terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Assembleia de freguesia de 29/09/2010 - Resumo

Como prometido é devido, eis que na véspera da assembleia de freguesia, trazemos até os nossos leitores o resumo da há 3 meses! Pode parecer estranho, e ás tantas até o é, mesmo para nós no Engenho! Contudo porque não lembrar aquilo que se passou na ultima sessão na véspera da actual? Até pode ser original recordar aquilo que se vai levando a cena a cada 3 meses, neste palco de teatro, que  é  muitas vezes o salão nobre da junta de freguesia em dias de reuniões de plenário. E analisar se realmente mudou alguma coisa! E já que falamos em teatro, então porque não fazer uma alegoria à Grécia antiga? Contudo, sem  direito a pancadas preliminares de Molière!
Dionísio, que além de Deus do vinho, das festas e bacanais, teve também na origem do teatro ligações à sua divindade, foi naturalmente o primeiro homenageado. Não exactamente pelo estado de sobriedade ou não dos actores  presentes, mas talvez porque num acto inédito, alguns dos copos foram parar na plateia! Copos à parte, focamos a nossa atenção no primeiro acto, que foi uma espécie de interrogatório ao executivo, com comédia e tragédia por todos os lados!
Ao questionário da origem dos buracos, crateras,  estacionamentos mal desenhados e passagens de nível mal alinhadas. Juntou-se um cavalinho, que não podendo galopar, pelos vistos mantinha-se preso ao solo de um parque infantil, de que a segurança saíra muito desfalcada!
A tudo isto o nosso personagem principal, Mino, respondeu com promessas de resolução que a todos satisfizeram, obviamente uns mais que outros, mas 3 meses voltados, parece que cumpriu!
Já o nosso estimado Carlinhos das Neves, trouxe a tragédia até nós, e num estilo que começa a ficar claro, toca a descascar o executivo e o seu staff de apoio. Não que seja crucial para a freguesia é verdade, e até nem era tragédia, contudo entregar os documentos em cima da hora, traz uma desvantagem enorme para analisar o seu conteúdo. E com isto quase que se adiava o espectáculo! Se calhar até foi de propósito, pois na última peça apresentada, aquele famoso regulamento do cemitério estava muito esmiuçado. E isso não convinha nada ao elenco laranja. O que realmente ninguém esperava, nem nós! Foi a chamada de atenção para tirarem as cópias dos dois lados do papel...Consciência ecológica e com "Engenho" a do Carlinhos! Muito bem!

No segundo acto, o qual entrava já na ordem de trabalhos, eis que um  assunto inédito salta para o debate. Não é que a acta estava errada? De acordo com o Carlinhos das Neves, aquilo que continha a acta na transcrição das suas intervenções, não reflectia aquilo que ele havia dito, e  por defeito de conteúdos. Por outro lado, a nossa querida Ritinha, que até é a escriba de serviço, consegue a proeza de ver as suas próprias palavras escritas, melhoradas significativamente em relação à sua prestação oral. Eis aqui um caso para estudo como exemplo do "golpe de teatro". Que para nós não passou  de um belo acto de comédia. protagonizado pela secretária da mesa! 
Após este hilariante incidente, e mesmo com uma proposta de revisão, a mesma acabou aprovada com voto de qualidade do Presidente da Assembleia, o nosso JB.  Porque a coisa esteve quase para não passar, visto que entre votos contra e a favor a aquilo empatou!
Após este curioso momento de encenação, eis que a peça continua e passamos ao acto principal: O Regulamento das taxas. Mais uma vez o nosso "faz de eleito" Mano do JB, toma da palavra e começa a explicar o dito das taxas! Qual declamação teatral, onde não se imiscuiu de afirmar que muitas das contas do regulamento que dão origem ás taxas estão erradas! E foi propositado! Ena! (pensamos nós) Grande peça de teatro! Quer dizer então, que anda um tipo a elaborar um regulamento sabe-se lá quanto tempo, e no fim não sabe fazer contas? Este acto não sabemos definir bem se comédia se tragédia!
Se por um lado, será cómico quando alguém se recusar (e com razão) a pagar alguma taxa porque as contas do regulamento estão mal. Por outro, houve quem não estivesse com meias medidas, e fez daquilo mais uma tragédia do executivo laranja, e esse alguém foi o Carlinhos das Neves. Habituado a analisar e esmiuçar até ao tutano os papéis que lhe são entregues, toca a atacar o regulamento e trazer a nu mais umas trapalhadass das contas com valores absurdos, de erradas que estão! 
Novamente reinou o debate e a troca de argumentos, desta vez entre o Mano Brito, e o líder do PS. Mas mesmo assim, a maioria laranja venceu! O que confere a este acto o valor de comédia, pois só uma maioria laranja seria capaz de aprovar um regulamento seu errado! Fantástica representação!
Terminada esta cena, deu-se a palavra ao público. E também lá temos os nossos actores e personagens inquisidoras. O nosso estimado líder do CDS local, num acto de cumprimento do dever, e em nome dos maiores interesses dos seus companheiros de bandeira centrista, não hesitou em questionar o nosso protagonista principal sobre algo que estava a acontecer na zona da quinta do engenho. E que se prendia com umas obras que por lá estavam a ser feitas para a construção de uma Alameda. E que curiosamente, momentos antes havia sido esclarecida pelo nosso Mino. Mas ainda assim o líder centrista quis voltar a ouvir a mesma coisa! Uma actuação divinal, capaz de levar sorrisos a todos os presentes! Parabéns!
Na sequência deste hilariante episódio da divina comédia, foi colocada ainda ao executivo a pergunta sobre o destino que estava a ser dado aos restos de vegetação que sobraram do abate de árvores para a referida alameda, uma vez que andavam algumas pessoas a subtrair lenha ao monte  existente a todo momento. A isto o nosso Mino afirmou que a lenha não iria ser doada a ninguém, ficando antes na posse da Junta para ser depois vendida a quem a quiser comprar, e que o informassem, quais bufos do executivo, se alguém fosse visto a roubar a mesma!  Uma ideia interessante esta da venda da lenha, todavia passados 3 meses parece que não foi bem assim!
Entretanto para terminar, forçou-se a aprovação de uma minuta da acta, de forma a fazer valer como lei a aprovação do Regulamento de taxas, talvez tragédia...Zoou a  ilegalidade esta cena, mas o pano ia cair e todos queriam recolher aos bastidores.
Já quando se pensava que seria este o derradeiro acto desta peça, e quando os actores confraternizavam nos seus camarins. Eis que na conversa dos bastidores com o público, alguém  (Carlinhos Neves está em todas!), se lembrou de prestar uma homenagem póstuma ao Sr Padre Julião. Tragédia! A malta laranja esqueceu-se do seu divino protector local! Numa quase alusão a uns jogos de futebol com final a 32, reatou-se a reunião para acrescentar na acta já aprovada um voto de louvor ao pároco recém falecido!
Pois bem, mesmo na tragédia e na comédia, o público, critico, regressou ao mundo da realidade global, e na sala que faz do acto de beber um copo, o mais democrata que a vida pode trazer, sociabilizou! E rumou ao café do Belinha!

1 comentário:

  1. Bom Ano Novo para todos vós.
    Gostei do resumo. Só é estranho não termos por companhia aquela malta lá do CIRAC,será que enterraram o machado de guerra?

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