quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Despedimentos na Corksribas em Oleiros por motivos políticos

Após o fim da ditadura de Salazar, a 25 de Abril de 1974, eis que o espectro negro da perseguição política regressa!
Não sendo excepção, este caso na Corksribas é preocupante, pois confirma que cada vez mais a classe trabalhadora, que afinal é a maioria do povo, está a ser completamente amordaçada tais são as perseguições e as alterações legais que limitam a reivindicação.
Desenganem-se aqueles que pensam que a vida existe para alguns (muitos) trabalharem como escravos, para que uns quantos (poucos) gozem a riqueza criada pelo esforço de quem trabalha e diga que é sua. Porque não é assim que deveria ser. A vida é para ser vivida e o trabalho é apenas uma faceta dessa existência. Que raio de valores de Abril existem agora afinal? Onde vale tudo aos mais fortes (Patrões) e muito pouco aos mais fracos entre os fracos (os trabalhadores)? Neste rumo, um dia destes voltamos a ter a Escravatura não tarda nada!
Mas isto tudo vem a propósito de uma situação que já tínhamos dado nota aqui relativamente a um problema que era vivido por alguns funcionários na empresa Corksribas, e que agora teve desenvolvimentos preocupantes como referimos em cima, culminando no despedimento dos funcionários, supostamente por serem sindicalizados e aderentes do Bloco de Esquerda.
De Acordo com esta força partidária: "O Bloco de Esquerda considera este despedimento uma clara represália do Grupo Amorim à actividade política e sindical destes trabalhadores, dado que todos são activistas políticos e sindicais. Esta é a verdadeira motivação para o seu despedimento". Perante isto, o deputado Pedro Filipe Soares enviou já um requerimento a solicitar a intervenção da ACT (Autoridade para as Condições no Trabalho).
A ser verdade, e pelos vistos parece ser, trata-se de um precedente que deixa qualquer trabalhador preocupado (lembro que o povo é na sua maioria trabalhadores). No Engenho defendemos os que são mais fracos, daí a nossa solidariedade aos trabalhadores visados por este despedimento, e o nosso repúdio a todas as situações que coloquem em causa a liberdade das pessoas num estado de direito, que pelos vistos é o que esta empresa do Grupo Amorim pretende fazer...

Sem comentários:

Enviar um comentário