quinta-feira, 10 de março de 2011

Agressão na cadeia de P. de Ferreira

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«Anda tudo em histeria porque um preso que decidiu transformar a cela num curral levou com um choque eléctrico no rabo. Este país não tem mais nada com que se preocupar?
Eu também não gostei de ver a forma como o recluso foi tratado na prisão em Paços de Ferreira. Ninguém aprecia ver imagens de violência. Mas chamo a atenção dos que se mostraram mais "indignados" que a filmagem se passou no interior de um estabelecimento prisional e não no parque de estacionamento do Lidl ou no recreio de um jardim-escola da Bobadela. São ambientes um bocadinho diferentes. Com direitos e deveres distintos. E não estamos a falar de um menino do coro. Estamos a falar de um traficante de droga que já tinha agredido guardas prisionais.
Só quem não viu filmes como "Carandiru" ou "Attica", retratos verídicos de acontecimentos passados em prisões de estados democráticos, ambos com finais trágicos, é que não entende o que se passa em ambientes prisionais. Não são os guardas prisionais que controlam os presos, a coisa funciona ao contrário. Mas voltando ao caso em concreto:

"A situação em causa prendia-se com o facto de o recluso intencionalmente conspurcar totalmente com fezes a cela de habitação, corpo e roupa pessoal, a ponto de os restantes reclusos alojados no setor estarem a iniciar uma greve de fome e outros protestos por não suportarem a situação que estava a por em causa a sua saúde e a dos funcionários", esclarece aquele organismo. "Convém elucidar que o recluso em causa foi por diversas vezes consultado por psiquiatra, a última das quais em 1 de Setembro de 2010, não tendo tido nunca indicação para tratamento do foro psiquiátrico" Direcção Geral de Serviços Prisionais
Ou seja, o homem não é doente psiquiátrico, não é incapaz ou aleijado. É sujo. E como sujo que é viva ele numa cela ou numa suite do Ritz o resultado é o mesmo, só difere na dimensão: ou 2 ou 100 metros quadrados de porcaria para limpar. Mas claro que o coitadinho não tem culpa. Alguém que venha limpar a esterqueira. E os outros reclusos e funcionários da prisão que lhe aturem a birra. Ponham uma mola no nariz e liguem um ambientador.
Ora depois das imagens o que é que se estava mesmo a ver que ia acontecer? Aparece logo o Bloco de Esquerda, aquele partido que defendia que os polícias deviam andar desarmados, lembram-se? (risos) É mesmo cómica esta malta. Para eles os polícias deviam andar com fisgas e estalinhos de carnaval a correr atrás de traficantes armados com semiautomáticas. Ora o Bloco, este partido que já poucos levam a sério, o que fez? "O pedido foi feito esta manhã pelo Bloco de Esquerda e aprovado por unanimidade na reunião da comissão. Julgamos que o inquérito será rápido, por isso queremos ouvir o ministro da Justiça assim que este esteja concluído" - disse a deputada bloquista Helena Pinto. Público

Sugiro que quando uma situação deste género voltar a acontecer, um qualquer recluso se recusar a comportar-se com uma pessoa normal e se mostrar indisciplinado, não chamem o GISP, chamem o Dr. Louçã e companhia e dêem-lhes baldes e esfregonas para as mãos. Eles resolvem o problema se entretanto o preso não se passar da cabeça e lhes chegar a roupa ao pêlo.»
 
(autor desconhecido)

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