quarta-feira, 28 de julho de 2010

Museu do Benfica em Paços de Brandão

Conhecido apenas por alguns, desconhecido de muitos, e provavelmente ignorado por outros tantos, o primeiro museu do Benfica em Portugal nasceu em Paços de Brandão. Clubismos à parte, Joaquim Castro, conhecido simplesmente como o "Ricardo", precisamente por ser dono do café com o mesmo nome em Rio Maior, tem sido um dos nossos conterrâneos que, com maior afinco, procurou levar bem longe o nome de Paços de Brandão. Apesar do seu museu ser particular, e cujo espólio é quase todo resultado do investimento financeiro pessoal, nunca  Paços de Brandão foi esquecido, sendo presença constante neste museu, tal como o amor que este nutre pelo seu clube de afeição que é o Benfica. Joaquim Castro reitera que: "as portas estão sempre abertas a quem queira visitar", e apesar de ser gratuito, parece que não é muito solicitado pelas gentes Brandoeses.
Não obstante, o museu tem suscitado bastante interesse pelos adeptos vermelhos um pouco por todo o país, tendo já sido visitado por inúmeras figuras de relevo ligadas ao clube da águia.
Disso é bom exemplo a visita já realizada por Eusébio, pelo actual presidente Vieira, e também o ex-presidente Vilarinho, que foi aliás quem inaugurou oficialmente este museu, entre outros.
Para se visitar este museu, como já foi dito, não é cobrado nada, sendo apenas necessário combinar com Joaquim Castro a hora que se pretende lá ir, sendo que apenas são solicitadas duas coisas: que assinem o livro de presenças e que, se possível, contribuam com alguma peça alusiva ao Benfica para o museu (esta última nem sequer é condição para entrar).
Da visita a que o Engenho foi gentilmente convidado a fazer, e que muito agradecemos, aproveitamos para partilhar com os nossos leitores algumas fotos ilustrativas e recomendar a visita, pois efectivamente deixou-nos impressionados a quantidade de material em exposição!
Pode encontrar-se um pouco de tudo, das paredes aos tectos e até nas casas de banho e cozinha! De camisolas a cachecóis, não faltando galhardetes, réplicas de taças, peças feitas com materiais do antigo estádio da luz, louças, instrumentos musicais, pranchas de surf, fotografias e um sem número de emblemas e outras coisas alusivas ao clube da Luz. Só lá faltou mesmo encontrar a "nossa" bola de cortiça, embora seja possível resolver isso em breve, até porque, segundo nos foi dito, muitos dos visitantes deste museu manifestaram já a sua curiosidade em conhecer este esférico original, desenvolvido pelo grupo Brandoense corticeiro "JPSCorkgroup" e, certamente, os responsáveis da empresa serão sensíveis a esta situação.
Ainda antes de terminarmos a visita, o nosso anfitrião confidenciou-nos uma sua ambição: gostava de encontrar um espaço maior para o seu museu, contando talvez com o apoio do Benfica e outras entidades interessadas em estabelecer parceria, sendo que a sua vontade será sempre ficar em Paços de Brandão.
O museu possui um site que pode ser usado para marcação de visitas e também para ter uma ideia do que está exposto. Desse site decidimos partilhar com os nossos leitores a história original da criação deste museu.

in site do museu particular do Benfica:
A história começa em 1997, mais propriamente no dia 25 de Dezembro, dia de Natal. A compra de uma mesa de bilhar cujo pano era vermelho, foi o empurrão para o que viria a ser um museu totalmente dedicado ao Benfica. Joaquim Castro levou-a para o apartamento habitado por múltiplas flores, colocadas pela sua mulher, e decidiu que dali em diante, aquele espaço iria ter um novo inquilino – o seu clube de coração. E assim foi. Em apenas três anos, a casa transformou-se num autêntico santuário. Bolas, candeeiros, relógios, molduras, taças, cervejas, caixas de fósforos, jornais antigos, álbuns de fotografias e muitas outras coisas. Registe-se também, um computador que só “funciona” com a música benfiquista. Ao lado do computador encontra-se alguma biografia a condizer: “Benfica, a História, os Triunfos e as imagens de todos os tempos”, “Benfica – O Voo da Águia”. Quando tinha apenas quatro anos, Joaquim Castro colocou os olhos numa peça de barro, com o emblema do Benfica. Pega na “relíquia” e conta: “Numa festa não quis carrinhos nem motos, fui direito a isso”. Uma premonição vermelha e branca. No entanto, Joaquim Castro tem alguma dificuldade em escolher a sua peça de “estimação”, tal é a quantidade e a qualidade. Talvez o antigo Estádio da Luz em miniatura seja a peça que mais admira, mas a escolha é sempre muito difícil. Depois há também uma águia, entre tantas, grande e imponente. Há também um jornal de 1968, com Eusébio na capa, um baú com o símbolo do Benfica e até uma televisão vermelha. E, também, espante-se, Vinho do Porto, mas à Benfica, como não poderia deixar de ser. Concluindo, desde 1997, este museu possui milhares de peças, nas quais Joaquim Castro gastou muito dinheiro. Mas... pelo Benfica vale sempre a pena o sacrifício.

7 comentários:

  1. Clubismos à parte, mais uma notícia que deve encher de orgulho todos os Brandoenses!
    Parabéns "Ricardo".
    Um amigo que já visitou o museu

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  2. Parabéns não tenho duvidas és um grande BENFIQUISTA um abraço amigo

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  3. É Pá !! Olha o Ricardo ! Grande benfiquista que leva a nossa terra para todo o lado com sua casa museu. Parabéns pela iniciativa do Engenho.

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  4. A TI JOAQUIM CASTRO! A MINHA GRANDE ADMIRAÇÃO POR TUA TÃO BELA INICIATIVA. PARABÉNS!

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  5. Louvável o que este brandoense faz. O nome da nossa terra anda por esse país fora muito devido a o que este senhor faz. Já saiu em jornais deu na televisão, as pessoas do Benfica já conhecem Paços de Brandão. Uma das pessoas que mais tem ajudado a divulgar o nome da nossa terra. Façam igual para o Porto e para o Sporting, que o povo agradece.

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  6. A TI JC MEUS PARABENS PELO TRABALHO E DEDICAÇÃO! TE ADMIRO E TU SABES DISSO!
    LM

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  7. PARA UM HOMEM CUMMPRIR SUA MISSÃO E SENTIR-SE REALIZADO TEM QUE TER UM FILHO, PLANTAR UMA ÁRVORE E ESCREVER UM LIVRO. TU JC JÁ FEZ MUITO MAIS QUE ISSO, POIS REGISTRA UMA BELA HISTÓRIA NESTE MUSEU. PARABÉNS!!!

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