terça-feira, 16 de novembro de 2010

O seu comentário deu um post (XIII)

Por vezes os nossos leitores presenteiam-nos com pequenas pérolas escritas, mesmo que anónimos! Esta veio como comentário a este post, sobre o nosso estimado "Poeta desconhecido" de Mozelos, Fernando Oliveira. O Engenho teve assim acesso a mais umas estrofes  da autoria deste artífice das palavras Mozelense, as quais decidimos elevar ao estatuto de  "post". Ao partilhar estes escritos com os nossos estimados leitores, esperamos também,  contribuir para retirar do anonimato (pelo menos por cá) deste ilustre amigo e vizinho da nossa terra,  o poeta Fernando Oliveira!

«Que poeta fenomenal, vocês ainda não viram nada, pena que é desconhecido! Tenho um poema aqui que é de Fernando Oliveira:

Se te derramares nas folhas secas
Molhas as folhas, que de humidade
Não necessitam
Nada ressuscitas! Nada recrias!
Estão inertes e absortas

A tua essência discorre
E corre no nada anterior
Nada que, já não é nada! Mas tudo,
E a náusea que, já não é nada! Mas tudo
E a náusea recomeça. Inexaurível
Ficaste seco e o homem canto o feito
chora sem medo em seio. Celeiro

Que alberga tuas mensagens
E as conserva
E tas restitui quando a sede se abeira
E o teu derrame é alimento que revém

O que são as nossas esperanças
Que traduzimos!
Quando não encontram receptor
Sustemos os sonhos por um momento

No silêncio insondável
Ouviremos outros sonhos
Para alguém que se reconhecerá neste pensamento!

Belo, Belíssimo!!!!»

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