carvalho. Quanto a reservas o score foi de 10-1 a favor dos locais.“
O PBFC terminaria em 4º lugar com a totalidade de 19 pontos em 5º lugar entre 8 equipas, mantendo-se neste divisão. Na época 1936–1937 a classificação final foi a seguinte: Ovarense, SP. Espinho, Oliveirense, S.U.D., Sanjoanense, PBFC (16 PONTOS) e Galitos. Com a descida de divisão o PBFC ficou sem direcção e com dívida, acabando por disputar o campeonato de Promoção, bastante enfraquecido de valores, pois estes tinham-se passado para o Rival da Estação, terminando em 1939, sem honra nem glória.

DA FOTO DESTE ARTIGO de 1936 OS NOMES - Sentados: Avelino Ribeiro, Esteirete e Artur Preguiça. De pé: Torto, Zé Figueiredo, Miguel Silva, Avelino da Rola, Alfredo Guedes, Américo do Cortador, Acácio e Zé Cocas.
Ainda referenciando as rivalidades entre os dois clubes refira-se que a salutar troca de jogadores entre os dois clubes fizeram muito jeito em certas ocasiões mas também foram causadoras de muitas discussões e questiúnculas… Com o desaparecimento deste clube a troca de jogadores conduziu a S.U.D. a um período áureo entre 1939–1942, onde disputou a 3ª divisão Nacional e Vencedor das suas séries em 1939 e 1940…

(continua)

Bardo da Lira

quarta-feira, 28 de abril de 2010

NPB / CIRAC - Vontade de Leão deu lugar a um bichano!

Ainda antes do Carnaval, Paços de Brandão era abalado por um acontecimento, qual terramoto local, que viria a abanar até as entranhas à nossa Junta local: o CIRAC corria riscos de não ter apoios da autarquia local para o ano 2010!
Com uma sede de retaliação, quais Leões enfurecidos, o CIRAC iniciava uma batalha que se perpetuou como uma novela durante várias semanas. Nesse período, ainda com todas as ganas de um verdadeiro Leão ferido no seu orgulho, fizeram surgir inúmeros comunicados comprometedores e artigos de opinião vários nas suas páginas. Organizam um desfile de Carnaval altamente especulativo; por fim, a cereja no topo do bolo: o Director do Notícias de Paços de Brandão, num artigo na sua coluna habitual, desvenda o mistério (apesar de toda a gente já saber)! Foi António Oliveira (Tono Mangas para os leitores do Engenho), aquele que ameaçou afinal o CIRAC, sem que nunca a Junta se tivesse pronunciado publicamente sobre o que realmente se passou nessa reunião com esta associação, até porque isso não interessava nem ao menino Jesus!
Há algum tempo a esta parte, e para espanto de muitos Brandoenses (para outros nem por isso), a fúria parece começar a acalmar! Depois de um estágio a porteiro do bar do CIRAC, o nosso querido JB, posicionou-se em campo, e rapidamente vira a coisa a favor dos Alaranjados. Pelos vistos deve ter aberto o cordão ao saco e lá entregou o ouro ao bandido, conseguindo assim a paz desejada no reino dos céus que é o nosso Palatillo!!
Senão vejamos: alguns dos cronistas habituais desaparecem sem ninguém entender a razão. Notícias de incómodo ao executivo local, como abate de árvores da Quinta do Engenho, ficam simplesmente no esquecimento. E nem mesmo uma entrevista do presidente do Clube de Ténis ainda a "malhar" na Laranjeira, encobriu aquilo que parecia óbvio: a coragem do Leão passou a fúria de um Bichano!


Personalize funny videos and birthday eCards at JibJab!

Queda doméstica de Padre Julião provoca-lhe ferimento na cabeça

Chegou ao conhecimento do Engenho que Julião Valente terá tido uma queda doméstica da qual resultou um ferimento na cabeça, tendo mesmo acabado por ser suturado. De acordo com a informação recebida, este aparatoso acidente foi resultado de uma indisposição sentida pelo pároco, a qual lhe fez perder o equilíbrio na casa de banho. Aparentemente está descartada a hipótese de ter origem numa qualquer maldição ressabiada que regressara à origem. Apesar da idade avançada, logo que a cicatriz cure, Julião promete estar de volta ao activo!.
Em todo caso, e por se tratar da figura que mais contribui para que a paróquia Brandoense seja tema de notícia aqui no Engenho, queremos deixar desde já os nossos mais sinceros votos de uma recuperação rápida. Apesar de amada por uns, e odiada por outros, esta figura carismática não deixa de ter a sua importância no dia a dia das nossas gentes, pelo que merece a nossa consideração.

O seu comentário deu um post (IV)

Comentário deste post:


Olá Amigos,

Como vão longe os tempos em que ainda se acreditava em valores políticos, morais e de competência das pessoas que estavam à frente dos desígnios deste País. Elas, e, neste caso o Sr.General Ramalho Eanes, deram-nos exemplos de integridade moral, cívica e de humildade, que todos os políticos deveriam ter seguido, infelizmente, passados trinta e seis anos, temos a antítese do espírito que levou esses valorosos oficiais das nossas Forças Armadas a fazerem a Revolução dos Cravos. Veja-se o exemplo que o nosso pequenino cantinho,de Paços de Brandão, para se tirarem as mais replentes conclusões àcerca dos ideias de Abril e dos programas que os partidos, que então em Liberdade se formaram, por exemplo, o PPD (Partido Popular Democrático), com Francisco Sá Carneiro, como seu fundador, apresentava-se ao Povo Português da seguinte maneira:
«1.1 Em 25 de Abril de 1974 o Movimento das Forças Armadas, interpretando as aspirações e os interesses da esmagadora maioria do Povo Português, e certo de empregar a força em salvação da Pátria, derrubou uma longa ditadura vazia de apoio popular, que escravizou os portugueses através da injustiça social, os sujeitou e manipolou por meio das mais variadas formas de alienação, os lançou na guera colonial e na emigração, conduzindo o país à beira da ruína. O Movimento das Forças Armadas, de acordo com os mais puros princípios democráticos, propôs-se restituir ao Povo, oprimido durante 48 anos, o exercício do direito de escolher a ordem política, económica e social em que quer viver. Abriu-se, em consequência, um novo horizonte de esperança para os portugueses, chamados a construir pelas suas mãos o seu futuro colectivo.»
«....O respeito da dignidade de cada um como pessoa, em todas as circunstâncias, é o princípio fundamental da ordem social. E não há respeito pela dignidade humana sem liberdade, igualdade e justiça.
Aplicando estes princípios à sociedade portuguesa, O Partido Popular Democrático afirma o primado do direito de todos os portugueses a desenvolverem livremente a sua personalidade. Em contrapartida todos devem reconhecer o mesmo direito aos seus concidadãos.»
«....1.2 Liberdade, igualdade e solidariedade são os grandes ideais do socialismo e realizam-se na democracia. Não há verdadeira democracia sem socialismo, nem socialismo autêntico sem democracia.»

Esperança e coragem de se viver em Liberdade, quanto mais não seja, de pensamento e de expressão, para que ainda se possa acreditar que o nosso País, e, em particular a nossa Terra, ainda possa um dia ver aplicados tais princípios, com que os partidos políticos nos brindaram após o 25 DE ABRIL DE 1974.

SOLRARO

terça-feira, 27 de abril de 2010

Notícias de Paços de Brandão Nº742

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Inicio da Representação Teatral em Paços de Brandão 1913- 1920

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RESPIGOS DA NOSSA TERRA

O MAESTRO JOÃO LOPES TAVARES E O TEATRO MUSICAL

Depois de ter visto num jornal local, da realização no dia 17 de Abril no Salão Paroquial duma Soireé teatral, reavivou-me as décadas do século XX, onde grupos populares animaram com grande entusiasmo as noites brandoenses; do mesmo não podem ser esquecidos: Augusto Couta, João Pitança, Zé da Pinta, Armando Jerónimo, António Couta, Umbelina da Felícia, Deolinda da Esmoriza, Joaquim Rondão, entre outros, que durante os anos 20 criaram o Grupo Dramático.

Dessa altura não se pode dissociar a figura de Marques Pinto, que com a sua disponibilidade estaria durante mais de 30 anos tanto ligado ao Teatro como às Tunas, chegando diversas vezes ambas a serem cordão umbilical (das coisas ditas Amadoras), fazendo com que a nossa localidade se tornasse num centro de admiração e respeito na região.

Mas voltando ao assunto, já no ano de 1918 na localidade existia um grupo de Actores Amadores que representavam soirées na Aldeia, mais concretamente onde se encontra o Restaurante Rambóia: denominavam-se de “Grupo Dramático e Beneficente de Paços de Brandão“, o mesmo que está foto …

Este grupo teve bastantes problemas entre 1913–1916, que por acção do Abade Celestino (que era contrário a que raparigas fizessem parte do dito grupo: "raparigas não" – dizia ele) e das Beatas que faziam a sua propaganda contrária, mas de qualquer modo conseguiram a inclusão das duas raparigas e tiveram de integrar no nome o Beneficente para agradar aos ditos. Com a ida embora do dito padre, em 1916, os seguintes (Padre Rodrigo e Padre Maia) bem mais tolerantes, ajudaram na rápida implementação do grupo, criando uma onda de entusiasmo que seria engrandecido com a prestação do Maestro João Lopes Tavares. Este chegou à localidade em 1912, por convite do então presidente da Junta e contramestre da TUNA VELHA, Joaquim Macedo, e rapidamente recebeu dos brandoenses aderentes a esta tuna um apoio inusitado, criando com os da outra facção da TUNA NOVA, uma dezena de anos de conflitos e rivalidade, que dividiu a localidade…

Mas o mais caricato, se essa rivalidade existiu na Música, no Teatro deu-se o contrário. Aí havia consenso: a figura do Sr. Abade, como se lhe chamavam, e que se explica pela sua assinatura nas suas obras de SERAVAT, (Tavares ao contrário ), para alguns dos seus acérrimos o indelicado pseudónimo de Abade, por estar muito ligado ao dito Celestino, um padre ditador e de ser o maestro bastante misseiro… Mas tirando estes apartes, João Lopes, que era natural de Vilar de Andorinho, dedicou a esta terra trinta anos da sua vida artística, dedicando–lhe algumas das melhores músicas que as tunas locais repicaram nas décadas seguintes.

Em participação com o Grupo Dramático, o maestro compôs algumas peças que ainda são recordadas pelos mais idosos. Na sua ligação à corrente teatral, o João Tavares musicou algumas peças que foram representadas, contribuindo para “O Tio Pancrácio“, “Amanhã“, “Mosquitos por cordas“, “A Severa“, “A Rosa Enjeitada“, “Coroa de Flores“ e, na década de 40, com a participação de Joana Ferreira Alves aderiu a algumas peças, musicando-as para a voz da cantora , sendo a mais famosa “A Minha Aldeia“ donde foi extraída a famosa “A Minha Casinha“, canção que se tornou famosa na voz de Milú.

Na música ainda lá consta o seu nome, João Lopes, mas da letra da brandoense, Maria D. Jerónimo, essa foi sonegada e substituída; da letra constava: “as saudades que eu já tinha, da minha linda Aldeia, tão modesta como eu, pois é tão lindo morar nesse lugar, a começar vindo do Céu; as flores da minha Aldeia, tem tantas cores, como as estrelas do Céu, que sempre que lá passo, choro lágrimas saudosas, tristes ou alegres não sei. “

Pelo muito que deu a esta terra, merecia ter tido outro tratamento mas de injustiças está o inferno cheio. Em breve continuarei a falar deste assunto ou de outros que achar interessantes…

Na foto de 1918: De pé: João Pitança, Armando Jerónimo, Augusto Couta, Zé da Pinta, Augusto Jerónimo, António Couta e Joaquim Rondão; em baixo: Deolinda Ferreira, Umbelina da Felícia e a pequena Pura Rosas.

Bardo da Lira

Convivio dos catequistas dos Anos 60

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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Assembleia de freguesia - Ordem de trabalhos oficial

Gentilmente enviado por um colaborador do Engenho via e-mail:

TRADIÇÕES POPULARES PORTUGUESAS: AS MAIAS

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As pessoas mais idosas, nas quais me incluo, tanto em Paços de Brandão como em outras partes de Portugal, recordam-se certamente das nossas brincadeiras de infância.
O peão, a malha, o jogo dos botões, da macaca, da roda, a berlinda, a bola de trapos (não havia dinheiro para adquirir uma de «capa»), etc, etc, faziam parte do nosso dia a dia, principalmente na escola, nos intervalos das aulas (o recreio estava sempre esburacado, com aquelas covas muito redondinhas, prontas a receberem os berlindes dos «pirolitos»). Quem não se poderá lembrar destes jogos?...
Como seria interessante as nossas instituições educativas e locais, ensinarem às nossas criancinhas as tradições dos seus avós!... Mas o nosso mundo de infância não se ficava só por aqui.
Estamos a aproximarmo-nos do 1º. de Maio. Desde a minha infância que me lembro de, neste dia, as janelas e portas das casas se enfeitarem com giestas amarelas (Maias). Mas não eram só as casas a estar floridas: também as locomotivas apareciam nas nossas linhas férreas, a deitarem vapor por todos os lados, com as suas frentes bem enfeitadas com palmas e coroas de flores. Cada maquinista primava por enfeitar da melhor forma a sua máquina. O mesmo sucedia com os camionistas que enfeitavam a frente das suas camionetas. E quem não se lembra de ver aqueles carros puxados a bois, pachorrentos e barulhentos, com bonitas e artísticas cangas e com os chifres devidamente ornamentados com flores silvestres?!...
São tradições que muitas delas caíram do nosso esquecimento. Contudo, “AS MAIAS” ainda perduram e é por elas que hoje vou levar ao vosso conhecimento a sua antiguidade e um pouco como eram celebradas pelo nosso País.


AS MAIAS

Para se conhecer melhor do que trata esta festa popular, das MAIAS, nada melhor do que recorrer a José Leite de Vasconcelos e transcrever o que nos diz em “AS MAIAS” – Costumes Populares Portugueses (Porto, Junho de 1882).
A mais antiga menção desta festa popular, festa evidentemente naturalística, posto que mais ou menos desviada da sua significação primitiva, já pelo próprio Paganismo, já pelo Cristianismo, creio que se acha nestas linhas da Postura da Câmara de Lisboa de 1385: «Outro sim estabelecemos que daqui em diante em esta cidade e em seu termo nom se cantem Janeiras nem Mayas, nem a outro nenhum mês do ano…» ( Apud Ethnogr.Port., de F. A. Coelho, pag. 35).
As Maias propriamente ditas constam de duas partes: o enramalhamento das portas e o Maio-moço. Tratemo-los em separado.

I – No primeiro de Maio, no Douro, Beira-Alta, Minho, etc, enfeitam-se as portas das casas com ramos de giestas amarelas, chamadas Maias. O povo dá destes costumes duas explicações:
a) Quando a Virgem foi para o Egipto, deixou pelo caminho muitos ramos de giesta para não se enganar na volta;
b) Quando Jesus Cristo nasceu, os Judeus procuraram-no para o matarem e, como soubessem que ele estava em certa casa, colocaram-lhe à porta um ramo de giesta a fim de no dia seguinte o prenderem. Nesse dia, porém, todas as casas da povoação apareceram marcadas e os Judeus não puderam dar com ele. Em Vermoil o costume sofre uma modificação: as cortes do gado são enfeitadas com ramos de carvalho, ao que chamam maiar o gado.

domingo, 25 de abril de 2010

36 anos de 25 de Abril - General Eanes as histórias

Faz hoje 36 anos que, em Lisboa, um grupo de capitães levava a cabo um golpe militar, que acabaria por derrubar o regime fascista vigente de Marcelo Caetano e, com isso, abrir as portas para aquilo que hoje temos como adquirido que é a democracia e a liberdade.
Uma das figuras que desempenhou um papel importante na consolidação democrática em Portugal, foi sem sombra de dúvidas o General Ramalho Eanes.Encontrava-se ainda em serviço em Angola aquando da Revolução de 25 de Abril. Regressado a Lisboa, aderiu ao Movimento das Forças Armadas. Em 1975, então com a patente de Tenente-Coronel, dirigiu as operações militares do 25 de Novembro desse mesmo ano, contra a facção mais radical do MFA. Em 1976 foi eleito Presidente da República, sendo reeleito em finais de 1980. Figura de ar sério inabalável, mas com um sentido de humor mordaz, de acordo com relatos de quem privou de perto com o General.
A história que hoje trazemos aqui ao Engenho, nesta efeméride de Abril, visa recordar a todos daquilo que é feito um grande homem! O General Eanes reproduz na perfeição aquilo que representa o espírito de Abril . Quando a classe política padece de uma doença crónica que envolve os pensamentos mais ignóbeis do ser humano, eis que nos chega uma história que eleva os grandes homens ao pedestal que merecem. No texto que abaixo transcrevemos, cujas palavras são da autoria do escritor Fernando Dacosta, fica um exemplo disso mesmo: de um grande "Homem"!

"O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que viesse a receber. Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para aqual descontara durante toda a carreira. O desconforto de tamanha injustiça levou-o,mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há pouco, se pronunciaram a seu favor.
Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze anos, com retroactivos, num total de um milhão e trezentos mil euros. Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados e não aceitou o dinheiro.
Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância, Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados. As pessoas de bem logo o olharam empolgadas: o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de dolorosíssimo abandono social. Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a. Mas pedi-la, não. Nunca!» O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta, de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.“A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, das utopias de outrora”. Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta acrescentando os outros.“Senti a marginalização e tentei viver”, confidenciará, “fora dela. Reagi como tímido, liderando”. O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos) ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida,pervertida ética. Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de dignidade decisivo para continuarmos a respeitar-nos, a acreditar-nos - condição imprescindível ao futuro dos que persistem em ser decentes."

sábado, 24 de abril de 2010

Alfredo Henriques a favor das SCUT se for para todos.

Pois é, parece que desta vez é mesmo a sério. A a partir de 1 de Julho lá vamos cemeçar a ter de fazer contas quando decidirmos ir ao cinema, ao shopping ou simplesmente ver as montras. Temos de ponderar 2 coisas:
1- Se temos dinheiro para o Bilhete do cinema, pois ficará mais caro!
2- Se não ir pela A29 compensa ou não o custo da reparação do carro, e risco de acidente!

Pelos vistos, o ministro das Finanças avançou esta quinta-feira passada, que as portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador, as SCUT, vão estar efectivas e a cobrar a partir de 1 de Julho.
A propósito disto, Alfredo Henriques, Presidente da Câmara de Santa Maria da Feira diz-se consciente da situação em que está o país, mas defende que, por uma questão de justiça, "se houver portagens nas SCUT tem que haver em todas as outras auto-estradas".
A nós parece-nos inacreditável este derrotismo do nosso autarca, alinhado claramente com outros abrangidos pelas auto-estradas que passarão a ter portagens pagas. E parece-nos inacreditável uma vez que em nenhum dos casos existe estradas alternativas eficientes.
Que raio de país este onde tudo e todos são manipuláveis, vergam aos interesses do mais forte... Também pudera!!! É o povinho que paga a conta, por isso que se lixem. Que terá dado Sócrates desta vez aos presidentes de câmara?!
No Engenho temos noção que a colocação de portagens na A29 irá provocar ainda mais agudização de problemas financeiros que afectam muitos Brandoenses que utilizam esta via para se deslocarem para os seus empregos.
O PEC é vendido aos Portugueses como uma banha da cobra que cura todos os males, nem que seja à custa de males maiores! Que os erros dos BPP´s se paguem às nossas expensas e o resto que se lixe: "bota portagem".
A escassas horas de comemorar os 36 anos do 25 de Abril, confirmamos que a classe politica está doente! Já lá não existem praticamente pessoas competentes! Não nos venham com as direitas e as esquerdas: são ideologias forjadas em torno dos interesses que servem apenas para manter quente o tacho de cada um deles!
Todos os dias vemos na Tv alguém iluminado a afirmar ter encontrado elixir do regresso da fartura, mas que na realidade não é mais que a água benta que tapa as bocas e os olhos, cada vez mais amordaçados e tapados dos Portugueses. Enfim, só nos resta mesmo é pagar e não bufar, pois a luta terminou!

Futebol em Paços de Brandão - RESPIGOS COM HISTÓRIA (III)

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UM CLUBE REGIONAL CHAMADO DE CLUBE DESPORTIVO DE PAÇOS DE BRANDÃO (3)
PAÇOS DE BRANDÃO F.C. ( 1930 – 1938 )

1º- Depois de cerca de 5 anos sem clubes a praticar futebol no campeonato de Aveiro, apesar da existência de vários grupos de cariz popular, um punhado de brandoenses recuperaram o clube formado em 1922: o Paços Brandão Futebol Clube, começando por construir um campo próprio para a prática deste desporto. Esta escolha recairia no lugar da Aldeia, (mais propriamente nas Ameixoeiras), com a cedência de terrenos da pertença de Ferreira Alves e Augusto Jerónimos, tendo à cabeça antigos praticantes e fundadores de 1922, que entretanto deixaram a prática do futebol e se tornaram directores.
Após a inauguração do Campo de Jogos e da constituição duma direcção, os jogadores da localidade, que entretanto estavam arredados da competição, não regatearam em esforços e formaram uma equipa no ano de 1931, com o intuito de competir no campeonato regional; a equipa da altura era composta por jogadores da União Brandoense e do P.B.F.C., reforçada com a vinda doutros atletas da região que na altura, devido aos poucos clubes que existiam ou não competiam, vieram engrossar as fileiras deste clube. Com o estatuto de fundador da Associação, o P.B.F.C. foi inscrito no campeonato de Promoção de Aveiro na época 1931–1932, na qual sairia vencedora, disputando o acesso por isso às Primeiras categorias, mas que não conseguiria por uma unha negra, perdendo na final com a Estrela de Ovar, onde pontificava o grande Zé Marques (Tarene), que marcaria nesse jogo 4 golos ao goleiro Zé Brandão.
Mas nem tudo correu bem no seio deste clube, onde a rivalidade entre lugares da freguesia e o bairrismo ensarcerbado entre os jogadores e directores, terminou em zanga e por consequência acabando no aparecimento duma outra equipa em 1932, a S.U.D; construíram o seu próprio campo no lugar da Estação, onde existe actualmente a Fábrica Dragão, começando nesse mesmo ano a competir no campeonato, na Promoção, levando consigo alguns jogadores que fragilizaram a equipa de então do P.B.F.C..
A foto de 1933 acima registada, retrata a equipa que competiu no ano 32–33 nas Primeiras Categorias de Promoção. Conseguiram a subida à divisão de honra ficando no 2º- lugar com excelente desempenho e tinha no seu elenco velhas glórias que ainda hoje são recordadas com muita nostalgia. Pela ordem seguinte cá vão os seus nomes:
1ª- fila: de pé, da esquerda para a direita: Francisco Carvalho (Chico da Marinheira), António Sá (Raio), Ângelo da Guedes, Pedro Monteiro, Manuel da Ferreira, Américo Ribeiro e Dr. Brandão.
2ª- fila : Neca do Brás, Chico do Pica, José Figueiredo e Joaquim Diogo.
A camisola diferia da inicial listada, e a razão prende-se do facto dos dissidentes que saíram em 1932 apregoarem que as mesmas eram pertenças da antiga União Brandoense. Por isso, estes não tinham o direito de as usar; por fim, a direcção do P.B.F.C., apesar de muita contestação, decidiu que as camisolas seriam lisas em tom de verde e ficou tudo sanado. Este factor seria a causa da intensa rivalidade entre os lugares de cima e de baixo, onde os jogos entre as duas equipas constituíram autênticas pelejas e muitas histórias contadas, que ainda hoje são recordadas como épicas. Dizem as calendas que o S.U.D. levou sempre avante nos jogos entre ambos, mas em 1936 o campeonato foi perdido devido a uma derrota contra o rival, que nesse ano desceu às segundas categorias, evitando que o S.U.D. disputasse o campeonato nacional. Foi a única derrota mas a mais importante de todas, que conduziria a um desinteresse do P.B.F.C. e à sua extinção em 1938.
Em 1932–1933 o P.B.F.C. competiu no campeonato de promoção com 10 equipas, onde pontificavam equipas mais fortes e com competição desde 1928, mas o desempenho foi brilhante: ficou em segundo, atrás do Estrelas de Ovar, na primeira fase, não subindo à Primeira Divisão porque algumas arbitragens prejudicaram a equipa em 4 jogos, o que impediram a sua subida. Mas, no ano seguinte, na época de 33-34, o P.B.F.C. venceria a sua série e numa final a duas mãos levou avante diante do Cortegaça, com duas vitórias: 7-2 e 6-0 e não conheceram qualquer derrota.

(continua )

Bardo da Lira

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Eco-pontos dão lugar a lixeiras

Tal como qualquer doença da moda em Paços de Brandão, e à velocidade de uma pandemia, os eco-pontos da freguesia vão sendo convertidos silenciosamente e aos olhos de todos, em verdadeiras lixeiras a céu aberto sem que ninguém se insurja!
Não sendo alheio a tudo isto o Engenho, em tempo oportuno cá deu conta do que se passava, mostrando a vergonha vigente condenando-a veemente, repudiando tais actos e apresentando propostas de solução.
Vieram as limpezas, os avisos na missa, os editais, os projectos de limpar este "portugal dos pequeninos". Contudo, e apesar deste esforço, passado pouco tempo ficou tudo na mesma!
Este executivo da Junta, a reboque ou não (também não interessa), adoptou algumas boas medidas, no sentido de minorar este problema. Infelizmente foram insuficientes para conseguir modificar a consciência das pessoas. Tarefa ingrata mas não impossível: há que usar outras formas de sensibilizar e, com isso, conseguir conquistar as pessoas.
Tudo isto vem a propósito do mau estado geral em que se encontram novamente os eco-pontos da freguesia, dos quais destacamos o que se encontra na Rua dos Eucaliptos. Ali nesse, algumas almas (de) penadas, talvez vítimas recentes de amaldiçoamento por parte do pároco local, decidiram, num acto obsceno e reles, fazer daquele ponto local de depósito dos mais diversos materiais. Desses destacam-se: poltronas, bidés, sacos de lixo doméstico, etc. Talvez estivessem na expectativa que, por artes divinas, os mesmos se esfumassem no vento rumo aos céus. Infelizmente não se esfumam e hoje mesmo, ao que pudemos saber, a funcionária da Junta estaria a limpar este local. A Junta está a agir correctamente, mas já deu para notar que é insuficiente, pelo que nós no Engenho sugerimos algumas ideias:

- Colocação de placas que indiquem a proibição da colocação de "monstros" junto dos eco-pontos, com informação útil de como as pessoas devem proceder para se livrarem dos mesmos;
- Envio de um info-mail para casa de todos os Brandoenses a informar de como devem proceder para se livrarem dos "monstros" e alertar para o uso correcto dos eco-pontos;
- Coordenação com as Juntas de Freguesia vizinhas, no sentido de que estas adoptem medidas semelhantes;
- Promoção de sessões de esclarecimento públicas, no salão da Junta, nas escolas, na paróquia, e demais espaços públicos onde seja possível passar a mensagem às pessoas;
- Recolocação dos eco-pontos em locais menos isolados;
- Em última instância, bater porta a porta os lugares onde se verifica mais frequentemente este problema alertando pessoalmente as pessoas.

O combate a este flagelo também depende de cada um de nós que se preocupa em manter o ambiente mais limpo. Por isso, quem presenciar estas descargas ilegais deve denunciar às autoridades (GNR; PSP SEPNA), pois tratam-se de crimes públicos!
Nós no Engenho continuaremos, como até agora, a fazer a nossa parte alertando e chamando sempre a atenção para este problema!

Assembleia de freguesia de Paços de Brandão - dia 29-04-2010

Assembleia de Freguesia - NÃO OFICIAL

Apesar dos esforços que o Engenho levou a cabo, através de envio de e-mail dirigido à pessoa do Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia João Brito, no qual era solicitada informação sobre a data da próxima Assembleia de Freguesia, não obtivemos qualquer resposta até ao momento. Não sabemos se é uma retaliação às supostas alfinetadas que no Engenho vai dando nalgum glúteo mais sensível, ou se foi esquecimento premeditado. Em todo caso, numa ou noutra situação, encaixam perfeitamente no comportamento a que este executivo nos vai habituando lá no "palatiollo"!
Posto este breve esclarecimento e baseados em algumas informações que nos chegaram não oficiais, vimos então dar ao conhecimento dos nossos prezados leitores que a próxima Assembleia de Freguesia irá ter lugar no próximo dia 29-04-2010. Se a tradição se cumprir, esta realizar-se-à no salão Nobre da Junta, pelas 21:30h.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

BE- Pedro Filipe Soares intervêm sobre o PEC

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O deputado Pedro Filipe Soares, eleito pelo Distrito de Aveiro e membro da Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda de Santa Maria da Feira, faz uma intervenção referindo-se ao PEC e ao facto de, no ano final da sua aplicação (2013), o desemprego continuar nos 10% e a Economia portuguesa continuar a divergir das restantes. O deputado bloquista questiona ainda o Ministro da Economia, Vieira da Silva, relativamente ao investimento público e à sua importância na criação de emprego.

Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira - dia 30-04-2010

A ordem de trabalhos da próxima Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, não inclui pontos com interesse relevante para a freguesia de Paços de Brandão. Contudo, as revisões orçamentais devem animar as hostes. Por outro lado, embora indirectamente, os pontos que vão a debate sobre os apoios dados aos estratos sociais mais desfavorecidos no concelho, bem como às colectividades, poderão suscitar algum interesse.
Ficamos contudo sempre expectantes sobre os temas que cada partido escolherá para o período antes da ordem do dia, onde esperamos que sejam colocadas algumas questões sobre o abate na Quinta do Engenho Novo.
Como sempre, o Engenho irá marcar presença e exortamos a todos que possam que apareçam, que mais não seja para se rirem! As assembleias de há uns tempos a esta parte são verdadeiras comédias, onde a intervenção de alguns elementos é digna de um "stand-up comedy".

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Teatro no salão da paróquia

Apesar de não ter sido "convidado" para a festa, o Engenho não passou indiferente aos cartazes que abundavam pelos cafés, bem como ao eco ensurdecedor que, altifalantes em carros, iam fazendo pela freguesia durante todo o dia de sábado.
A festa era da organização da "Fábrica da Igreja", que é como quem diz, o Ministério da Administração Interna, Finanças, e Obras Públicas, deste governo perpétuo do "Primeiro Ministro" da Igreja que é o Julião Valente (sim 25 de Abril ali passou ao lado). Pelos vistos, a coisa não anda muito bem para os cofres da paróquia, pelo que, para obter financiamento para algumas obras para o Salão Paroquial, há que dar azo à imaginação e então reinventar o Teatro recorrendo aos catequistas dos anos 60.
Posto isto, o Engenho lá pôs pés ao caminho, que é como quem diz, pagou os 3 euros do "convite", e assentou glúteos onde haviam cadeiras livres, pois como diz o ditado: "para festa não há perna manca." E, efectivamente, entre mancos e menos mancos, a verdade é que as cadeiras eram já poucas. Não podemos deixar de referir que marcaram presença, curiosamente (ou nem por isso) e lado a lado, o nosso estimado Mino e o não menos querido Julião Pires (pelo menos desta vez não o vimos amaldiçoar ninguém!).

As propostas da noite incluíam 2 peças de Teatro amador de comédia, escritas pelo nosso ilustre Julião e uma participação, não menos cómica, do grupo académico "Serenatas de Espinho" (talvez nalgum ensaio geral para as queimas que se avizinham). A primeira parte teve em palco a conhecida peça: "Dois Surdos no consultório" e na segunda parte: "Uma bruxa em calças pardas".
De salientar que a assistência delirou com as peças apresentadas, tais eram os risos estéricos que se faziam escutar da audiência aquando das piadas, coisa que aliás ainda não conseguimos entender bem!
Apesar de tudo, esta foi certamente uma noite bem passada para os que como nós, não tinham mais nada que fazer num sábado à noite primaveril... mas chuvoso!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

PCP - Comemoração do 25 de Abril em S.Paio de Oleiros

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Nem só por cá se fala da Quinta do Engenho...

Pelos vistos, o mal estar gerado pelo desbaste florestal, levado a cabo por esta autarquia, liderada pelo nosso prezado Mino, já ultrapassou as fronteiras concelhias.
Num acaso "cibernético", tropeçamos num blog de nome "Sofia Beça" que se dedica, entre outras coisas, aos assuntos das artes em cerâmica. Pelos vistos, esta artista escolheu a nossa Quinta do Engenho para servir de fundo para uma sessão de fotografia para alguns trabalhos seus. E depois de constatar "in loco" o estado da Quinta do Engenho, não deixou de tecer algumas considerações no seu blog, quanto ao que se estava a passar em termos de desbaste arbóreo.
No Engenho decidimos transcrever essas palavras, que esperamos levem longe o eco de repulsa que muitos, como nós, sentimos quando este tipo de medidas "pró-ambientais", roçam mesmo é no mais hediondo crime "anti-ambiental".

"Para fazer uma parte de um dos trabalhos com a fotógrafa Catarina Mendes, tinha que encontrar um local para o efeito. Ontem encontrei o que queria, a Quinta do Engenho Novo, em Paços de Brandão. Um local muito bonito e tranquilo (pelo menos em dias de chuva), mas que infelizmente (creio) a ser destruído. Dezenas de eucaliptos de porte enorme a serem abatidos, mas com outro tipo de árvores a serem plantadas. Será que estão a reflorestar?? Não sei o que lá estão a fazer, mas como tem pontos negativos e positivos para o meu trabalho em questão....está escolhido!"
(Foto e texto in: http://sofiabeca.blogspot.com/2010/04/local-eleito.html)

Eleições no concelho - Mosteirô resultados finais

Resultados:
PS - 4 mandatos
PSD – 3 mandatos
CDS – 1 Mandato
BE – 1 mandato
CDU – (-) mandatos

Ganhou novamente o PS, sendo que a esquerda aqui sai reforçada com a eleição de um elemento pelo BE, aliás caso único no concelho por parte desta força partidária. Quem perde em toda a medida é mesmo o PSD que além de repetir a derrota das eleições de Outubro passado, perde ainda um lugar na assembleia, passando de 4 para 3 representantes.

Futebol em Paços de Brandão - RESPIGOS COM HISTÓRIA (II)

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UM CLUBE REGIONAL CHAMADO DE CLUBE DESPORTIVO DE PAÇOS DE BRANDÃO (2)
DE 1925 A 1931 SEM FUTEBOL

Depois de ter participado no primeiro campeonato de futebol de Aveiro, o futebol esteve cá na freguesia interrompido durante 5 anos, por diversas razões:
- Em primeiro lugar deve-se ao facto do Campo de jogos do Arraial não possuir as medidas regulamentares;
- Em segundo, as divergências entre os governantes locais;
- Em terceiro, a acesa e disparatada rivalidade existente entre o clube PBFC e o outro cá existente, União Brandoense, quanto á utilização do campo de futebol;
- E, por último, esta tornou-se numa guerra politica, de interesses e tornar-se-ia causadora de desmotivação entre os atletas devido à inactivação da prática do futebol.
Como se sabe, a localidade possuía, por altura de 1925, apesar de ter pouco mais de 2500 almas, várias associações, rivais e bairristas. Passava por um forte desenvolvimento económico, comercial, era um centro industrial pujante de: massas, cortiça, papel e no comércio. Tinha no centro um espaço comercial e uma feira semanal, que era na altura a mais concorrida do concelho. E fora tudo isto, possuía uma feira mensal, denominada de Feira dos 7, onde era transaccionado um forte componente de gado, que se estendia desde o Porto até Aveiro, pois a localidade tinha uma razoável linha de vias terrestres e era no caminho de ferro, o seu grande trunfo, pois esta via transportava parte desses produtos agrícolas e animais.
Estávamos no apogeu da República. Tínhamos saído duma Grande Guerra e, apesar da devastação e degradação dos países, o nosso País conheceria de 1920 a 1927 um período áureo e os emigrantes espalhados pelo mundo contribuiríam economicamente na sua terra. Com a chegada do período 1928–1931, chegou a Grande Recessão ou de Crash da Bolsa, a célebre queda de 1929, que começou na América e por arrasto apanhou a Europa, levando à falência de muitas economias, firmas e a uma grande desordem social e descapitalização, tornando-se esse período muito conturbado e negro no aspecto social. A República seria aniquilada e dar-se-ia o começo, em 1926, do período do Estado Novo e a chegada de Salazar ao poder.
Mas pegando no ano de 1925, a Junta local era dominada pelos monárquicos e tinha como dirigente Joaquim Ferreira Macedo, que fez um trabalho magnifico na freguesia, apoiou o futebol e era entusiasta da sua tuna: A TUNA VELHA. Mas foi o causador doutras questiúnculas, tendo dividido as gentes desta terra e tornado a sua rivalidade como o sinal de divisão entre lugares, partidos políticos e associações. Apesar de tudo isto, foi um dos mais dinâmicos dirigentes desta terra que merecia ser recordado numa rua, tal como outros que elevaram esta terra a patamares de progresso.
Com as eleições de 1926, a Junta mudou de mãos, venceram os Republicanos e aqui começou o fim prematuro do PBFC. A politica misturou-se com o desporto, sendo este a porta bandeira dos fundadores, todos eles anti-republicanos e conservadores da monarquia, caída em 1910. Adivinhou-se assim o fim em que caiu. Com as eleições venceu o republicano Joaquim de Sá Alves da Silva, que rapidamente reivindicou os terrenos onde estava o campo de futebol como de interesse publico (seria a sua desgraça, porque em menos de 5 meses conduziria à sua queda) e exigiu a sua devolução à Junta. Foi acesa a guerra entre o período de 1926 a 1928, que degenerou numa batalha verbal, acabando quase em tribunal. Apesar de em Maio de 1926, com a queda desta Junta e a nomeação duma comissão administrativa ordenada pelo governo civil, este caso arrastou-se bem para depois desta junta, sendo um dos focos de destabilização entre os lugares da freguesia, com a lavagem de muita roupa suja, comunicados na imprensa regional e zangas entre muitas famílias. Para azedar ainda mais as relaçõe, o governo civil de Aveiro elegeu como Regedor, Júlio Alves da Silva, um monárquico que não só apoiou o PBFC, como tornar-se-ia num dos impulsionadores da construção do Campo das Ameixoeiras, apoiando o Dr. Manuel Brandão e o Francisco Carvalho (o Maneta) no ido ano de 1930.
Por isso, este caso tornar-se-ia ainda mais relevante, ficando esta freguesia dividida com 2 tunas, rivais e bairristas, relações azedas entre a população do Monte de Cima (sede da tuna Nova, da União Brandoense) e no Arraial (sede da Tuna velha e do PBFC). Dá para se ter uma ideia do que foi este período, que seria depois ainda mais relevante a partir de 1931 com a formação dum outro clube: a S.U.D..
Apesar de tudo isto, as forças vivas da Praça e Aldeia, especialmente com a ajuda da família Ferreira Alves, o campo de futebol avançou no terreno e tornou-se numa realidade. Levou um ano a construção deste complexo desportivo, todo ele construído com a abnegação do povo Brandoense da Aldeia e Praça e tal procedimento tornou possível a sua avante. Quanto aos terrenos do antigo campo, estes seriam desviados para a construção dum salão paroquial mas seria construído no seu recinto a escola da Praça, esse monumento que ainda hoje é admirado. Foi requalificado há pouco tempo e serve de ensino aos alunos da parte de baixo da vila. Dessa equipa que foi baluarte do PBFC, entre 1923–1925, possuía no seu elenco atletas de grande valor.

PBFC – ano 1925 (continua)

Bardo da Lira

domingo, 18 de abril de 2010

Equipa do BTT Brandoense em Oliveira de Azemeis

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BTTB NA MARATONA CIDADE OLIVEIRA DE AZEMEIS COM 19 ATLETAS À PARTIDA

Foi no passado dia 11 de Abril, numa prova de grau de dificuldade e técnico alto, que os cicilistas Brandoenses estiveram em bom nível competitivo, tendo conseguido terminar a prova 17 atletas e com bons resultados.

18º. Lugar - Paulo ( 2,19 h )
19º. “ - David Silva ( 2,20 h )
33º. “ - António Soares ( 2,31 h)
34º. “ - Mário Batista Jr. ( 2,31 h )
36º. “ - Carlos Manuel ( 2,34 h )
44º. “ - José Amorim ( 2,36 h )
51º. “ - José Luis ( 2,40 h )
59º. “ - Valdemar Silva ( 2,42 h )
60º. “ - José Pinto (2,43 h )
76º. “ - Manuel António ( 2,41 h )
81º. “ - Valter Ferreira ( 2,55 h )
106º. “ - Mário Batista ( 3,04 h )
125º. “ -Bruno Pinho ( 3,10 h )
143º. “ – Bruno Sá ( 3,16 h )
144º. “ - António Sousa ( 3,16 h )
189º. “ – Claudio Mota ( 3,47 h )
190º. “ - Manuel Oliveira ( 3,49 h )

Associação Musical Oleirense - Concerto de Páscoa

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RECANTOS DA NOSSA TERRA - Palmeira das Canárias

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A PALMEIRA DAS CANÁRIAS DO SENHOR VALDEMAR

Lá para os lados do Monte de Cima, de paredes meias com a Capela de N.S. da Livração, existe nos terrenos do jardim do nosso conterrâneo, Valdemar Alves, uma palmeira , que se tornou num caso único e merecedor dum reparo. Tal palmeira, que se tratando duma espécie não natural desta região, prolifera na nossa terra como quase árvore integrada, pois os nossos emigrantes que um dia abalaram para o Brasil e para África no século XIX, no seu regresso, trouxeram no seu regaço tais espécies, que por cá vingaram e são dignas de serem vistas ainda hoje, nas nossas quintas brasonadas. Mas esta tem um cunho especial, pois foi escolhida, semeada e no seu procriar deu 9 rebentos, que são um regalo e admiração do seu dono .
Neste exemplar de “PALMEIRA das CANÁRIAS“, no ano de 2000 nasceram 9 filhotes, quando esta atingiu a bonita idade de 25 anos. Estes filhotes, nascidos mais ou menos assimétricos, a uma altura nada comum de 1,20 metros do solo, fazem deste exemplar uma raridade, digna de fenómeno botânico. Com efeito, nesta espécie de palmeira, quando muito, nasce um só filhote junto ao pé da palmeira – mãe, o qual raramente chega a vingar. Ao atingirem a idade adulta, estes 9 filhotes terão à volta de 10 toneladas de peso, alimentando-se exclusivamente com a seiva que proporcionará o tronco central. Por isso, esta Palmeira tornar-se-á num futuro, uma espécie de estudo e será sem dúvida notícia em todo o mundo.

Bardo da Lira

sábado, 17 de abril de 2010

DOUTORES CHURRASCAM A 2ª DÉCADA


Não passou despercebido ao Observatório do Engenho, sempre atento ao que se passa cá pelo Palatiolo, o estranho facto de amanhã o nosso arraial entrar em fase de churrasco. E falamos em estranho, essencialmente, pelo comprimento dos cordões da bolsa, já que o “bicho” terá de ser enorme: afinal de contas, comemorar duas décadas de talento e prestígio já não é para qualquer um.

A fase da “queima” já lá vai: completamente oldfashion (até porque pouco mais haverá já para queimar). Soou-nos que, desta vez, os “doutores” cá da terra vão dar provas das suas habilidades artísticas e mostrar o que valem a churrascar e a morder no porco (isto é que é visão estratégica!!!).

A coisa parece que se perspectiva em grande. Pior só mesmo a desilusão do resultado final, já que, pelo tempinho que temos hoje, é certinho que haverá boicote do S. Pedro ao “deixem-nos desmarcar do Castelo e fazer de conta que gozamos de boa saúde”. Vistas bem as coisas até são capazes de ter razão já que tainadas destas só mesmo para quem não sofre de colesterol e outras patologias do foro cardiovascular. Ou não será assim?

E se pelos livros a coisa parece não produzir lá grandes resultados (pelo menos visíveis), nada como partir para o folclore. É a verdadeira máxima do “mais vale parecê-lo que sê-lo”.

Tuna de Oleiros 100 anos- actividade mês de Abril

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Inserido nas comemorações do centenário da associação:


Próximo dia 30, concerto pela Banda Musical Paramense, à noite na sede da colectividade.

Assalto em Rio Meão termina com captura em Paços de Brandão

Na passada sexta-feira, cerca das 15:30, em Rio Meão, um homem na casa dos 50 anos, e já repetente das artes do crime, concretizou um assalto à ourivesaria Alison. Sob a ameaça de uma arma branca (supostamente uma catana) obrigou as duas funcionárias que lá estavam (mãe e filha) a entregar artigos diversos, sobretudo ouro, estimados num valor de 40.000 euros.
O suspeito, de 47 anos, residente num bairro social em Oliveira do Douro, Gaia, planeou o assalto ao pormenor dias antes, quando se dirigiu à ourivesaria com uns relógios para arranjar, alegando que precisavam de pilhas, mas não os conseguia abrir.
Apesar de todo a planificação, algo correu mal, e alertadas as autoridades, o ladrão colocou-se em fuga numa motorizada, acabando por ser apanhado pouco tempo depois na zona de Paços de Brandão.
A operação de perseguição da GNR pelas ruas Brandoenses foi descrita como semelhante à de um cenário que fez lembrar os filmes de Hollywood. O larápio começou a sua sucessão de azares, ao perder o artigo do roubo pelo caminho, depois na corrida desenfreada, não evitou embater numa carrinha perto da Quinta do Engenho Novo. Mesmo ferido, pensou ainda encontrar refúgio no interior da Quinta, para onde tinha continuado a sua fuga épica ainda que a mancar de numa perna. Porém, para seu espanto não havia onde se esconder, pois o desbaste recente das árvores colocava a nu a sua localização naquele espaço todo. Após erguer as mãos aos céus e apelar a Ode (Deus dos ladrões) por protecção! A sua prece não é atendida e a fuga terminava, pois foi fácil aos soldados da GNR procederem à sua captura. Mesmo assim, num último acto desesperado, o ladrão ainda resistiu e consegue ferir um militar numa mão, ficando ele próprio ferido também.
Isto até podia ser cómico, e se calhar até é. Nem o larápio contava com tanto azar, nem o nosso Mino pensava que a sua obra mais polémica tivesse afinal algo de bom...Valham-nos os Deuses do Engenho!

Hip, hip... hurra!!!


Se virem aqui e aqui o lastimável estado em que o Barroso brandoense se encontrava e aquilo com que o que o Observatório do Engenho se foi deparar esta semana, é que nem dá para acreditar.

É obra digna de um verdadeiro Faísca McQueen (é que nem ele certamente conseguiria fazer melhor e mais rápido) e, qui ça, possa vir a ser contemplada, por uma qualquer federação, com a próxima temporada das corridas para a Taça Pistão (é muito provável que só mesmo os miúdos nos entendam, embora já seja tempo de os graúdos perceberem algo mais, quanto mais não seja pela vasta experiência em "parques infantis"!!!).

Quanto a nós, somente a dizer que: os pneus agradecem e a bolsa dos automobilistas também.

Entretanto, ficamos a aguardar notícias quanto à inauguração oficial da nova via-rápida.

E para o Mino não há nada, nada, nada? Hip, hip... hurra!!!!


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Futebol em Paços de Brandão - RESPIGOS COM HISTÓRIA (I)

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UM CLUBE REGIONAL CHAMADO "CLUBE DESPORTIVO DE PAÇOS DE BRANDÃO"

RESPIGOS COM HISTÓRIA - AS ORIGENS DO FUTEBOL EM PAÇOS DE BRANDÃO

A primeira equipa de futebol na localidade apareceu no ano de 1920 com a denominação de União Brandoense Football Clube, devido à persistência de vários jovens que praticavam esta modalidade, no largo da Praça, no recinto da antiga Feira dos 7.
Era uma agremiação de modelo de equipa de rua ou de bairro, sem sede ou estatutos, que praticavam futebol por paixão! Com a necessidade de se tornar num verdadeiro clube, um punhado de Brandoenses fundaram, em Março de 1922, o Paços de Brandão FootBall Clube, com sede no largo da Praça e com campo próprio inaugurado em Março de 1924.
Dos fundadores constam os nomes de: Dr. Manuel Brandão, José Rosas, Joaquim Ferreira Macedo, Américo Coelho Relvas, Florentino Monteiro, António Pinto Coelho Júnior e Adelino Ferreira Alves. A primeira foto existente data de 1924. A que está neste respigo é composta por jovens de várias condições sociais, onde pontificavam : José Rosas, Joaquim Rosas, Zé Brandão, Dr. Manuel Brandão, Aires de Sousa, António de Sousa, Augusto Pais, entre outros, que compravam os seus equipamentos e competiam com as grandes equipas da região. Que se saiba, possuíam estádio próprio, mas não era homologado devido às exíguas dimensões do campo, portanto não foram permitidos jogos oficiais.
No biénio 1924 - 1925, competiu com as melhores equipas da região Norte, chegando inclusive a ser o clube número 1 na fundação da Associação de Futebol de Aveiro, em Setembro de 1924, juntamente com mais 11 equipas: Espinho, Sanjoanense, Ovarense, Galitos de Aveiro, Fogueirense, Recreio Artístico de Aveiro, Anadia, Bustelo, Sport Oliveirense, União Oliveirense e Sport Beira-Mar. Foi entre 5 equipas o responsável do primeiro campeonato de futebol de Aveiro, na época 24-25, ficando em segundo lugar, disputando todos os jogos como visitante, sendo vencedor o SP Espinho.
Quando tudo parecia correr bem, com a saída dum dos fundadores do clube e também presidente da Junta, Joaquim Macedo, a nova Junta Republicana decidiu tornar os terrenos do campo de utilidade pública, que eram da pertença da Junta, começando um braço de ferro que duraria até 1929, o que quase acelerou o fim do clube, deixando de praticar o futebol e assim a freguesia ficou sem a prática de qualquer desporto.
Com o desaparecimento do clube neste período, os atletas filiaram-se nos clubes vizinhos, contribuindo alguns atletas para os êxitos contínuos do SP Espinho, que foi campeão do campeonato anos seguidos, sem adversários à altura e, por essa razão, este clube tinha inúmeros adeptos da nossa freguesia.

Bardo da Lira

PAÇOS DE BRANDÃO FC – 1924 (CONTINUA)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Eleições no Concelho: CDS-PP Paulo Portas em Mosteirô

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Paulo Portas esteve em Mosteirô ontem (quarta-feira), entre as 19h e as 21h30 para dar uma palavra de apoio a Celina Santos e à sua equipa e contactar os mosteiroenses, ouvindo os seus problemas e anseios.

Foi uma visita surpresa, mantida no mais apurado segredo, por forma a repercutir um efeito de choque.
O objectivo foi concretizado.

Mosteirô recebeu Paulo Portas de barços abertos e com um enorme carinho.
O CDS-PP de Mosteirô está lançado para um grande resultado no próximo domingo.

Hoje, pelas 20h, na Rádio Clube da Feira, debate com todos (assim esperamos) candidatos a Presidente de Junta.

Vai correr bem!!!

A Democracia (parte 3)

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(... continuação de "A Democracia - parte 2")

A DEMOCRACIA

Esta terceira parte, estende-se até ao reinado de D. Maria I. Contudo, espero continuar a dedicar-me a este assunto e, dentro das minhas limitações, prolongar tais apontamentos até ao princípio do século XX (1ª. República).

As origens de um regime democrático (governo do povo pelo povo), remonta aos séculos VII – VI (antes de Cristo); aconteceu na Sicília, Epidauro, Corinto, Mégara, Mileto e em Atenas. Nesta última cidade grega, foi Clístenes que leva o Estado a dar os passos decisivos para a Democracia. Aristóteles, diz-nos que houve uma evolução normal da cidade em que se faz passar da monarquia para a aristocracia, depois para a tirania e por fim, para a Democracia.

No Estado democrático, todos os cidadãos possuem o direito de eleger os governantes ou de serem eles próprios eleitos, participam simultaneamente do poder e da obediência; porque ainda estão sujeitos à lei, que contribuem directa ou indirectamente para a fazer; nisto distingue-se do «súbdito» que obedece sem mandar, e do «senhor» que manda sem obedecer. O progresso da Democracia é o facto mais continuado, mais permanente e mais antigo que conhece a história.
A democracia pode-se definir como o Governo do povo pelo povo. Os principais constitutivos do Estado democrático são:
a) Igualdade de todos perante a lei;
b) Participação de todos os cidadãos no Governo pelo direito de sufrágio.

Nos países em que a população está disseminada por vastos territórios, a democracia reveste a forma representativa, isto é, o povo governa-se por meio de representantes que escolheu. Assim em Portugal, actualmente a soberania tem por órgãos, o Chefe do Estado (Presidente da República), a Assembleia da República, o Governo e os Tribunais.

Nas democracias, todos os cidadãos que possuem o direito de eleger os governantes ou de ser eles próprios eleitos, participam simultaneamente do poder e da obediência; porque ainda que estão sujeitos à lei, contribuem directa ou indirectamente para a fazer.

A Declaração dos Direitos de 1789, tornou-se como que uma fonte de inspiração para as democracias do mundo contemporâneo. Os seus princípios iluministas tinham como base a liberdade e igualdade perante a lei, a defesa inalienável à propriedade privada e o direito de resistência à opressão. Foi elaborada em França, pelos parlamentares franceses reunidos em Assembleia Nacional em Paris, uma Declaração de Direitos que servisse de preâmbulo à Nova Magna Carta. A comissão, constituída por Mirabeau e Mounier, depois de intenso trabalho, apresentaram um texto definitivo contendo 17 artigos à Assembleia Nacional, tendo sido aprovado por esta em 26 de Agosto de 1789.


Os ideais de Revolução Francesa em Portugal

Quando se deram os acontecimentos revolucionários de 1789 em França, que levaram à substituição da monarquia tradicionalista, pela monarquia constitucionalista, em Portugal ocupava o trono D. Maria I, sendo ministro do Reino José Seabra da Silva e Intendente – Geral da Polícia da Corte e do Reino Pina Manique. Existia a Real Mesa da Comissão Geral sobre o Exame e Censura dos Livros, que era um tribunal inquisitorial de censura régia, que tinha regras a seguir relativamente à censura, principalmente de jornais e de livros, quer aos que se publicassem no País, como com as notícias que vinham de outros países europeus.

Em França, a 13 de Julho de 1789, o povo francês inicia a sua revolta popular, que culminou com a tomada da Bastilha em Paris em 14 de Julho de 1789 e a capitulação de Luís XVI e a implantação da República. Tais acontecimentos só chegaram ao conhecimento do povo português passados quase um mês. Tal só foi possível, embora tardiamente, porque se algumas pequenas notícias conseguiram passar pela censura, para o público, através dos poucos jornais que se publicavam, outras houve, que sub-repticiamente, conseguiram chegar ao conhecimento de uma pequena percentagem de portugueses.

Pode-se afirmar que em Portugal não houve qualquer notícia de qualquer movimentação social de apoio aos ideais da revolução francesa, primeiro pelos motivos atrás expostos, depois porque a igreja se insurge contra os novos ideais subversivos e no seio das famílias nobres ou abastadas reinava o terror contra o ímpio assassínio de Luís XVI. Não era, no entanto, menos certo que as notícias alusivas aos acontecimentos em França, apareciam nos botequins, cafés, em qualquer lugar onde se encontrassem pasquins alusivos a tais acontecimentos. As ideias revolucionárias eram discutidas, com prudência, mas cada vez com mais interesse de as pessoas as conhecerem. Pina Manique estava informado disso e manteve uma apertada vigilância, principalmente aos livreiros, acerca das obras importadas sobre tal matéria. Apesar da proibição, as bibliotecas particulares iam adquirindo muitos dos livros proibidos e circulavam igualmente muitos que escapavam à fiscalização da Mesa Censurial, que tinha por missão só autorizar a circulação daqueles livros que confirmassem a ordem social e política escolhida e estabelecida pelo Estado português.

Se ninguém ignorava o poder das palavras e das ideais, vindas de França, também ninguém as proclamava livremente. Havia um terror à contestação ao poder estabelecido, que institui princípios de disciplina, com regras bem definidas, o que levou os intelectuais portugueses a não utilizarem a imprensa como meio de manifestarem o seu pensamento em relação aos ideais da Revolução Francesa.

No entanto, a polémica relativa à institucionalização dos direitos civis (não do povo francês, mas do homem) estava-se a estender ao povo português, porque o preâmbulo à Constituição francesa tinha pretensões de universalidade, que excediam as fronteiras da nação francesa. Alastra à sociedade portuguesa que procura por todos os meios estar informada dos acontecimentos em Paris e da respectiva polémica acerca dos Direitos Civis do Homem e do Cidadão. Torna-se evidente que não havia notícia nos jornais portugueses, era o silêncio. O poder fiscalizador e primitivo de Pina Manique torna-se tão acentuado que, em 1812, exige que até os próprios anúncios só pudessem ser publicados se por si autorizados. Pina Manique tinha a consciência de que era necessário introduzir novas medidas de controlo a ideias políticas e revolucionárias, o que o levou à institucionalização do santo ofício da inquisição.

Em Portugal, a ideologia regalista ainda garantia fundamento suficiente para guiar as acções de fiscalização e protecção da ordem social existente, no quadro de uma conclusão relativa à perversidade dos efeitos. Os leitores estavam razoavelmente informados dos acontecimentos que conduziram à revolução em França e estavam cientes das propostas políticas que confluíam para a necessidade de se criar uma Constituição na qual um Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão pontificasse. Estavam cientes de que houve uma discussão sobre a natureza da declaração, mas já não lhes foi possível ler no seu jornal o texto final que consagrava esses direitos.

O medo dos jacobinos era o único sentimento forte do reino. Por toda a parte se descobriam emissários da convenção francesa, franco-mações, apóstolos da impiedade revolucionária. As prisões e perseguições sucediam-se, a segurança não era só a ocupação da polícia, eram um instrumento de perseguição reaccionária. Bocage é preso, o bispo do Algarve, confessor da rainha, queria que o episcopado português excomungasse a França revolucionária. Era nos cafés, dizia a intendência, que se pregavam aquelas liberdades que haviam adoptado os filósofos modernos. Na Madeira tinha-se aberto a primeira loja maçónica. Pina Manique envia a essa ilha um emissário com severas medidas, para prender e «por a ferros, até que haja navio para os levar para o Limoeiro». No entanto, por via marítima, entravam em Portugal muitos exemplares da constituição francesa que eram traduzidas para português, bem como folhas de propaganda revolucionária.

O duque de Lafões reunia em sua quinta dos Alfinetes, a Braço de Prata, todos aqueles que professavam os ideais da revolução francesa; também na própria Academia das Ciências, se adquiriam os livros perigosos e incendiários de Reynald, de Brissot, de Voltaire. O abade Correia da Serra, valido do duque, era um infatigável propagandista, e por sua mão corriam secretamente manuscritos de obras sediciosas: era, dizia o intendente, o primeiro dos bota-fogos.

Se o terramoto de 1755 foi devastador outro se pressentia: não podia ser tão medonho porque a nação estava corrompida, tudo estava derreado pela podridão. As notícias de França eram aterradoras para os fiéis ao trono e ao altar. A rainha, o rei e o melhor do reino tinham morrido no patíbulo; Robespierre fora o primeiro Anti-Cristo e agora, sobre o seu cadáver, vinha à frente dos exércitos invencíveis o segundo, a derramar por todo o mundo o clamor do último dia. Quem resistiria a Napoleão, quem lhe faria frente? A sua corte já atravessara a Espanha e já pisava o solo português. Não seria o príncipe-regente, nem a rainha doida, nem as altas classes ensandecidas, nem o povo faminto, indiferente, sebastianista. À voz do verdadeiro Anti-Cristo português, que foi Junot, desabou tudo por terra! A nação, roída nos ossos pelo térmita infatigável, o jesuíta, nem já era o esqueleto: era apenas o pó de um cadáver. Foi assim que Oliveira Martins nos retratou o reinado de D. Maria I. Só com a invasão francesa é que a comunicação política em Portugal, vai ganhar grande relevo na imprensa. Até aí esteve sempre sujeita aos interesses do poder político institucionalizado.

(continua...)

O autor: SOLRARO

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mãos à Obra (IV)


Ora cá está de volta a rubrica que já tantas saudades nos dava (estamos certos que aos prezados leitores também!).

É que tem-se andado num corrupio, tão às voltas com as limpezas do Palatiolo, que pouco ou nada tem sobrado nem sido dado a conhecer ao Observatório do Engenho no tocante a obras “novas”.

Mas, com jeitinho, lá conseguimos encaixar aqui alguma coisita. Hoje vem á baila a “replantação”. Conhecem o ditado que diz: “quem planta e replanta e não fica com a melhor planta ou é bicho carpinteiro ou uma anta?” (talvez não seja bem assim… estudaremos melhor os provérbios numa próxima!!!)

Questões sem sentido à parte, o certo é que após tanta polémica, tanta zaragata, tanta cacetada, tanta nem sei o quê, eis que nova vida se insurge lá para os lados da nossa querida Quinta do Engenho Novo. Alguém resolveu fazer ouvidos de marcador e dar continuidade à grandeza da obra, colocando árvores novas onde antes estavam as que já sucumbiram (note-se que ainda não há notícia de onde jazem seus restos mortais).

Esfregamos as mãos de felicidade mas, como o Observatório não é nem de longe nem de perto arquitecto paisagístico (segundo informações cá deixadas, parece ser o profissional “mais entendido” na matéria… entretanto já morta!), resta-nos a dúvida de quando é que se poderá levar o pessoal cá do blog a fazer um grande piquenique sem estar sujeito a comer o pó (que com a maior das facilidades se poderá confundir com o churrasco, já que é basicamente a mesma coisa) ou a deparar-se (enquanto se passeia por tão belos jardins desfrutando da frescura proporcionada pela sombra) com o seguinte alerta: “cuidado com a árvore: não a pise”?

A Democracia (parte 2)

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(... continuação de "A Democracia - parte 1")

Noção de Nação - Pátria - Estado - Governo


NAÇÃO – É a sociedade política historicamente constituída por uma certa comunidade de origem, de língua, de tradições, de aspirações, de interesses e animada de sentimentos comuns, provenientes da vida colectiva.

PÁTRIA – A palavra Pátria significava primitivamente a terra dos antepassados, o país habitado pelos nossos maiores; em seguida, designou a associação estabelecida espontaneamente e perpetuada nesse solo. Um povo expulso do país natal, como o povo judaico, ou que embora tenha continuado a residir nele, perdeu contudo a sua independência, como antes da primeira guerra o povo polaco, pode ainda formar Nação, mas não Pátria. A ideia de Pátria é ideia muito complexa. Compreende:

a) A ideia de um território comum e de uma solidariedade íntima, entre as diversas regiões que a compõem; além disso, a ideia dos que a habitam e dos que a habitaram antes de nós.

b) O conjunto do solo e dos cidadãos constitui por assim dizer a parte material da pátria: a este corpo deve juntar-se a alma, é a autoridade que enlaça entre si os diversos elementos, as instituições nacionais, o espírito comum e, sobretudo, uma certa unanimidade de aspirações, de sentimentos e de esforços; é, quando possível, a unidade de crença, de língua, de costumes; tudo isso constitui a Pátria.

A Pátria é uma pessoa moral. É a nossa segunda mãe que, como tal, se desvela pelos seus filhos; por isso devemos alimentar a seu respeito sentimentos análogos à piedade filial e sentimentos a que chamamos patriotismo.

ESTADO – Pode-se definir Estado como «a associação independente de homens, ou antes de famílias, que vivem em território próprio, submetidas a leis comuns, sob a alçada da autoridade pública incumbida de velar pela sua execução».

A palavra Estado significa, também, não já a associação completa composta de governantes e governados, mas somente o conjunto dos poderes públicos que representam e governam. Entendido deste modo, o Estado é o Governo no sentido concreto da palavra, isto é, aquela parte do grupo social que está encarregado de dirigir a outra parte.

GOVERNO – O Governo pode significar duas coisas muito distintas:
- Em sentido concreto, quer dizer a parte do grémio social que está investida no poder e exerce as suas funções.
- Em sentido abstracto, Governo significa a forma particular da autoridade social, conforme esta reside num só homem ou em vários, e se exerce com ou sem o concurso de todos os cidadãos.

Poderemos distinguir três tipos de Governo:
a) – O Governo monárquico, se a autoridade suprema reside nas mãos de um só homem;
b) – Aristocrático, se está nas mãos de alguns cidadãos reputados melhores;
c) – Democrático, se todos os cidadãos participam mais ou menos no Governo do Estado.

Estas três formas de Governo podem-se combinar e temperar entre si em proporções variáveis. Assim a monarquia é absoluta quando o monarca de facto governa só; é parlamentar, representativa ou constitucional, quando este associa ao seu Governo uma ou mais câmaras cujos membros são eleitos.

Deve existir entre os cidadãos e a autoridade social uma relação de direitos e deveres recíprocos cuja determinação é objecto da moral cívica.


Deveres do Cidadão para com o Estado

Sendo o Estado uma pessoa moral que tem uma missão a cumprir e, por conseguinte, goza de certos direitos e está submetido a certos deveres, compete necessariamente aos cidadãos cumprirem com os seus deveres para com o Estado. Tais são:

1 – O dever de cooperar nos gastos públicos por meio do pagamento de contribuições e impostos;
2 – De concorrer para a defesa da Pátria por meio do serviço militar;
3 – Enfim, o dever de tomar parte na administração dos negócios, pelo voto, em conformidade com a constituição. Deve ser cumprido com inteligência, coragem e imparcialidade; cada eleitor está gravemente obrigado a eleger os que em consciência julga mais capazes de bem gerir os negócios públicos.

(continua...)


O autor: SOLRARO