terça-feira, 13 de abril de 2010

Teatro à roda no Cirac, com uma peça "Revolucionária"

No passado sábado, no auditório do CIRAC, subiu ao palco o Grupo "Teatro Imaginado" da associação Ritus, de Milheirós de Poiares. A peça tinha um nome sugestivo : “A revolução das Mulheres”!
Apesar de se tratar de uma comédia, aludia a algo a que Paços a população não está muito habituado e que se trata da revolução! Esta que veio a cena, por acaso foi levada a cabo por mulheres.
Para que os nossos leitores possam ter uma imagem mental do que se passou em palco, precisam de exercitar o imaginário que existe dentro de si e viajar até à Grécia Antiga, onde a Democracia deu os primeiros passos. Esta assentava em conceitos muito rudimentares da igualdade entre as pessoas, em que apenas os homens podiam governar e a posse de escravos era normal!
Uma conspiração de contornos quase marxistas, levada a cabo pelas mulheres, conseguiu que as mesmas chegassem ao poder por entre peripécias e disfarces de barbas postiças. Colocando as suas ideias mais ou menos comunistas em prática e começando pela criação de uma sociedade mais justa e igualitária. Porém, uma série de novas leis de cariz feminista originaram o caos nesta sociedade habituada ao desfrute máximo dos prazeres da vida, sobretudo pela recém deposta governação masculina, originando alguns cenários caricatos.
A peça termina com uma ideia final interessante: tudo o que impede a liberdade do ser humano, não funciona. Efectivamente quando as novas leis das mulheres as colocaram no centro das atenções, impondo obrigações de índole libidinoso aos homens, colocaram-se no lugar onde outrora estes estavam , e também elas falharam, cometendo os mesmos erros e abusos.

Apesar do Auditório não estar cheio (longe disso), os actores conseguiram arrancar boas gargalhadas da audiência. Afinal poucos mas bons!
Aqui pelo Engenho, pensamos talvez que o futebol tenha afastado muita gente. Porém, desconfiamos que terá sido uma outra razão! Talvez seja mais um prurido de cariz ideológico que esta peça incorporava, que levou ao afastamento de muitos Brandoenses, receosos que estavam de se terem de coçar!
Até mesmo o presidente do CIRAC, pessoa ligada ao lado contrário do pensamento "canhoto" fez notar a sua ausência na hora de entregar uma lembrança ao grupo em cena, tendo sido substituído por um dirigente que nos fez pensar que a comédia afinal não tinha terminado, tal foi o desconforto que o mesmo sentiu em se dirigir ao público!

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