terça-feira, 27 de julho de 2010

Junta de Paços de Brandão - Quando não se sabe ser

No pasquim alaranjado dos lados do castelo, isto é, no "Terras da Feira", vinha uma curiosa entrevista ao nosso estimado Mino. E, imaginem, qual o assunto? O regulamento do cemitério!!!
Até aqui tudo bem, aliás, depois daquele acto de verdadeiro "tiro de canhão" no próprio pé, era de esperar que a tribo laranja viesse em socorro de um dos seus quando a coisa corresse mal. Até porque, temos quase certeza, que a fonte onde beberam informação os obreiros da trapalhada, foi na autarquia central. Temos até algumas reservas se em documento semelhante, já aprovado em sessão de assembleia municipal há uns 2 anos, não estará também  esse  em incumprimento da lei.
E é por leis, ou melhor, por regras de conduta, que começamos esta análise do Engenho às palavras do nosso presidente de Junta ao referido pasquim. Talvez ele não saiba, mas devia saber, que mentir é muito feio! Mesmo que isso seja a regra dos políticos deste país, o Mino não pode simplesmente vociferar delírios mentais assim sem mais nem menos, quando se diz que: "uma primeira versão do documento até já “subiu” ao deliberativo local, não tendo, porém, sido discutida por não estar completamente de acordo com todas as normas legais vigentes nesta matéria".
Então o documento não foi discutido? Pode não ter ido a votação, porque o nosso estimado JB o retirou, mas lá que foi debatido e discutido, isso foi sem sombra de dúvidas, aliás foi dos documentos mais discutidos em assembleia de que há memória!
Haja mais decência e respeito pela assembleia Sr. Presidente. Lá porque a coisa não lhe correu de feição, não pode vir agora tentar atirar areia aos olhos de todos desta forma, seja sério e, acima de tudo, tenha algum sentido de responsabilidade pelo cargo público que ocupa.
E é por falar em sensibilidade para cargo público, que tecemos uma segunda observação a esta entrevista. Não sabemos aos certo quem são os assessores do presidente, se estão na Junta, se na comissão de festas ou se na fábrica da igreja. Porém, sabemos uma coisa: o Estado é laico! E de acordo com a Constituição da República Portuguesa, artigo 41º, nº4, os espaços públicos, sejam eles quais forem são isso mesmo: "espaços públicos" e não "campos santos" como querem agora fazer crer em relação ao cemitério público da freguesia! Naturalmente que se trata de um espaço que, pela sua especificidade e simbolismo culturais, deve merecer de todos o maior respeito, mas é apenas e só um espaço público!
Por outro lado, ficamos preocupados com a indicação de que o referido regulamento, irá ser revisto por advogados que fazem parte da Assembleia”. É que a julgar pelo que disse "esse" advogado (pois só conhecemos um), que até detectou as gralhas e erros, mas mesmo assim permitiu que o mesmo fosse levado a discussão, ficamos assim um bocadinho a desejar. Pronto, sejamos tolerantes, e vamos dar o benefício da dúvida para ver o que sairá dali!
Já agora, e em jeito de sugestão, revejam lá no regulamento um artigo que diz que "Nas sepulturas e jazigos permite-se a colocação de cruzes e caixas para coroas, assim como inscrição de epitáfios e outros sinais funerários costumados". Em Portugal a constituição permite a liberdade religiosa e, como tal, não se pode exclusivamente permitir a "cruz" símbolo Cristão, pelo que deveria ficar uma ressalva para as outras confissões religiosas puderem usar também a sua simbologia.
Mas nem tudo é mau. Aliás, é muito bom até saber que se "vão punir os utilizadores desleixados" e esperamos que também a Junta acabe com o seu desleixo e que, entre outros, coloque recipientes de lixo no cemitério que permitam a separação dos resíduos, sobretudo os de origem vegetal, para posterior compostagem.
Só não acreditamos que a Junta seja punida caso prevarique...

5 comentários:

  1. O Engenho anda mal informado pois na assembleia não há "um" advogado mas "uma" advogada.

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  2. Verdade. Acho que anda tudo maluco ou então a fazer as pessoas passar por tal estado. O Regulamento do Cemitério estava na ordem de trabalhos, foi discutido, debatido, retirado pelo presidente da assembleia. Talvez por isso é que o Mino fala. Quem retirou não foi a Junta foi o presidente da Assembleia, Dom JB. O Mino estava sozinho, mas viu tudo. Não tentem é enganar as pessoas.

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  3. não são profissionais da mesma área ? que é que tem haver em ser mulher ou homem se exercem a mesma função. francamente já agora tire-lhe o ó e ponha lá o á se lhe der mais jeito. na minha opinião é muito pertinente o comentário do anónimo NOITE NEGRA DE AZUL, 27/7/2O1O, 14,34, SÓ LHE POSSO DAR OS PARABENS. CUMPRIMENTOS. PS ESTA OBSERVAÇÃO TEM HAVER COM A PALAVRA (ADVOGADO, OU ADVOGADA

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  4. Se for como dizem o Sr. presidentem tem razão. O assunto não foi discutido na assembleia, o JB retirou, não foi ele, nessa altura estava em posição de fora de jogo não podia participar na jogada. Está a sair cá um jogador este Mino. A mentir tanto ainda lhe vai cair a placa.

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  5. O que não deu jeito nenhum ao PSD local foi ter sido um estudante de solicitadoria a estudar o assunto do cemitério, quando têm uma advogada a secretária da assembleia eleita pelo PSD. Essa é que é essa.

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