A revolta e a indignação dos trabalhadores da Rohde são perfeitamente legítimas. De facto, depois de todo um plano maquiavélico, que o PCP oportunamente denunciou, e que veio a culminar no encerramento da maior fábrica de calçado e por consequência no desemprego para os seus quase mil trabalhadores, assiste-se neste momento a várias manobras dilatórias que põem em causa a transparência deste processo de insolvência.
Além de um verdadeiro crime social e económico que o fecho da Rohde representou para os seus trabalhadores e famílias e igualmente para o aparelho produtivo do concelho e da região, o seu rico património – construído no fundo por várias gerações de operários – corre agora o risco de ser delapidado e assim inviabilizar as indemnizações a que eles têm justo direito.
A lentidão e a forma como está a decorrer o processo de insolvência só fazem crescer as dúvidas e a estranheza junto dos seus trabalhadores, já que se regista não só uma nítida subavaliação daqueles bens, como vendas ao desbarato e eventualmente fraudulentas.
Depois da indiferença do poder político – governo PS Sócrates e também da própria Câmara PSD – quanto à defesa de tantos postos de trabalho, assiste-se agora a uma série de actos duvidosos e adiamentos sucessivos, por parte da gestora da insolvência e do poder judicial, que causam a maior apreensão e protesto aos seus trabalhadores.
È por outro lado lamentável, como em várias ocasiões temos salientado, o comportamento da direcção do Sindicato do sector, que não tem acautelado os direitos dos trabalhadores da Rohde - e por isso mesmo largas centenas não se consideram convenientemente defendidos por aquela estrutura.
O PCP está solidário com a exigência dos trabalhadores da rápida conclusão do processo de insolvência, da sua transparência e do respectivo pagamento das suas justas indemnizações, pelo que irá intervir junto das entidades responsáveis para que se faça finalmente justiça, em defesa dos trabalhadores da Rohde e dos seus direitos.
OS TRABALHADORES TÊM RAZÃO! OS SEUS DIREITOS TÊM QUE SER DEFENDIDOS E RESPEITADOS!
Stª Mª da Feira, 8 de Novembro de 2010
Comissão Concelhia de Stº Mª da Feira do PCP
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