sexta-feira, 30 de abril de 2010

Desde quando um blog é assunto da intervenção numa Assembleia?!

Antes de apresentarmos aos leitores do Engenho a nossa "acta" da Assembleia de Freguesia desta quinta-feira, decidimos fazer um "briefing" daquilo que nos suscitou maior interesse.
Importa referir que depois da "gala" de passagem do testemunho do poder, após as eleições de Outubro passado, nunca o salão nobre recebeu tantos espectadores! Talvez seja fruto de uma comunicação das assembleias realmente a funcionar melhor!
Estavam por isso presentes, inúmeras pessoas ligadas ao PSD, ex-candidatos e até figuras sinistras oriundas de uma certa esquerda, cujos glúteos assentam em cadeiras mais para os lados do castelo. As quais decidiram "controlar" melhor a coisa, espiando do lado de fora, evitando por essa razão, sentar-se ao lado dos demais, isto tudo numa alusão digna dos tempos mais negros da policia de Stalin! De lamentar mesmo a ausência do ex-candidato da CDU.
Daquilo que se passou, pouco ou nada de novo se acrescentou, a tudo aquilo que todos nós por cá já sabemos da nossa freguesia. Se por um lado a Junta afinal confirmou o abate de pinheiros, na Quinta do Engenho, por outro, jura a pés juntos que os mesmos estavam podres e tortos! Porém, como toda a gente viu, e nós no Engenho em tempo oportuno também demos conta disso, as árvores estavam perfeitamente saudáveis!
Daquela "novela" das pressões do nosso querido Tono Mangas ao CIRAC, a mesma resumiu-se numa "montanha que pariu um rato"! Estrategicamente ou não, foi dada a possibilidade ao CIRAC, na pessoa do seu presidente, que se encontrava presente na Assembleia, de explicar o sucedido, o que foi negado pelo Nosso JB. E mesmo no período reservado ao público, o Joaquim limitou-se a meter o rabo entre as pernas, ficando calado que nem um bichano manso comprometido! Ficamos, por isso, sem entender o que no final das contas apregoaram por alturas do Carnaval!
Mas disto tudo surgiu algo preocupante: o Tono confirmou que efectivamente no NPB "se escreviam umas coisas que não gostava" e isso o levou a "desabafar" que o CIRAC não contaria com o seu apoio. Este comportamento é execrável e revela um mau principio de pressão (e consequente censura) sobre os órgãos de comunicação social. Quando não se sabe lidar com a crítica em democracia, mais vale não se meter na política! Mas nada que nos espante: são os saudosismos do lápis azul dos tempos fascistas, que por estas bandas ainda inspiram muita gente do poder!
Uma outra novidade desta assembleia, foi mesmo escutar finalmente o nosso Mino a responder (e muito), pois o Carlinhos PS não lhe deu tréguas!
Esta sessão ficou marcada também por alguns insólitos, de que destacamos uma intervenção feita pela eleita PSD Silvina Tavares (Bina para os nossos leitores), que veio dar conta a esta assembleia, que não achava bem que certos bloges focassem as assembleias sempre pela negativa. Quer dizer, ela queria apenas que fosse dito aquilo pelo lado positivo! Podemos entender por esta análise que o resto não interessa, e que afinal pensa que somos todos uns gajos porreiros! Confessamos que ainda não entendemos esta atitude de um eleito do povo, pelo que (e tal como o nosso estimado Tono) não conseguimos entender o que andam a fazer na política!
Se por um lado a nossa querida Bina revela sintonia com o diapasão do poder, e não consegue lidar com a crítica, por outro (e aqui o nosso estimado JB é cúmplice) este assunto em nada tinha que ver com a assembleia de freguesia, nem sequer foi uma pergunta foi uma declaração, e como tal nem devia ser permitida a sua abordagem ali, até porque o podia ter feito no seu NPB.
JB teve, por isso, uma nota mediana na sua prestação na assembleia, mesmo apesar de ser mais comedido nas explicações que fazia das respostas do Presidente, pois perdeu completamente o controlo, aquando de dar a palavra ao público, tendo sido por diversas vezes atropeladas as normas regimentais!
Como Blogue, no Engenho não deixamos de apreciar com um sorriso nos lábios, a forma anedótica que algumas pessoas tentam lidar com a crítica, pese embora não tenha grande piada!
Poucos dias volvidos do 25 de Abril, data que deveria ser recordada por ser a da Revolução que nos deu estas liberdades de falar livremente e cada vez estamos mais certos que, em matérias de democracia, Paços de Brandão parou o contador do tempo a 24 de Abril de 1974!

13 comentários:

  1. Muito aqui pode ser dito, mas o mais giro foi mesmo a Ritinha a ler com ar de quem estava ali a fazer um frete. Linda postura para uma "senhora 1ª secretária"!!! Tanto preciosismo, tanto "pede licença" para aqui e para ali, para no final ser caso para dizer: o gesto vale tudo.

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  2. Caros Amigos,

    Citando Stuart Mill, em "Ensaio Sobre a Liberdade", que nos diz: «...a tirania da maioria é hoje geralmente contada entre os males contra que a sociedade precisa estar de atalaia...Há um limite na ingerência legítima da opinião colectiva sobre a independência individual; e achar esse limite e mantê-lo contra a usurpação é tão indispensável para o bom andamento dos negócios humanos, como a protecção contra o despotismo político.»
    Talvez o que lemos em Stuart Mill, e, julgo que são poucos os políticos que nesta terra o tenham lido ou até que em tal tenham ouvido falar, pois se tal tivesse acontecido, tornar-se-iam mais receptivos às críticas que os meios de comunicação,( isentos de qualquer favor político, religioso ou monetário), lhes façam; agiriam não como déspotas, mas sim com humildade, sinceridade e com um sentido de servidão para com a freguesia e não como senhores dos seus interesses próprios, quer sejam politicos, religiosos, etc., parece-me que em Portugal e no nosso caso,em Paços de Brandão, a classe preponderante,tem como moralidade uma certa ordem de interesses e de sentimentos de superioridade de classes.É como uma antipatia de superioridade para aqueles que não comungam os seus ideias políticos, religiosos, etc.,o 25 de Abril de 1974, efectivamente ainda não chegou aqui.
    Meus Caros Amigos, termino como começei, Stuart Mill: «O despotismo é um modo legítimo de governo quando há a tratar com selvagens, contanto que o fim seja o seu aperfeiçoamento, e os meios acham justificação se esse fim se realiza. A liberdade, como princípio, não tem aplicação alguma a qualquer estado de coisas anterior ao tempo em que a humanidade se tornou capaz de tratar do seu aperfeiçoamento por meio de discussão livre e igual.» E no que se refere à imprensa, diz-nos: « É de esperar que tenha passado o tempo em que havia necessidade de proibir-se a liberdade de imprensa, uma das garantias contra governos corruptos ou despóticos.» E muito mais poderia ter transcrito, mas para amostra chega, talvez os políticos, desta nossa terra, tenham a coragem de encarar a imprensa, nomeadamente este blogue, de outra maneira, se é que saibam ler e intrepertar as coisas como elas se nos apresentam. Haveria de haver livre discussão de todos os assuntos que acaso possam ser duvidosos,ninguém pode julgar que só a sua ideia é certa porque é certa, não podemos ser juizes só daqueles que concordam connosco, seríamos o juíz de uma certeza que não ouvia o lado contrário.
    VIVA A LIBERDADE!...O 25 DE ABRIL!...O 1º. DE MAIO, DIA DO TRABALHADOR!...VIVA A DEMOCRACIA EM LIBERDADE!...

    SOLRARO

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  3. Estes aprendizes de laranjas têm cá uma mania...é tudo deles

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  4. Infelizmente, começo a acreditar que os senhores responsaveis por este blog, deveriam ter a coragem e a clareza de se mostrar publicamente pois estao a provar que é ridiculo a sua postura assim como acho que os assuntos devem ser tratados nos seu locais e não desta forma degradante......

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  5. Os laranjas mostraram que a gestão é do tipo quero, posso e mando. O Tono não gosta do jornal, corta-se o apoio, o Mino não gosta de alguém bate-se, salva-se o homem da barba.
    Gostei de ouvir o Tono dizer que a pessoa do CIRAC lhe deu uma desculpa esfarrapada. Esfarrapada foi a forma como encubriram tudo e até na Assembleia mentiram. Estavam lá pessoas do CIRAC, não falaram são cumplices, ou o dinheiro cala.

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  6. Gostei de ver a Assembleia com tanta gente, não contei, mas sem as pessoas da assembleia e junta seriam umas 30 pessoas. A democracia começa a querer aparecer nesta terra. Gostei muito de ouvir o xôr presidente, de vez em cando lá dá uns murros na gramática, mas mostra que tem lido o livro "como tornar-se autarca". Sobre os da ala esquerda, só fala mesmo o carlos e a ponta esquerda emprestada a bina, os outros não falam.

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  7. Depois de ter terminado a assembleia de Freguesia, comecei a imaginar, o que seria a mesma assembleia sem o Sr. Carlos Neves.
    É certo que já leva trabalho de casa, o que facilita as intervenções, no entanto tenho que dar os parabéns ao Sr. Carlos, sem ele a família JB fazia o que bem entendesse e não haveria ninguém que lhes fizesse frente.
    Espero que continue atento e não esmoreça.

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  8. De facto a Ritinha estava de facto com cara de aborrecida. De facto começa agora a ver que de facto tentar dar credibilidade às questões combinadas de facto não tem graça nenhuma. De facto...

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  9. Caro Administrador,
    Desde que tive conhecimento do blogue “o engenho no papel” que sou um visitante diário. Tenho muita admiração e respeito por aqueles que tiveram a ideia de o criar.
    Na passada quinta-feira, a assembleia de Freguesia esteve com mais pessoas do que é habitual. Penso que a maior afluência se deveu, em parte, ao blogue do engenho. Constatei que estavam presentes muitos dos que opinam no blogue.
    Com o Salão Nobre bem composto de pessoas, eu esperava uma assembleia mais participativa, no entanto tenho que reconhecer, que mesmo eu perdi o pio, pois tinha algumas sugestões para apresentar ao executivo e não o fiz. Contudo, gostei das várias intervenções do chefe da bancada do PS, na pessoa do Sr. Carlos Neves, homem culto de muito saber, uma mais-valia na assembleia de freguesia.
    Quanto à intervenção da D. Silvina sobre o blogue, também achei despropositada. Afinal o “engenho no papel” incomoda muitos “democratas”. Por favor deixem a democracia em liberdade!
    Em relação à quinta do Engenho Novo, era na assembleia de Freguesia que eu devia dar a minha opinião, no entanto não estando de acordo com tudo o que se fez na quinta, tenho que dar os parabéns ao executivo pela limpeza que tem vindo a ser feita. Desta vez não vai haver que limpar para os jovens, que anualmente se candidatam para ganhar uns trocos, fazendo que limpam e só limpam o IPJ.
    Há dias estava a contemplar uma área de floresta com alguma dimensão e perguntava às austrálias: “Que fazem vocês aqui plantadas? Na minha terra estamos a dar cabo de vocês!”. Não tive resposta, pois as austrálias não falam, pensava eu. Entretanto eu estava a contar os pinheiros que eram vizinhos das ditas cujas e de repente levanta-se um vendaval e que banho de folhas me deram as austrálias. Será que me responderam? Bem… digo-vos que gostava de ter uma mata assim. As austrálias existem na proporção de 7 para cada 10 pinheiros. As árvores são todas de grande porte, o solo tem um prado verde e espesso e existem umas mesas de madeira para merendas, muito rústicas. Quando iremos ver a quinta do Engenho Novo Assim?

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  10. Anónimo das 10:25,
    "De facto" algumas questões pareecm encomendadas. Mas, "de facto", com cara de aborrecida ou não, a Ritinha é mesmo a única que embeleza a fotografia daquela assembleia...

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  11. Também acho. Aí esta uma forma inteligente de fazer politica. Em vez de ligar ao presidente para obter respostas faz as perguntas cara a cara.

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  12. Eu também acho que essa de fazer perguntas cara a cara é uma forma inteligente de fazer politica, Sobretudo quando as perguntas assentam como uma luva nas respostas de algibeira de um executivo, cuja necessidade de evocar argumentos sobre a questão em causa era bastante importante!
    Não parece estranho não perguntar porque mentiu na imprensa o executivo sobre as árvores derrubadas? Já agora não é caricato o anuncio de se ir proceder agora a uma transplantação de árvores crescidas? Porque raio derrubaram as que lá estavam com tanta celeridade? Não seriam muitas dessas viáveis de se manterem no seu lugar? Onde está o estudo que explica isso?
    Estas questões eram também interessantes de serem esclarecidas, pois afinal são dúvidas legítimas que ficam e ficarão sempre sem respostas deste executivo, que só fala por encomenda!
    Zé Oliveira

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  13. O tal de Zé podria ter ido à Assembleia. Mas não foi, ou pelo menos não perguntou nada com esse sentido.
    Às questões postas foi tudo respondido.
    Responder a questões óbvias como a do porquê de transplantar árvores já crescidas quando derrubaram as que lá estavam seria ... óbvio. Porque as que lá estavam deveriam ser derrubadas ( por ser de determinada espécie ou por estarem doentes ).
    Se calhar foi o Zé que chamou a polícia ambiental e que não apareceu lá para assumir nem se vangloriou do facto porque soube que depois das averiguações nada havia contra a execução do projecto que anteriormente havia sido aprovado.
    Perdeu a oportunidade de fazer valer os seus argumentos cara a cara. Agora escusa de covardemente agitar fantasmas poque já todos peceberam o filme....

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