quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Era uma vez um rei...também em Paços de Brandão

A causa monárquica nunca esteve tão na moda como nos tempos que correm. Não me causa qualquer prurido que cada um defenda a sua ideia, embora não seja a favor, sou defensor da democracia, e em democracia existe a igualdade de direitos entre todos, e por isso sinto-me em coerência com as minhas convicções ao aceitar que existam monárquicos.

Contudo somos uma República, temos um governo republicano, um Presidente da República e o nosso nome oficial é “República Portuguesa”, e não reino, ducado, principado ou mesmo emirado! Posto isto, vamos então a uma pergunta muito simples: ”Porque carga de água, ainda existem títulos nobiliárquicos no nosso país?”.

Temos um tal Duarte que diz ser Duque de Bragança, e Herdeiro do Trono, ora... eu tinha ficado com a ideia que numa república não há trono nenhum, a menos que algum dia voltemos a ser uma monarquia. Então faz sentido que algumas mentes mais iluminadas se lembrem, quem vai ser afinal o filho da mãe absolutista, que se vai sentar na cadeira, digo trono...

Mas o mais curioso nisto tudo, nem é o homem dizer que é o pretendente ao trono. O mais bizarro, é que ele até é ilegítimo. Após uma pesquisa, descobri aqui que, afinal, é um tal de Rosário Poidimani, casado e natural de Itália, o verdadeiro herdeiro ao trono... confesso que se fosse monárquico me sentia baralhado!

Afinal, anda o homem que diz ser o verdadeiro rei de Portugal, a defender valores éticos e morais, chegando mesmo ao desplante de colocar em causa as instituições e organismos democráticos da república. Declarando à Lusa que casos políticos como o das “escutas” não sucedem nas monarquias, com isso evitando a “instabilidade e falta de confiança” nas instituições que existem actualmente em Portugal.

Ora se bem entendi da explicação dada em http://www.reifazdeconta.com/ estamos perante um senhor que se diz um paladino da verdade e afinal em quem não se pode depositar qualquer confiança um verdadeiro embuste!

Mas isto tudo veio a propósito de algo absolutamente extraordinário, e digno de trazer aqui ao Engenho! Afinal temos pelo menos dois Brandoenses que são monárquicos ferrenhos, não sei se são condes ou duques, mas deixaram-me um sorriso nos lábios, pela enorme minoria que representam.

Para os que não sabem, e eu não sabia!, por estas bandas do nosso distrito existe "A Real Associação da Beira Litoral" que se auto proclama defensora da causa real, em Aveiro. Pois bem, a grande causa desta gente, é ao que parece, todas as primeiras sextas-feiras do mês, se juntar ali para os lados de Vera Cruz também em Aveiro, num restaurante, e à conta disso proclamar a Real tainada. Foi precisamente em plena taina que descobri os nossos ilustres conterrâneos da causa mui nobre, como se mostram AQUI. Conhecem?.....


3 comentários:

  1. Já tentei comentar este post.
    De facto dá para pensar. Em Paços de Brandão também há réis .....
    Biscas já tinha visto.
    Reis e príncipes, só mesmo de tachos.
    Admiro a vossa agilidade em descobrir cromos da nossa terra.
    Mais uma vez parabens.

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  2. Em terra de realezas ímpias e bolorentas, só faltavam mesmo estes dois cromos para a caderneta.
    Excelente trabalho de pesquisa.

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  3. O carnal saloio de Paços de Brandão está garantido. Até tem dois (2) reis a serio (ou quase)

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