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PAÇOS DE BRANDÃO PELO ROLHÃO
No seguimento de diversas iniciativas que o ENGENHO já divulgou, no apoio à indústria corticeira, como sejam a petição a favor da informação do tipo de vedante usado nas garrafas e a consequente escolha de vinho engarrafado em rolhas de cortiça, venho lançar um desafio muito simples aos consumidores, empresários e entidades públicas ou até a instituições particulares de solidariedade social.
Com bastante atenção, tenho lido as rubricas relacionadas com a “rota das lixeiras”, pelo que comungo da mesma preocupação: em viver numa terra que esteja limpa, com a devida separação dos materiais usados e uma educação ambiental que leve as pessoas a proteger os recursos e a cuidar do bem-estar social.
Actualmente, as pessoas começam a ter consciência que os recursos são escassos e de carácter económico. São poucos e cada vez menos os recursos livres que estão disponíveis na natureza (ou ao nosso dispôr), sem que tenhamos de dispender algo (dinheiro) para os obter.
Daí que todos tenhamos ouvido falar da política ambiental dos 3 R – reciclar, reduzir e reutilizar. Os políticos tomam iniciativas com base na reciclagem, visto que não conseguem controlar o espírito consumista avassalador dos consumidores. Os ambientalistas procuram sensibilizar as pessoas para reduzir o seu consumo e a produção de lixo. Em alternativa, podemos sempre reutilizar muitas embalagens sem que as tenhamos de deitar para o lixo após uma utilização.
Sendo a nossa região muito identificada com a produção de rolhas de cortiça, assim como na divulgação dos seus méritos, parece-me muito razoável que, apoiados na nossa consciência ambiental e económica, possamos desenvolver um sistema de recolha de rolhas de cortiça para reciclagem com os mais variados fins.
Existem algumas experiências realizadas noutras regiões, seja em Portugal como no estrangeiro. A figura do “rolhão” vulgarizou-se em algumas localidades e lá aparece o rolhão junto ao vidrão, pilhão ou papelão. Existem autarquias – como a de São Brás de Alportel - que implantam esse sistema e recolhem as rolhas de forma a reciclá-las em parceria com uma empresa, e assim produzir outros produtos com finalidades diversas: bases para copos, pavimentos, material de isolamento, etc.
Por outro lado, existe também um programa de reciclagem de rolhas desenvolvido pela Quercus – organização ambientalista – em parceria com instituições comerciais e produtivas com a finalidade de financiar a plantação de árvores da floresta autóctone.
Assim, penso que as entidades da nossa região, sejam a Junta de Freguesia, escolas, instituições particulares de solidariedade social, empresas do ramo, ou outras, podem perfeitamente associar-se e, aproveitando sinergias, despertar e desenvolver a consciência ambiental dos particulares, retirando diversos dividendos com essa iniciativa, sejam de carácter ambiental como económico (para as suas actividades) também.
Serão assim os brandoenses tão ricos para deitar para o lixo algo que lhes pode ser útil ou estarão acomodados e sem iniciativa?! Não precisarão de dinheiro para satisfazer outras necessidades da vida em sociedade? Não terão consciência ambiental? Será que valorizam mesmo a cortiça e vivem dela?.. Estou certo que não ficaremos parados, para bem da nossa terra! Quero ver os rolhões na minha vila!
FAIRPLAY
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