Num artigo publicado no Engenho, sob o título de “O FRACASSO DO SOCIALISMO”, foi transcrita uma carta de Adrian Rogers, supostamente escrita em 1931. Tal facto mereceu a minha curiosidade, primeiro em saber quem era e de quem se tratava, o autor da referida Carta, segundo da situação em que se encontravam os Estados Unidos da América, naquela data.
A explicação que vão encontrar, talvez ajude o leitor do Engenho, a ter uma melhor percepção e interpretação da referida Carta e não se venha a cair em comentários, que em nada nos ajude a ter o conhecimento real de uma situação política e social, como aquela que começou na América em 1924 e se prolongou até 1934, e que se alastrou por outros Continentes, com especial relevância pelo Europeu. Situação essa, que é um pouco semelhante com aquela em que estamos a viver, no presente momento.
André de Mourois, na introdução à sua «História dos Estados Unidos», diz-nos:
«A história de um país não pode caminhar, com um movimento contínuo, para um equilíbrio imutável e perfeito. Todos os povos atravessam tempos difíceis. Todos têm os seus acessos de febre, as suas melhoras, as suas recaídas. Os Estados Unidos, quando o século XIX chegou ao seu termo, padeciam de uma doença de crescimento. Tinham-se desenvolvido demasiado depressa. A sua população, as suas indústrias, as suas técnicas, aumentaram tão rapidamente que as suas instituições já não eram para a sua medida e oprimiam-nos. O país tinha necessidade de remédios eficazes, isto é: de profundas reformas. Os Americanos sabiam-no. Muito deles tinham vindo da Europa para viver, numa terra virgem, uma Idade de Ouro; mas só encontraram uma Idade Dourada. No entanto, mantinham uma certeza firme de que tudo lhes iria, um dia, pelo melhor no melhor dos continentes. Encurralados em bairros sórdidos ou acumulados em arranha-céus, os novos cidadãos esperavam, com uma fé tenaz, a melhoria da sua sorte ou, pelo menos, da dos seus filhos. «It’s a great country». (É um grande país), diziam com orgulho. Os anos que precederam 1914 foram, a despeito de crises e injustiças, anos de esperança. Soavam as trombetas da reforma. De que se tratava? De regressar à verdadeira democracia, de impor ordem na economia, de repartir mais justamente os lucros, combater a miséria, de se opor à formação de artificiais fortunas gigantescas, criadas com uma penada, mas sem desencorajar os empreendimentos audaciosos nem prejudicar as liberdades. Longa e pesada tarefa. Haveria vitórias, reveses, duas guerras mundiais. «À sétima vez, as muralhas caíram.» Antes de contar, porém, as peripécias dessa luta, convém lembrar o que a tornou necessária.»
Agora o leitor, depois de ler esta nota introdutória, irá saber quem foi o possível autor da «Carta» em questão e, embora com um breve resumo, da situação em que se encontrava a América no período de 1924 a 1934, tentará então, perceber da veracidade e autenticidade de tal manifesto.
«A história de um país não pode caminhar, com um movimento contínuo, para um equilíbrio imutável e perfeito. Todos os povos atravessam tempos difíceis. Todos têm os seus acessos de febre, as suas melhoras, as suas recaídas. Os Estados Unidos, quando o século XIX chegou ao seu termo, padeciam de uma doença de crescimento. Tinham-se desenvolvido demasiado depressa. A sua população, as suas indústrias, as suas técnicas, aumentaram tão rapidamente que as suas instituições já não eram para a sua medida e oprimiam-nos. O país tinha necessidade de remédios eficazes, isto é: de profundas reformas. Os Americanos sabiam-no. Muito deles tinham vindo da Europa para viver, numa terra virgem, uma Idade de Ouro; mas só encontraram uma Idade Dourada. No entanto, mantinham uma certeza firme de que tudo lhes iria, um dia, pelo melhor no melhor dos continentes. Encurralados em bairros sórdidos ou acumulados em arranha-céus, os novos cidadãos esperavam, com uma fé tenaz, a melhoria da sua sorte ou, pelo menos, da dos seus filhos. «It’s a great country». (É um grande país), diziam com orgulho. Os anos que precederam 1914 foram, a despeito de crises e injustiças, anos de esperança. Soavam as trombetas da reforma. De que se tratava? De regressar à verdadeira democracia, de impor ordem na economia, de repartir mais justamente os lucros, combater a miséria, de se opor à formação de artificiais fortunas gigantescas, criadas com uma penada, mas sem desencorajar os empreendimentos audaciosos nem prejudicar as liberdades. Longa e pesada tarefa. Haveria vitórias, reveses, duas guerras mundiais. «À sétima vez, as muralhas caíram.» Antes de contar, porém, as peripécias dessa luta, convém lembrar o que a tornou necessária.»
Agora o leitor, depois de ler esta nota introdutória, irá saber quem foi o possível autor da «Carta» em questão e, embora com um breve resumo, da situação em que se encontrava a América no período de 1924 a 1934, tentará então, perceber da veracidade e autenticidade de tal manifesto.
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