domingo, 1 de novembro de 2009

Qual é a ideia pá?


Estas últimas horas foram de grande corropio, ao qual os estimados brandoenses também não se alhearam.

O asseio pelo local onde jazem entes queridos é notório um pouco por toda a parte. Para olhares mais atentos, verifica-se uma vaidade (saudável ou não) fora do vulgar, na forma como os enfeites se apresentam, quando comparado com freguesias vizinhas. Não tardará a que, para além da habitual "passerelle" dos modelitos para a estação que se avizinha, este dia passe a ser sinónimo de concurso de floricultura. Mas vá lá, para tristeza de muitos (as), o dia nem se prestou lá muito a essas futilidades: a benção da chuva. Oração foi quanto baste!

Agora a noite passada, essa sim: vandalismo à séria! Para os mais desatentos, é só dar a voltinha à nossa Igreja Matriz, e facilmente se perceberá o que se passou.

Informações chegadas ao Observatório do Engenho, dizem que também o Museu do Papel, assim como outras propriedades de carácter privado, foram objecto de igual tratamento.

Mais grave, a meu ver, foi o facto da GNR ter sido chamada ao "local do crime" e nem sequer se ter dignado aparecer.

Os "Sem Medo" (SM) que façam pleno exame de consciência, no sentido em que percebam que os seus actos erróneos só contribuirão para a diminuição da terra que (melhor ou pior) os acolhe e lhes oferece uma qualidade de vida minimamente digna (à qual parece não haver correspondência por parte dos mesmos).

Se por um lado, há tanto esmero pelos mortos, será que não interessa zelar pelo património usufruído pelos vivos? Anda tudo doido ou quê? Afinal, qual é a ideia pá?


2 comentários:

  1. A ideia é fazer com que as pessoas reflitam, estamos a criar uma sociedade acéfala, desde a escola, cada vez com menos qualidade, até a comunicação social mero instrumento do consumismo.
    Devia ser criado um movimento anti-halloween onde se boicotassem todos os eventos desta natureza.#

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  2. Sinto vergonha de mim
    por ter sido educador de parte deste povo,
    por ter batalhado sempre pela justiça,
    por compactuar com a honestidade,
    por primar pela verdade
    e por ver este povo já baronil
    enveredar pelo caminho da vergonha!

    Tenho vergonha de mim
    pois faço parte de um povo que não reconheço,
    enveredando por caminhos
    que não quero percorrer...

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