sexta-feira, 2 de abril de 2010

Centro Social de Paços de Brandão: certamente uma boa caldeirada

Se aqui se anunciou a possibilidade de vir a ocorrer eventual “peixeirada” na assembleia do passado dia 31 de Março, diríamos que o imbróglio que abunda lá para os lados do Centro Social de Paços de Brandão dá certamente para a confecção de uma boa caldeirada.

Para começar, como bons britânicos que somos (desculpem, brandoenses – que a bem dizer é basicamente a mesma coisa!), nada mais óbvio que o primar pela exactidão e rigor no início da ordem de trabalhos. Bem, não sabemos se exactamente ou rigorosamente (já que a fome se confundia com o sono e a vontade de terminar o que nem sequer havia começado), mas lá que eram perto das 22horas quando o espectáculo começou, lá isso eram!

Os bilhetes haviam sido comprados com alguma antecedência para assistir à antestreia. A expectativa era enorme e o atraso derretia os nervos aos actores, com receio de lhes dar “a branca” no momento das suas deixas.

O Presidente da Mesa, não fosse a memória falhar-lhe, entrou também ele todo triunfante anunciando que o primeiro ponto da ordem da trabalhos (leitura e aprovação da acta da assembleia anterior, a “famosa”, a da verdadeira peixeirada!!!) ficava para a próxima. De Outubro de 2009 a esta parte não se pense que o homem seja imenso: o tempo foi curto por demais e não chegou para a elaboração da dita cuja acta.

É então que se começa a perceber a inquietude de alguns actores, já que os planos teriam de ser todos alterados, e de improviso! Ora isto não se faz, Sr. Presidente!!! Lá que quisesse recuperar o atraso, “matando” um dos pontos tudo bem, mas podia ter sido outro qualquer. Este, efectivamente foi pena. Mas, se não foi pela “Ordinária”, que venha de lá a “Extraordinária”.

Quanto aos segundo e terceiro pontos da ordem de trabalhos (contas de 2009 e orçamento 2010), entre outras figuras, destacaram-se sobretudo as abordagens preliminares do Presidente da Direcção (focando a obra feita e algumas das dificuldades sentidas e até já ultrapassadas), assim como algumas “dúvidas existenciais” lançadas pelo contabilista cá do “Palatiolo”, colocando não só em causa a capacidade de quem fez o trabalho, mas querendo sobretudo mostrar que, afinal, até percebe da coisa. Curioso… agora vendo bem as coisas, que fazia ele lá? Onde é que já vimos este filme?

Algumas explicações do senhor auditor, contratado quer para fiscalizar como para realizar a contabilidade do Centro Social, umas achegas do senhor advogado e a noite lá se foi passando com relativa tranquilidade, às voltas com números, estado dos passivos, anos prioritários e menos prioritários (mas que fazem pender os resultados dos prioritários), contas de 2005 bloqueadas pela Segurança Social, etc, etc. Mas esperem lá: o homem que veio para fiscalizar também elabora o que é suposto ele mesmo auditar? E a caldeirada começa a ganhar tempero…

Delicioso, delicioso foi mesmo a entrada triunfal no quarto ponto da ordem de trabalhos (outros assuntos de interesse), quando um (“uma”) dos elementos da anterior direcção, coadjuvado pelo respectivo companheiro (a quem a páginas tantas alguém lhe disse: “respeite para ser respeitado”), lá pôs o improviso (anunciado no primeiro ponto) a funcionar a todo o vapor. É que ao vapor os legumes ficam sempre bem mais saborosos! Ficou registada a indignação pelo facto de a auditoria às contas do Centro Social não estar concluída (nem ter prazo à vista para que tal aconteça) e que mais um mandato chegaria ao fim sem que a caldeirada fosse esclarecida, permanecendo a imagem do anterior executivo do Centro esturricada.
E, sem mais nem porquê, tudo se acaba sem aviso prévio... logo agora que a caldeirada nos estava a saber mesmo bem!

4 comentários:

  1. Acho que o JB estava à espera do Engenho para fazer, desta vez, a acta.... desengane-se meu caro!!!

    ResponderEliminar
  2. O JB desta vez nem esteve muito mal, agora o nelinho, coitadito, começa a puxar pela voz a tentar mostrar serviço, mas acho que não passa de um aspirante à procura de tacho. Repare-se nisto começou a mandar uns palpites sobre o orçamento para 2010, até que a dada altura disse; - está confuso, mas como é provisional, tenho que aceitar.
    Só lhe faltam mesmo as orelhas, depois de ter ficado no desemprego, lá foi para a junta, não precisa de andar a justificar-se. O que um homem faz para tentar justificar o que ganha. Outro que via mostrando serviço, mas é para lhe colocarem uns patins é o chefe do C Fiscal. O rapaz mandou calar o brasileiro, está a pedi-las, vai ser expulso do laranjal. Aí se o julito lá estivesse, dava molho, ele já o avisou. O rapaz anda a lutar contra os grandes chefes.
    Numa coisita os do contra tiveram razão, quando é que acaba a famosa auditoria. O Neves tem que mostrar as contas antes de ir embora.

    ResponderEliminar
  3. Continuamos sem perceber se houve ou não desfalque. Será que a auditoria (sem fim à vista) irá algum dia chegar a alguma conclusão? Ou será este um "tacho" a manter pelo maior tempo possível, tal como a história do dentista que manda o paciente lá vezes sem conta tratar do mesmo dente, para garantir o seu rendimento pessoal? Falta perceber quem é que, afinal, beneficia com esta "caldeirada" toda. Muda-se de instituição, mas os actores são sempre os mesmos. Só mesmo nesta terra.

    ResponderEliminar
  4. Para o anónimo das 22:18, o Nelinho é o irmão de um presidente? se for acho que tens razão. O rapaz anda a fazer peito e espremido n~ºao enche um copo dos pequeninos. Coitado, tem que prestar subserviencia, pois não quer perder o tacho .

    ResponderEliminar