quarta-feira, 19 de maio de 2010

Considerações sobre a história local - Paços de Brandão (III)

IDADE MÉDIA – ATÉ AO SÉC. XIV – XV

São talvez do séc. X – XI, os primeiros documentos com referência a esta localidade, não com designação actual, mas sim como: «Palácios – Paço – Villa Palatiolo – Pallacio Blãdo – Passos Brandam – Passos Brandão ». Em documentos, referentes ao Mosteiro de Leça do Balio, encontram-se referências, ao uso, por alguns nobres, do apelido de «BRANDON».

 Relação de Documentos Sobre Paços de Brandão:


DIPLOMATA ET CHARTAE

- Doc. I (773 ?) – denominação de Palaciolo;
- Doc. XXV (922) – Palatiolo ; Doc. CCLVII (1025) – Palaciolo;
- Doc. DCVII (1082) – Ecclesiola: CARTULAIRE GÉNÉRAL DE L’ ORDRE DU TEMPLE
- Doc. CCCCIII (1146 – Agosto) – denominação de Palatiolo.

CARTULÁRIO BAIO – FERRADO (Mosteiro de São Salvador de Grijó)

- Doc. 206 (1134, 27 Junho) – Palatiolo; Idem Doc. 207 (1137, 12 de Fevereiro): Idem 
-Doc. 209 (1135, 14 de Junho) – villa Palatiolo ; Idem Doc.210 (1141, Junho) – villa Palatiolo; 
- Doc. 211 (1159 ?, Dezembro) – K(arta) de Palaciolo.

LIVRO DAS CAMPAINHAS (códice da segunda metade do século XIV) – Mosteiro de São Salvador de Grijó

- É feita referência ao mandamento de Saa e de Paaçoo; «eigreja de Paaçoo»; «aldeiia de Paaçoo d’a par de a Feira»; «Aldeiia de Paaços»; «…regueengo de Paaçoo de Brandom».

HISTÓRIA DA ORDEM DO HOSPITAL, HOJE DE MALTA (por: José Anastácio de Figueiredo Ribeiro) – Página 272 a 276 – CLII e CLIII

- Comenda de Rio – Meão - (Actas do ano de 1220) - «frigisia d’ Palacioo blãdo»

DISSERTAÇÕES CHRONOLOGÍCAS E CRÍTICAS SOBRE A HISTÓRIA – JURISPRIDÊNCIA ECCLESIÀSTICA E CIVIL DE PORTUGAL

-Doc. Pág. 49 e 50 – Dissertação XIX – Er. 1270. II. K. Januarii (união da igreja de Paços de Brandão à de Rio Meão)

(continua)

3 comentários:

  1. caro solraro :

    estou bastante regalado com as tuas considerações , mas o único reparo que faço, é se referes ás freguesias : Paçô ou Rio maior ? até 1095 eram duas freguesias autónomas até á chegada de Fernando blandon; apesar disso ambas seriam taxadas até d.Manuel I, a de rio maior a grijó e a de Paçô á ordem de Malta :::a terra com d.Dinis perdeu honra e por conseguinte perdeu as suas regalias ; a confusão está é que ambas eram freguesias e seriam anexadas em 1095 - s.cibrãao de brandam; fomos ordem militar e nunca religiosa ; quanto aos denominados termos é possível que tenha havido coincidência no dito conde , o que na história nada é definitivo e há sempre uma razão apelativa para as coisas , pois são tantas as lacunas que nada é definitivo ; pode qualquer um ter a sua versão e isso é que torna a historia fabulosa ...

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  2. Amigo Brado da Fina,

    Agradeço o seu comentário e espere por mais artigos que serão publicadosa em breve e onde as sua dúvidas serão completamente desfeitas. É claro que o meu amigo se está a referir ao que consta nos 9OO Anos de Paços de Brandão, e, acredite que se em história nada é definitivo, muito menos é definitivo escrever-se coisas sobre história, seja simplesmente local, sem suporte documental. Quanto à freguesia ou apenas um simples povoado pertencer a uma Ordem Religiosa ou Militar, o meu amigo diga-me se S. Salvador de Grijó ou se a Ordem do Hospital - Malta, em Portugal, eram Ordens Militares ou Religiosas ou se simultâneamente eram as duas coisas?...Quantto a Paços e Rio Maior, não falei em Rio Maior, mas Rio Meão, no século XIII, na Comenda de Rio Meão, metade dos bens da igreja de Paços pertenciam à Ordem de Malta (Rio Meão) e a outra metade a S. Salvador de Grijó. Em história deveremos sempre estar devidamente fundamentados àcerca daquilo que se escreve, e, se porventura aparecerem novos documentos, temos que dar a mão à palmatória e aceitá-los. Nem sempre os nossos Cronistas foram assim, que me lembre, apenas um, Duarte Nunes de Leão, o fez, relativo à sua Crónica de D. Afonso Henriques, publicando uma segunda Crónica com as respectivas rectificações.Mais uma vez agradeço o seu comentário e se tiver alguns documentos que me ajudem a prosseguir o trabalho que vou publicando neste blogue, acredite que ficaria muito satisfeito se me falcutasse tal ou até as suas opiniões.

    Um abraço,

    Solraro

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  3. Amigo Bardo da Fina,

    Agradeço os comentários que fez. Em nenhum dos comentários publicados fiz qualquer referência a Rio Maior, mas sim a Rio Meão, uma vez que na sua Comenda (1220), aparace a Igreja de Paços de Brandão, dividida, metade dos seus bens pertenciam à Ordem de Malta(Rio Meão) e a outra metade a S. Salvador de Grijó. Quanto
    às outras dúvidas que aponta, nomeadamente ao que se refere a D. Dinis, espere e esteja atento aos próximos artigos. Em História, pode evidentemente qualquer um escrever os artigos que entender sobre determinado assunto, no entanto tem que ter em atenção o suporte documental para aquilo que se escreve, é claro que nada é difinitivo, podem aparecer novos documentos que afirmem ou actualizem aquilo que se disse e tem que se actualizar os artigos postos em questão, a história não é um romance, tem regras e conceitos próprios que é preciso respeitar. Se o território que hoje é conhecido por Paços de Brandão, pertenceu a uma Ordem Religiosa ou Militar, ou se a ambas, o meu amigo tem que esperar um pouco, quando me dedicar a S. Salvador de Grijó e à Ordem do Hospital- MALTA, poderá tirar então as suas conclusões. Em 1095, embora lhe custe tal, não afirmei que existissem duas freeguesias, uma de Paços e outra de Rio maior, o que naquela data não é admissível ninguém afirmar tal, pois pura e simplesmente ainda não eram conhecidas como tal, e, quanto a Rio Maior, não existe nenhum documento que o afirme, existem referências a moínhos e outros bens que foram objecto de troca, venda ou doação a Grijó, quanto a Paços de Brandão, só em 1220 (COMENDA DE RIO MEÃO), é que aparece como tal.
    Julgo ter-lhe respondido às suas dúvidas, mais uma vez agradeço os seu comentário e fico à espera de mais e se tiver alguma opinião ou documentos que me ajudem neste trabalho em que estou empenhado, aceito a colaboração do meu amigo e de todos aqueles que queiram comigo colaborar num trabalho sério e sem pçreconceitos religiosos ou políticos.

    Um abraço,

    Solraro

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