Ora cá está de volta a rubrica que já tantas saudades nos dava (estamos certos que aos prezados leitores também!).
É que tem-se andado num corrupio, tão às voltas com as limpezas do Palatiolo, que pouco ou nada tem sobrado nem sido dado a conhecer ao Observatório do Engenho no tocante a obras “novas”.
Mas, com jeitinho, lá conseguimos encaixar aqui alguma coisita. Hoje vem á baila a “replantação”. Conhecem o ditado que diz: “quem planta e replanta e não fica com a melhor planta ou é bicho carpinteiro ou uma anta?” (talvez não seja bem assim… estudaremos melhor os provérbios numa próxima!!!)
Questões sem sentido à parte, o certo é que após tanta polémica, tanta zaragata, tanta cacetada, tanta nem sei o quê, eis que nova vida se insurge lá para os lados da nossa querida Quinta do Engenho Novo. Alguém resolveu fazer ouvidos de marcador e dar continuidade à grandeza da obra, colocando árvores novas onde antes estavam as que já sucumbiram (note-se que ainda não há notícia de onde jazem seus restos mortais).
Esfregamos as mãos de felicidade mas, como o Observatório não é nem de longe nem de perto arquitecto paisagístico (segundo informações cá deixadas, parece ser o profissional “mais entendido” na matéria… entretanto já morta!), resta-nos a dúvida de quando é que se poderá levar o pessoal cá do blog a fazer um grande piquenique sem estar sujeito a comer o pó (que com a maior das facilidades se poderá confundir com o churrasco, já que é basicamente a mesma coisa) ou a deparar-se (enquanto se passeia por tão belos jardins desfrutando da frescura proporcionada pela sombra) com o seguinte alerta: “cuidado com a árvore: não a pise”?
Não tenho procuração da Junta, nem sequer pertenço ao partido que a apoia. Sou só um Brandoense, chamo-me Julio Augusto Silva, não uso incógnitos, e digo que ainda bem que houve uma intervenção na Quinta, para eliminar tantas arvores velhas estragadas caídas e inuteis que lá estavam. Espera-se que sejam plantadas novas e mais condizentes. É escusado já estar a criar uma ideia de que alguem vai por a mão na massa para usar em seu próprio interesse. Sejamos um bom bocado mais evoluidos, e não passemos o tempo a criar cenários de única e exclusiva usurpação do que é público pelos individuos. Já chega disso noutros niveis. Temos que dar tempo e incentivar quem, de certeza, com boas intenções pretende melhorar e alindar o espaço público. Ou achavam que a Quinta estava bem? Sem horário, sem policiamento, sem beleza, sem normas de utilização, sem locais de apoio aos passeantes, sem as ruas arranjadas? Agora está muito feia e triste, mas tudo leva o seu tempo e deixo aqui uma dica: Será que poderemos oferecer arvores para a Quinta? Poderemos torná-las em lugares de memória dos nossos, como se vê por exemplo em muitos dos jardins do Rio? É só uma deixa. E que bom seria ler no futuro opiniões mais construtivas, e não apenas criticas negativas ao que se faz, para nós todos que aqui andamos e utilizamos temporariamente em nosso proveito e que nos cumpre deixar aos vindouros. Bem Hajam.
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