terça-feira, 4 de maio de 2010

Santa Maria da Feira - PCP aos trabalhadores da ROHDE

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Aos Trabalhadores da ROHDE!

O Estado tem que intervir pela salvaguarda da empresa e dos postos de trabalho!

1. É escandaloso o que se tem passado com a ROHDE e com a ausência de soluções que garantam o futuro da empresa e dos seus quase mil postos de trabalho!
Foram meses e meses de indefinições e manobras para tentar adormecer os trabalhadores: falsos e contraditórios “planos de viabilização” e sucessivos adiamentos, num conluio mais que evidente do Governo PS/Sócrates, do patronato, da Administração de Insolvência e da própria Câmara, e num quadro de uma estranha debilidade da resposta sindical.
Estas forças fizeram tudo para suscitar a confusão e o conformismo e dividir e desmobilizar os trabalhadores da ROHDE.
O seu objectivo, que hoje fica mais claro nesta “Assembleia de credores”, é a liquidação pura e simples da empresa, sem sequer pagar todas as dívidas e indemnizações aos trabalhadores.

2. A situação de descalabro a que se chegou podia ter sido evitada!
Como o PCP denunciou, nunca houve vontade política do Governo para intervir e salvar uma das maiores empresas de calçado do país. E a essa indiferença associaram-se, lamentavelmente, o Executivo Municipal e o seu Presidente.
A ROHDE, como repetidamente demonstrámos, tinha e tem capacidade para produzir - tanto pelos equipamentos, como pela mão-de-obra qualificada.
A ROHDE tem todas as condições para ser uma empresa rentável, desde que o Estado a apoie, por exemplo através da Caixa Geral de Depósitos.

3. O encerramento da ROHDE constitui um novo e gravíssimo crime social e económico, que é imperioso denunciar e impedir!
A destruição da ROHDE é inaceitável para os seus trabalhadores e para o martirizado concelho da Feira, que regista um dos mais altos níveis de desemprego do país.
Os trabalhadores da ROHDE não podem aceitar uma decisão que só serve as taxas de lucro do grande capital!
Os trabalhadores da ROHDE não podem aceitar o encerramento da empresa, nem votar o absurdo de se despedirem a si próprios e de não receberem o que a empresa lhes deve!
Os trabalhadores da ROHDE não têm nada a perder e só lhes resta lutar!
Exigir ao sindicato apoio e coragem na defesa dos seus interesses!
Lutar e exigir soluções para a Empresa e o apoio efectivo do Governo!

Protestar e Lutar na Feira, em Aveiro e na Grande Manifestação Nacional convocada pela CGTP-IN para 29 de Maio em Lisboa!

Os trabalhadores da ROHDE, como sempre, podem contar com o PCP na luta pela viabilidade da empresa, pela defesa dos seus postos de trabalho e dos seus direitos, pela produção nacional e o desenvolvimento do país!

Os trabalhadores da ROHDE podem contar com o PCP na luta contra a exploração, contra a política de direita e o PEC do PS, PSD e CDS!

Viva a Unidade e a Luta dos Trabalhadores!


4 de Maio de 2010 Comissão Concelhia de Stª Mª da Feira do PCP

3 comentários:

  1. Não percebi. Aquilo podia ficar a laborar com 150 pessoas e não quiseram? Preferiram vir todas para o desemprego? Não era melhor trabalhar 150 do que nenhuma? Expliquem-me pf.

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  2. A Rhode sempre teve capacidade financeira para dar emprego a cerca de 2.000, o 25 de Abril de 1974 não os afectou em nada, só que parece-me que os nossos amiguinhos alemães resolveram colocar a casa mãe na falência e quanto à filial da Feira é o que se está a ver. O mesmo ou idêntico se passou com a outra fábrica de calçado, bem perto desta, a Ecco, aí foram os dinamarqueses que lançaram mais umas centenas no desemprego. Quais as soluções que apresentaram as entidades responsáveis deste País aos trabalhadores, tanto da Rohde como da Ecco?...Se a Câmara Municipal da Feira não procurou encontrar soluções para tal, muito menos o governo o fez. Se perante esta situação os empregados não manifestassem um sentido de união, então teríamos aí uns 150, escolhidos a dedo, com um futuro incerto quanto à manutenção do emprego e os outros no desemprego, e, isto só para defender os interesses de uns quantos senhores. Parece-me que os trabalhadores da Rhode nos deram uma lição de unidade, de amizade,digo até de humildade, quanto à sua atitude perante a situação a que foram sujeitos.O que as entidades responsáveis deste País deveriam fazer era encontrar soluções adequadas para evitarem situações semelhantes a estas. Se os partidos políticos dizem defender os interesses dos trabalhadores, deviam nestas situações castigar aqueles que os lançam para o desemprego, deviam olhar mais para as condições de trabalho deste nosso Portugal. Não se deviam esquecer que é esta a grande maioria do Povo Português e a quem em épocas de eleições se lhes pede que vote neste ou naquele partido, com a finalidade de terem melhor condições de vida. Não se deviam esquecer dos milhares de Euros que se gastam em festinhas e festanças, de apoios a tudo o que é associações ou clubes e se esqueçam do factor principal que é o do bem estar humano. Emprego, Saúde, Educação, deveriam ser as prioridades de quem está à frente do Governo, Câmaras e Autarquias.
    Agora digam-me lá se era melhor arranjar trabalho para 150 trabalhadores?...Eu digo que sim, mas o que era melhor era que eles e os outros (perto de 900) não estivessem nesta situação de desemprego.Esperemos que as entidades olhem para os desempregados deste País com olhos de ver e não de esquecer as amarguras de quem tem que dar de comer aos seus filhos, lhes pagar a educação e a saúde.

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  3. Portanto a comissão de trabalhadores preferiu o futuro certo do desemprego ao futuro incerto de 150 com trabalho. Alguma coisa está mal aqui...

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