sábado, 17 de abril de 2010

DOUTORES CHURRASCAM A 2ª DÉCADA


Não passou despercebido ao Observatório do Engenho, sempre atento ao que se passa cá pelo Palatiolo, o estranho facto de amanhã o nosso arraial entrar em fase de churrasco. E falamos em estranho, essencialmente, pelo comprimento dos cordões da bolsa, já que o “bicho” terá de ser enorme: afinal de contas, comemorar duas décadas de talento e prestígio já não é para qualquer um.

A fase da “queima” já lá vai: completamente oldfashion (até porque pouco mais haverá já para queimar). Soou-nos que, desta vez, os “doutores” cá da terra vão dar provas das suas habilidades artísticas e mostrar o que valem a churrascar e a morder no porco (isto é que é visão estratégica!!!).

A coisa parece que se perspectiva em grande. Pior só mesmo a desilusão do resultado final, já que, pelo tempinho que temos hoje, é certinho que haverá boicote do S. Pedro ao “deixem-nos desmarcar do Castelo e fazer de conta que gozamos de boa saúde”. Vistas bem as coisas até são capazes de ter razão já que tainadas destas só mesmo para quem não sofre de colesterol e outras patologias do foro cardiovascular. Ou não será assim?

E se pelos livros a coisa parece não produzir lá grandes resultados (pelo menos visíveis), nada como partir para o folclore. É a verdadeira máxima do “mais vale parecê-lo que sê-lo”.

Tuna de Oleiros 100 anos- actividade mês de Abril

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Inserido nas comemorações do centenário da associação:


Próximo dia 30, concerto pela Banda Musical Paramense, à noite na sede da colectividade.

Assalto em Rio Meão termina com captura em Paços de Brandão

Na passada sexta-feira, cerca das 15:30, em Rio Meão, um homem na casa dos 50 anos, e já repetente das artes do crime, concretizou um assalto à ourivesaria Alison. Sob a ameaça de uma arma branca (supostamente uma catana) obrigou as duas funcionárias que lá estavam (mãe e filha) a entregar artigos diversos, sobretudo ouro, estimados num valor de 40.000 euros.
O suspeito, de 47 anos, residente num bairro social em Oliveira do Douro, Gaia, planeou o assalto ao pormenor dias antes, quando se dirigiu à ourivesaria com uns relógios para arranjar, alegando que precisavam de pilhas, mas não os conseguia abrir.
Apesar de todo a planificação, algo correu mal, e alertadas as autoridades, o ladrão colocou-se em fuga numa motorizada, acabando por ser apanhado pouco tempo depois na zona de Paços de Brandão.
A operação de perseguição da GNR pelas ruas Brandoenses foi descrita como semelhante à de um cenário que fez lembrar os filmes de Hollywood. O larápio começou a sua sucessão de azares, ao perder o artigo do roubo pelo caminho, depois na corrida desenfreada, não evitou embater numa carrinha perto da Quinta do Engenho Novo. Mesmo ferido, pensou ainda encontrar refúgio no interior da Quinta, para onde tinha continuado a sua fuga épica ainda que a mancar de numa perna. Porém, para seu espanto não havia onde se esconder, pois o desbaste recente das árvores colocava a nu a sua localização naquele espaço todo. Após erguer as mãos aos céus e apelar a Ode (Deus dos ladrões) por protecção! A sua prece não é atendida e a fuga terminava, pois foi fácil aos soldados da GNR procederem à sua captura. Mesmo assim, num último acto desesperado, o ladrão ainda resistiu e consegue ferir um militar numa mão, ficando ele próprio ferido também.
Isto até podia ser cómico, e se calhar até é. Nem o larápio contava com tanto azar, nem o nosso Mino pensava que a sua obra mais polémica tivesse afinal algo de bom...Valham-nos os Deuses do Engenho!

Hip, hip... hurra!!!


Se virem aqui e aqui o lastimável estado em que o Barroso brandoense se encontrava e aquilo com que o que o Observatório do Engenho se foi deparar esta semana, é que nem dá para acreditar.

É obra digna de um verdadeiro Faísca McQueen (é que nem ele certamente conseguiria fazer melhor e mais rápido) e, qui ça, possa vir a ser contemplada, por uma qualquer federação, com a próxima temporada das corridas para a Taça Pistão (é muito provável que só mesmo os miúdos nos entendam, embora já seja tempo de os graúdos perceberem algo mais, quanto mais não seja pela vasta experiência em "parques infantis"!!!).

Quanto a nós, somente a dizer que: os pneus agradecem e a bolsa dos automobilistas também.

Entretanto, ficamos a aguardar notícias quanto à inauguração oficial da nova via-rápida.

E para o Mino não há nada, nada, nada? Hip, hip... hurra!!!!


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Futebol em Paços de Brandão - RESPIGOS COM HISTÓRIA (I)

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UM CLUBE REGIONAL CHAMADO "CLUBE DESPORTIVO DE PAÇOS DE BRANDÃO"

RESPIGOS COM HISTÓRIA - AS ORIGENS DO FUTEBOL EM PAÇOS DE BRANDÃO

A primeira equipa de futebol na localidade apareceu no ano de 1920 com a denominação de União Brandoense Football Clube, devido à persistência de vários jovens que praticavam esta modalidade, no largo da Praça, no recinto da antiga Feira dos 7.
Era uma agremiação de modelo de equipa de rua ou de bairro, sem sede ou estatutos, que praticavam futebol por paixão! Com a necessidade de se tornar num verdadeiro clube, um punhado de Brandoenses fundaram, em Março de 1922, o Paços de Brandão FootBall Clube, com sede no largo da Praça e com campo próprio inaugurado em Março de 1924.
Dos fundadores constam os nomes de: Dr. Manuel Brandão, José Rosas, Joaquim Ferreira Macedo, Américo Coelho Relvas, Florentino Monteiro, António Pinto Coelho Júnior e Adelino Ferreira Alves. A primeira foto existente data de 1924. A que está neste respigo é composta por jovens de várias condições sociais, onde pontificavam : José Rosas, Joaquim Rosas, Zé Brandão, Dr. Manuel Brandão, Aires de Sousa, António de Sousa, Augusto Pais, entre outros, que compravam os seus equipamentos e competiam com as grandes equipas da região. Que se saiba, possuíam estádio próprio, mas não era homologado devido às exíguas dimensões do campo, portanto não foram permitidos jogos oficiais.
No biénio 1924 - 1925, competiu com as melhores equipas da região Norte, chegando inclusive a ser o clube número 1 na fundação da Associação de Futebol de Aveiro, em Setembro de 1924, juntamente com mais 11 equipas: Espinho, Sanjoanense, Ovarense, Galitos de Aveiro, Fogueirense, Recreio Artístico de Aveiro, Anadia, Bustelo, Sport Oliveirense, União Oliveirense e Sport Beira-Mar. Foi entre 5 equipas o responsável do primeiro campeonato de futebol de Aveiro, na época 24-25, ficando em segundo lugar, disputando todos os jogos como visitante, sendo vencedor o SP Espinho.
Quando tudo parecia correr bem, com a saída dum dos fundadores do clube e também presidente da Junta, Joaquim Macedo, a nova Junta Republicana decidiu tornar os terrenos do campo de utilidade pública, que eram da pertença da Junta, começando um braço de ferro que duraria até 1929, o que quase acelerou o fim do clube, deixando de praticar o futebol e assim a freguesia ficou sem a prática de qualquer desporto.
Com o desaparecimento do clube neste período, os atletas filiaram-se nos clubes vizinhos, contribuindo alguns atletas para os êxitos contínuos do SP Espinho, que foi campeão do campeonato anos seguidos, sem adversários à altura e, por essa razão, este clube tinha inúmeros adeptos da nossa freguesia.

Bardo da Lira

PAÇOS DE BRANDÃO FC – 1924 (CONTINUA)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Eleições no Concelho: CDS-PP Paulo Portas em Mosteirô

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Paulo Portas esteve em Mosteirô ontem (quarta-feira), entre as 19h e as 21h30 para dar uma palavra de apoio a Celina Santos e à sua equipa e contactar os mosteiroenses, ouvindo os seus problemas e anseios.

Foi uma visita surpresa, mantida no mais apurado segredo, por forma a repercutir um efeito de choque.
O objectivo foi concretizado.

Mosteirô recebeu Paulo Portas de barços abertos e com um enorme carinho.
O CDS-PP de Mosteirô está lançado para um grande resultado no próximo domingo.

Hoje, pelas 20h, na Rádio Clube da Feira, debate com todos (assim esperamos) candidatos a Presidente de Junta.

Vai correr bem!!!

A Democracia (parte 3)

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(... continuação de "A Democracia - parte 2")

A DEMOCRACIA

Esta terceira parte, estende-se até ao reinado de D. Maria I. Contudo, espero continuar a dedicar-me a este assunto e, dentro das minhas limitações, prolongar tais apontamentos até ao princípio do século XX (1ª. República).

As origens de um regime democrático (governo do povo pelo povo), remonta aos séculos VII – VI (antes de Cristo); aconteceu na Sicília, Epidauro, Corinto, Mégara, Mileto e em Atenas. Nesta última cidade grega, foi Clístenes que leva o Estado a dar os passos decisivos para a Democracia. Aristóteles, diz-nos que houve uma evolução normal da cidade em que se faz passar da monarquia para a aristocracia, depois para a tirania e por fim, para a Democracia.

No Estado democrático, todos os cidadãos possuem o direito de eleger os governantes ou de serem eles próprios eleitos, participam simultaneamente do poder e da obediência; porque ainda estão sujeitos à lei, que contribuem directa ou indirectamente para a fazer; nisto distingue-se do «súbdito» que obedece sem mandar, e do «senhor» que manda sem obedecer. O progresso da Democracia é o facto mais continuado, mais permanente e mais antigo que conhece a história.
A democracia pode-se definir como o Governo do povo pelo povo. Os principais constitutivos do Estado democrático são:
a) Igualdade de todos perante a lei;
b) Participação de todos os cidadãos no Governo pelo direito de sufrágio.

Nos países em que a população está disseminada por vastos territórios, a democracia reveste a forma representativa, isto é, o povo governa-se por meio de representantes que escolheu. Assim em Portugal, actualmente a soberania tem por órgãos, o Chefe do Estado (Presidente da República), a Assembleia da República, o Governo e os Tribunais.

Nas democracias, todos os cidadãos que possuem o direito de eleger os governantes ou de ser eles próprios eleitos, participam simultaneamente do poder e da obediência; porque ainda que estão sujeitos à lei, contribuem directa ou indirectamente para a fazer.

A Declaração dos Direitos de 1789, tornou-se como que uma fonte de inspiração para as democracias do mundo contemporâneo. Os seus princípios iluministas tinham como base a liberdade e igualdade perante a lei, a defesa inalienável à propriedade privada e o direito de resistência à opressão. Foi elaborada em França, pelos parlamentares franceses reunidos em Assembleia Nacional em Paris, uma Declaração de Direitos que servisse de preâmbulo à Nova Magna Carta. A comissão, constituída por Mirabeau e Mounier, depois de intenso trabalho, apresentaram um texto definitivo contendo 17 artigos à Assembleia Nacional, tendo sido aprovado por esta em 26 de Agosto de 1789.


Os ideais de Revolução Francesa em Portugal

Quando se deram os acontecimentos revolucionários de 1789 em França, que levaram à substituição da monarquia tradicionalista, pela monarquia constitucionalista, em Portugal ocupava o trono D. Maria I, sendo ministro do Reino José Seabra da Silva e Intendente – Geral da Polícia da Corte e do Reino Pina Manique. Existia a Real Mesa da Comissão Geral sobre o Exame e Censura dos Livros, que era um tribunal inquisitorial de censura régia, que tinha regras a seguir relativamente à censura, principalmente de jornais e de livros, quer aos que se publicassem no País, como com as notícias que vinham de outros países europeus.

Em França, a 13 de Julho de 1789, o povo francês inicia a sua revolta popular, que culminou com a tomada da Bastilha em Paris em 14 de Julho de 1789 e a capitulação de Luís XVI e a implantação da República. Tais acontecimentos só chegaram ao conhecimento do povo português passados quase um mês. Tal só foi possível, embora tardiamente, porque se algumas pequenas notícias conseguiram passar pela censura, para o público, através dos poucos jornais que se publicavam, outras houve, que sub-repticiamente, conseguiram chegar ao conhecimento de uma pequena percentagem de portugueses.

Pode-se afirmar que em Portugal não houve qualquer notícia de qualquer movimentação social de apoio aos ideais da revolução francesa, primeiro pelos motivos atrás expostos, depois porque a igreja se insurge contra os novos ideais subversivos e no seio das famílias nobres ou abastadas reinava o terror contra o ímpio assassínio de Luís XVI. Não era, no entanto, menos certo que as notícias alusivas aos acontecimentos em França, apareciam nos botequins, cafés, em qualquer lugar onde se encontrassem pasquins alusivos a tais acontecimentos. As ideias revolucionárias eram discutidas, com prudência, mas cada vez com mais interesse de as pessoas as conhecerem. Pina Manique estava informado disso e manteve uma apertada vigilância, principalmente aos livreiros, acerca das obras importadas sobre tal matéria. Apesar da proibição, as bibliotecas particulares iam adquirindo muitos dos livros proibidos e circulavam igualmente muitos que escapavam à fiscalização da Mesa Censurial, que tinha por missão só autorizar a circulação daqueles livros que confirmassem a ordem social e política escolhida e estabelecida pelo Estado português.

Se ninguém ignorava o poder das palavras e das ideais, vindas de França, também ninguém as proclamava livremente. Havia um terror à contestação ao poder estabelecido, que institui princípios de disciplina, com regras bem definidas, o que levou os intelectuais portugueses a não utilizarem a imprensa como meio de manifestarem o seu pensamento em relação aos ideais da Revolução Francesa.

No entanto, a polémica relativa à institucionalização dos direitos civis (não do povo francês, mas do homem) estava-se a estender ao povo português, porque o preâmbulo à Constituição francesa tinha pretensões de universalidade, que excediam as fronteiras da nação francesa. Alastra à sociedade portuguesa que procura por todos os meios estar informada dos acontecimentos em Paris e da respectiva polémica acerca dos Direitos Civis do Homem e do Cidadão. Torna-se evidente que não havia notícia nos jornais portugueses, era o silêncio. O poder fiscalizador e primitivo de Pina Manique torna-se tão acentuado que, em 1812, exige que até os próprios anúncios só pudessem ser publicados se por si autorizados. Pina Manique tinha a consciência de que era necessário introduzir novas medidas de controlo a ideias políticas e revolucionárias, o que o levou à institucionalização do santo ofício da inquisição.

Em Portugal, a ideologia regalista ainda garantia fundamento suficiente para guiar as acções de fiscalização e protecção da ordem social existente, no quadro de uma conclusão relativa à perversidade dos efeitos. Os leitores estavam razoavelmente informados dos acontecimentos que conduziram à revolução em França e estavam cientes das propostas políticas que confluíam para a necessidade de se criar uma Constituição na qual um Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão pontificasse. Estavam cientes de que houve uma discussão sobre a natureza da declaração, mas já não lhes foi possível ler no seu jornal o texto final que consagrava esses direitos.

O medo dos jacobinos era o único sentimento forte do reino. Por toda a parte se descobriam emissários da convenção francesa, franco-mações, apóstolos da impiedade revolucionária. As prisões e perseguições sucediam-se, a segurança não era só a ocupação da polícia, eram um instrumento de perseguição reaccionária. Bocage é preso, o bispo do Algarve, confessor da rainha, queria que o episcopado português excomungasse a França revolucionária. Era nos cafés, dizia a intendência, que se pregavam aquelas liberdades que haviam adoptado os filósofos modernos. Na Madeira tinha-se aberto a primeira loja maçónica. Pina Manique envia a essa ilha um emissário com severas medidas, para prender e «por a ferros, até que haja navio para os levar para o Limoeiro». No entanto, por via marítima, entravam em Portugal muitos exemplares da constituição francesa que eram traduzidas para português, bem como folhas de propaganda revolucionária.

O duque de Lafões reunia em sua quinta dos Alfinetes, a Braço de Prata, todos aqueles que professavam os ideais da revolução francesa; também na própria Academia das Ciências, se adquiriam os livros perigosos e incendiários de Reynald, de Brissot, de Voltaire. O abade Correia da Serra, valido do duque, era um infatigável propagandista, e por sua mão corriam secretamente manuscritos de obras sediciosas: era, dizia o intendente, o primeiro dos bota-fogos.

Se o terramoto de 1755 foi devastador outro se pressentia: não podia ser tão medonho porque a nação estava corrompida, tudo estava derreado pela podridão. As notícias de França eram aterradoras para os fiéis ao trono e ao altar. A rainha, o rei e o melhor do reino tinham morrido no patíbulo; Robespierre fora o primeiro Anti-Cristo e agora, sobre o seu cadáver, vinha à frente dos exércitos invencíveis o segundo, a derramar por todo o mundo o clamor do último dia. Quem resistiria a Napoleão, quem lhe faria frente? A sua corte já atravessara a Espanha e já pisava o solo português. Não seria o príncipe-regente, nem a rainha doida, nem as altas classes ensandecidas, nem o povo faminto, indiferente, sebastianista. À voz do verdadeiro Anti-Cristo português, que foi Junot, desabou tudo por terra! A nação, roída nos ossos pelo térmita infatigável, o jesuíta, nem já era o esqueleto: era apenas o pó de um cadáver. Foi assim que Oliveira Martins nos retratou o reinado de D. Maria I. Só com a invasão francesa é que a comunicação política em Portugal, vai ganhar grande relevo na imprensa. Até aí esteve sempre sujeita aos interesses do poder político institucionalizado.

(continua...)

O autor: SOLRARO

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mãos à Obra (IV)


Ora cá está de volta a rubrica que já tantas saudades nos dava (estamos certos que aos prezados leitores também!).

É que tem-se andado num corrupio, tão às voltas com as limpezas do Palatiolo, que pouco ou nada tem sobrado nem sido dado a conhecer ao Observatório do Engenho no tocante a obras “novas”.

Mas, com jeitinho, lá conseguimos encaixar aqui alguma coisita. Hoje vem á baila a “replantação”. Conhecem o ditado que diz: “quem planta e replanta e não fica com a melhor planta ou é bicho carpinteiro ou uma anta?” (talvez não seja bem assim… estudaremos melhor os provérbios numa próxima!!!)

Questões sem sentido à parte, o certo é que após tanta polémica, tanta zaragata, tanta cacetada, tanta nem sei o quê, eis que nova vida se insurge lá para os lados da nossa querida Quinta do Engenho Novo. Alguém resolveu fazer ouvidos de marcador e dar continuidade à grandeza da obra, colocando árvores novas onde antes estavam as que já sucumbiram (note-se que ainda não há notícia de onde jazem seus restos mortais).

Esfregamos as mãos de felicidade mas, como o Observatório não é nem de longe nem de perto arquitecto paisagístico (segundo informações cá deixadas, parece ser o profissional “mais entendido” na matéria… entretanto já morta!), resta-nos a dúvida de quando é que se poderá levar o pessoal cá do blog a fazer um grande piquenique sem estar sujeito a comer o pó (que com a maior das facilidades se poderá confundir com o churrasco, já que é basicamente a mesma coisa) ou a deparar-se (enquanto se passeia por tão belos jardins desfrutando da frescura proporcionada pela sombra) com o seguinte alerta: “cuidado com a árvore: não a pise”?

A Democracia (parte 2)

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(... continuação de "A Democracia - parte 1")

Noção de Nação - Pátria - Estado - Governo


NAÇÃO – É a sociedade política historicamente constituída por uma certa comunidade de origem, de língua, de tradições, de aspirações, de interesses e animada de sentimentos comuns, provenientes da vida colectiva.

PÁTRIA – A palavra Pátria significava primitivamente a terra dos antepassados, o país habitado pelos nossos maiores; em seguida, designou a associação estabelecida espontaneamente e perpetuada nesse solo. Um povo expulso do país natal, como o povo judaico, ou que embora tenha continuado a residir nele, perdeu contudo a sua independência, como antes da primeira guerra o povo polaco, pode ainda formar Nação, mas não Pátria. A ideia de Pátria é ideia muito complexa. Compreende:

a) A ideia de um território comum e de uma solidariedade íntima, entre as diversas regiões que a compõem; além disso, a ideia dos que a habitam e dos que a habitaram antes de nós.

b) O conjunto do solo e dos cidadãos constitui por assim dizer a parte material da pátria: a este corpo deve juntar-se a alma, é a autoridade que enlaça entre si os diversos elementos, as instituições nacionais, o espírito comum e, sobretudo, uma certa unanimidade de aspirações, de sentimentos e de esforços; é, quando possível, a unidade de crença, de língua, de costumes; tudo isso constitui a Pátria.

A Pátria é uma pessoa moral. É a nossa segunda mãe que, como tal, se desvela pelos seus filhos; por isso devemos alimentar a seu respeito sentimentos análogos à piedade filial e sentimentos a que chamamos patriotismo.

ESTADO – Pode-se definir Estado como «a associação independente de homens, ou antes de famílias, que vivem em território próprio, submetidas a leis comuns, sob a alçada da autoridade pública incumbida de velar pela sua execução».

A palavra Estado significa, também, não já a associação completa composta de governantes e governados, mas somente o conjunto dos poderes públicos que representam e governam. Entendido deste modo, o Estado é o Governo no sentido concreto da palavra, isto é, aquela parte do grupo social que está encarregado de dirigir a outra parte.

GOVERNO – O Governo pode significar duas coisas muito distintas:
- Em sentido concreto, quer dizer a parte do grémio social que está investida no poder e exerce as suas funções.
- Em sentido abstracto, Governo significa a forma particular da autoridade social, conforme esta reside num só homem ou em vários, e se exerce com ou sem o concurso de todos os cidadãos.

Poderemos distinguir três tipos de Governo:
a) – O Governo monárquico, se a autoridade suprema reside nas mãos de um só homem;
b) – Aristocrático, se está nas mãos de alguns cidadãos reputados melhores;
c) – Democrático, se todos os cidadãos participam mais ou menos no Governo do Estado.

Estas três formas de Governo podem-se combinar e temperar entre si em proporções variáveis. Assim a monarquia é absoluta quando o monarca de facto governa só; é parlamentar, representativa ou constitucional, quando este associa ao seu Governo uma ou mais câmaras cujos membros são eleitos.

Deve existir entre os cidadãos e a autoridade social uma relação de direitos e deveres recíprocos cuja determinação é objecto da moral cívica.


Deveres do Cidadão para com o Estado

Sendo o Estado uma pessoa moral que tem uma missão a cumprir e, por conseguinte, goza de certos direitos e está submetido a certos deveres, compete necessariamente aos cidadãos cumprirem com os seus deveres para com o Estado. Tais são:

1 – O dever de cooperar nos gastos públicos por meio do pagamento de contribuições e impostos;
2 – De concorrer para a defesa da Pátria por meio do serviço militar;
3 – Enfim, o dever de tomar parte na administração dos negócios, pelo voto, em conformidade com a constituição. Deve ser cumprido com inteligência, coragem e imparcialidade; cada eleitor está gravemente obrigado a eleger os que em consciência julga mais capazes de bem gerir os negócios públicos.

(continua...)


O autor: SOLRARO
 

terça-feira, 13 de abril de 2010

A Democracia (parte 1)

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Qualquer artigo ou expressão de opinião sobre um assunto tem a sua explicação. No dizer de António Sérgio «Não há nada que o homem considere mais sagrado do que o seu pensamento e do que a expressão do seu pensamento». Como estamos a uns dias de se relembrar o 25 de Abril de 1974, nada melhor do que os transmitir ao Povo desta terra de Paços de Brandão, na esperança que olhem para a DEMOCRACIA com outros olhares, que a tratem melhor, que respeitem o que ELA nos deu a nós e aos nossos filhos: A LIBERDADE.

Temos que ter a máxima confiança no sistema de ideias da Democracia, no entanto para que o Povo assuma as suas funções de principal fonte democrática, tem que ser educado no respeito pela liberdade; a liberdade de um homem provém da necessidade de respeitar a dum outro.

A grande maioria do povo Brandoense, como aliás de Portugal, é católico ou diz-se católico. No entanto a que temos assistido?... As pessoas fazem-se católicas, não por motivos religiosos, fazem-no, sim, por conveniências plutocratas e materiais, em contrário do espírito da religião verdadeira, da doutrina do Evangelho. Tomam esta atitude como homens-ricos, com fins políticos, etc, etc, e não como religiosos. A religião tem servido para subjugar, tem-se tornado como que o ante-mural dos interesses pessoais de uns tantos «senhores», quer sejam interesses políticos ou financeiros, mediante a passividade (no nosso caso - Paços de Brandão – também) das autoridades eclesiásticas.

Porque entendo que nunca é demais relembrar os factos que levaram a que hoje se conheça a Democracia, como fazendo parte do nosso vocabulário diário, quer político quer pessoal, compilei o material que se segue, desde a Declaração dos Direitos do Homem e Cidadão, Revolução Francesa, até aos conceitos da Democracia Moderna.

Numa outra fase vou tentar descrever a sua evolução até aos nossos tempos. Espero estar a contribuir para o engrandecimento intelectual dos que se interessam por estes assuntos.

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DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO – 1789

«Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. A finalidade de qualquer associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. O exercício dos direitos naturais do homem só tem por limites os que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo desses mesmos direitos». (Artºs.1, 2, 3 e 4).

Estes princípios da Declaração dos Direitos de 1789 foram revogados e confirmados pela DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM, de 10 de Dezembro de 1948. (Artº.1 a 30).


BREVES CONSIDERAÇÕES

Todo o homem nasce livre, isto é, com o direito de desenvolver livremente a sua actividade física, intelectual e moral, e tem direito ao produto desta actividade. Quer dizer que o que atrás se disse, implica a igualdade dos homens, visto que todos os homens nascem com os mesmos direitos e devem conservar esses direitos. Contudo, eles nascem membros duma colectividade e sujeitos, por tal facto, a todas as obrigações que implicam a manutenção e o desenvolvimento da vida colectiva.

O homem, ao ser naturalmente social, é por isso mesmo submetido a uma regra social que lhe impõe obrigações para com os outros homens, e que os seus direitos são apenas derivados das suas obrigações, dos poderes que possui para cumprir livremente e plenamente os seus deveres sociais.

O homem vive em sociedade e só pode viver em sociedade; a sociedade subsiste apenas pela solidariedade que une os indivíduos que a compõem. Tem direitos, mas estes direitos não são prerrogativas que lhe pertençam na sua qualidade de homem; são poderes que lhe pertencem porque, sendo homem social, tem um dever a cumprir e deve ter o poder de cumprir tal dever. É que a liberdade é um direito porque o homem tem o dever de desenvolver a sua actividade individual tão completamente quanto lhe seja possível.

Concluindo: Todos temos deveres e direitos para com qualquer pessoa, só pelo facto de ela ser homem como nós. Fazemos parte dum todo que é a humanidade, por isso o ideal da nossa natureza, tal como o concebe a razão, não abrange somente o desenvolvimento harmónico da nossa personalidade, mas exige além disso, que este desenvolvimento se opere sem prejuízo e até com proveito das personalidades que nos rodeiam; daí dois grandes deveres para com os nossos semelhantes:

1º. Respeitar neles o desenvolvimento regular da sua personalidade: é a justiça.
2º. Contribuir na medida das nossas forças, para esse desenvolvimento: é a caridade.

Deveres de justiça e deveres de caridade, são as nossas obrigações para com os nossos semelhantes.


(continua...)

O autor: SOLRARO

Teatro à roda no Cirac, com uma peça "Revolucionária"

No passado sábado, no auditório do CIRAC, subiu ao palco o Grupo "Teatro Imaginado" da associação Ritus, de Milheirós de Poiares. A peça tinha um nome sugestivo : “A revolução das Mulheres”!
Apesar de se tratar de uma comédia, aludia a algo a que Paços a população não está muito habituado e que se trata da revolução! Esta que veio a cena, por acaso foi levada a cabo por mulheres.
Para que os nossos leitores possam ter uma imagem mental do que se passou em palco, precisam de exercitar o imaginário que existe dentro de si e viajar até à Grécia Antiga, onde a Democracia deu os primeiros passos. Esta assentava em conceitos muito rudimentares da igualdade entre as pessoas, em que apenas os homens podiam governar e a posse de escravos era normal!
Uma conspiração de contornos quase marxistas, levada a cabo pelas mulheres, conseguiu que as mesmas chegassem ao poder por entre peripécias e disfarces de barbas postiças. Colocando as suas ideias mais ou menos comunistas em prática e começando pela criação de uma sociedade mais justa e igualitária. Porém, uma série de novas leis de cariz feminista originaram o caos nesta sociedade habituada ao desfrute máximo dos prazeres da vida, sobretudo pela recém deposta governação masculina, originando alguns cenários caricatos.
A peça termina com uma ideia final interessante: tudo o que impede a liberdade do ser humano, não funciona. Efectivamente quando as novas leis das mulheres as colocaram no centro das atenções, impondo obrigações de índole libidinoso aos homens, colocaram-se no lugar onde outrora estes estavam , e também elas falharam, cometendo os mesmos erros e abusos.

Apesar do Auditório não estar cheio (longe disso), os actores conseguiram arrancar boas gargalhadas da audiência. Afinal poucos mas bons!
Aqui pelo Engenho, pensamos talvez que o futebol tenha afastado muita gente. Porém, desconfiamos que terá sido uma outra razão! Talvez seja mais um prurido de cariz ideológico que esta peça incorporava, que levou ao afastamento de muitos Brandoenses, receosos que estavam de se terem de coçar!
Até mesmo o presidente do CIRAC, pessoa ligada ao lado contrário do pensamento "canhoto" fez notar a sua ausência na hora de entregar uma lembrança ao grupo em cena, tendo sido substituído por um dirigente que nos fez pensar que a comédia afinal não tinha terminado, tal foi o desconforto que o mesmo sentiu em se dirigir ao público!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O seu comentário deu um post (III)

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Boa Tarde anónimo das 12:06,

Não sei se o meu amigo já era nascido quando se deu o 25 de Abril de 1974. Se era, parece que se esqueceu depressa do que se passou na formação dos partidos políticos, em liberdade, logo a seguir àquela data. Infelizmente em Paços de Brandão, como em muitas terras, o caciquismo e a igreja, determinaram que este ou aquele partido tivesse a preponderância, digo mesmo a exclusividade de exercer o poder em determinada região,e no caso de Paços de Brandão, nesta terra. Todos se recordam do Pde. Julião afirmar que os católicos não deviam votar no Partido Socialista,«a mãozinha fechada não dá nada», que eles eram «comunistas», etc.,etc.,foi contra ventos e marés que quatro ou cinco pessoas aderiram então ao PS e deram a cara para que esta terra não continuasse como dantes, ficando apenas com um partido em quem votar, apenas o nome era diferente do partido único do antes 25 Abril. Com excepção de um elemento, eram todos trabalhadores ou estudantes, os meios económicos eram nulos,enquanto o PSD tinha a maior parte dos industriais , «grandes senhores» e a igreja, que do alto do púlpito não se cansava de apelar para que não votassem nos partidos de esquerda, sendo o PS o que incomodava mais o Sr.Padre e os «grandes senhores». Quanto à música de Sérgio Godinho, do Zeca Afonso, do Adriano Correia de Oliveira, e de tantos outros, eram canções de protesto contra as injustiças sociais, muitas delas foram feitas antes do 25 de Abril, não vamos rotular as pessoas que as interpetaram como sendo afectas a este ou àquele partido, meu caro amigo, o que o Senhor disse não se enquadra na Democracia, tem que ter respeito pela opinião dos outros se quer que respeitem a sua, não se pode ignorar a liberdade de expressão e a variedade de opiniões. Os partidos políticos não podem ser considerados como clubes futebolísticos. Temos que ter a consciência de que ao se votar em alguém, é para que o povo seja respeitado e servido com isenção partidária. Em Democracia não se deve lutar por ter este ou aquele lugar, o lugar é-lhes atribuído pelo voto do povo para o lugar a que concorreram, para que quando forem eleitos sirvam com isenção e honestamente os interesses da comunidade.Foram estes princípios que sempre nortearam aqueles que se filiaram em 1974 no PS, sempre souberam respeitar os outros partidos políticos, fossem de esquerda ou de direita, nunca lutaram para ter este ou aquele pelouro, deixaram sempre que o povo escolhesse e sempre repeitaram o resultado das eleições, embora pese ter-se assistido,muitas vezes,nesta terra, a actos contrários à Democracia e a uma influência directa nos resultados eleitorais. O Partido Socialista nunca precisou de andar a transportar velhinhos para as mesas de voto e nunca procurou que o Sr. Padre os abençoasse.Termino com aquilo que o anónimo das 12:24 disse: "HAJA MEMÓRIA! E VERGONHA! APRENDAM A VIVER COM A CRÍTICA!"

UM DOS FUNDADORES DO PS-PAÇOS DE BRANDÃO

12 de Abril de 2010 15:45

Eleições no Concelho: CDU Mosteirô

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SOLRARO disse...

Infelizmente já estamos habituados às considerações que o Pde.Julião faz nas sua homilias, que por vezes chegam a ser três, ao princípio, ao meio e ao fim, de cada missa. Não é de estranhar que a clientela seguidora venha a lume defender os seus dotes de pregador, não se sabe de que religião, decerto que não é a de Cristo.
Infelizmente não tivemos, nesta terra, um Padre como Dom Hélder Câmara, o Brasil deve-lhe muito, mas também a humanidade não pode esquecer a sua vida e os escritos que nos deixou. Para que as pessoas se possam aperceber das diferenças entre o Pde.Julião e este Bispo da Igreja Católica Brasileira, vou transcrever apenas uma parte que me parece fundamental, deixando aos leitores deste artigo, a curiosidade para se atreverem a ler DOM HÉLDER CÂMARA, e daí tirarem as suas conclusões àcerca do que é ser um Padre a sério e o ser-se um Padre de aldeia, como o nosso Pde. Julião:-

«CRER NA JUSTIÇA E NO AMOR
Se não se acredita na força da justiça, da verdade e do amor; se não se acredita na força das ideias e nos métodos democráticos, então é inútil manter abertas as igrejas, abertas as universidades, aberta a imprensa escrita e falada, aberto o Parlamento...»

«NÓS E O NOSSO CLERO
...ACABEMOS, DE UMA VEZ PARA SEMPRE, COM A IMAGEM DO BISPO-PRÍNCIPE, QUE HABITA UM PALÁCIO, ISOLADO DO SEU CLERO QUE ELE MANTÉM À DISTÂNCIA E COM FRIEZA. ACABEMOS COM TUDO O QUE PODE DAR AOS PADRES A IMPRESSÃO QUE ELES SÓ SÃO VISTOS E CONHECIDOS ATRAVÉS DO GUICHET DA CÚRIA DIOCESANA, NO MOMENTO DE PAGAR AS CONTRIBUIÇÕES OU DE CONHECER AS EXIGÊNCIAS. ACABEMOS COM A IMAGEM DA AUTORIDADE QUE SE IMPORTA MAIS, DE FACTO. EM SE FAZER DO QUE EM SE FAZER AMAR, EM SE FAZER SERVIR DO QUE EM SERVIR»

(O Escândalo dos Infra-Homens, por Dom Hélder Câmara)
12 de Abril de 2010 12:51

Lixo em Paços de Brandão - Novamente a Rua dos Eucaliptos !

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LIXO EM PAÇOS DE BRANDÃO

Esta semana, logo pela manhã ao deslocar-me para o meu trabalho deparei-me com uma visão aterradora. No lugar da Póvoa, mesmo ao lado dos ecopontos no sentido de quem vai para o Centro de Saúde lá estava um sofá e lixo doméstico quanto baste. Esta falta de bom senso é inconcebível nos dias de hoje, tendo em conta as diversas campanhas nos media, no sentido de orientarem as pessoas a separar, reciclar e reaproveitar os lixos domésticos.
É óbvio que isto se trata, essencialmente, de uma falta de civismo atroz. O que se passa com esta gente que não ouve nem vê nada acerca do ambiente que os rodeia? Esta questão dos lixos já não é só uma questão ambiental, mas acima de tudo educacional.
Não obstante o esforço que está ser feito pela Junta de Freguesia em limpar, tudo indica que as pessoas não estão dispostas a fazer um esforço para melhorar o ambiente onde estão inseridas, onde coabitam e vivem. Será assim tão difícil perceberem que o que fizerem por ele, estarão a fazer por si próprias?
A minha sugestão ía no sentido de apelar à autarquia no sentido de melhorar/inovar os instrumentos de divulgação. É a derradeira solução que consigo vislumbrar. Podiam ir desde a colocação de panfletos nos principais estabelecimentos/organismos/instituições da freguesia e distribuição pelas caixas postais nos vários domicílios, ao anunciar nas próprias missas, e-mails, actividades lúdicas que tenham por base estas campanhas de sensibilização, etc.
São meios que a priori poderão nem ter custos assim tão elevados, desde que os recursos sejam realmente optimizados e centralizada toda a atenção para o cerne da questão que se pretende aqui ver resolvida. É que falar em educação ambiental é ainda para muitos (certamente os que mais poluem) o mesmo que nada dizer, levando a que seja o comodismo a vencer.
Com a mentalidade eco-tacanha desta terra, tenho sérias dúvidas se as futuras gerações virão a pensar de forma mais razoável face a estes assuntos. É preciso que elas vejam e sintam, desde agora, o exemplo dos seus educadores, ou correremos o risco de depois já ser tarde demais. E lógico será dizer que só quando os problemas forem mesmo sérios é que haverá preocupação com as consequências destes actos irreflectidos.

Sara

domingo, 11 de abril de 2010

A maldição da Páscoa


Julião Valente protagonizou, durante a passada semana, mais um episódio caricato durante uma cerimónia fúnebre, coisa a que, aliás, nos vem habituando nos últimos tempos.
Apesar da falta de força física, que segundo ele mesmo, o impediu de ir levantar o féretro à capela mortuária a poucos metros da Igreja, não foi por falta de fôlego que durante praticamente toda a homilia da celebração fúnebre concentrou esforços nas críticas aos Brandoenses que não abriram as portas à tradicional visita do compasso pascal.
A sua revolta era tal que, durante as críticas, não se ensaiou muito a ponto de referir que foi tal a sua "dor de côto" que na noite de domingo nem consegui dormir direito! Nessa mesma madrugada deu-lhe vontade de "amaldiçoar" todos aqueles infiéis que não se dispuseram a receber a visita dos seus enviados no compasso pascal, numa execrável abordagem ao pior estilo inquisidor do tempo medieval.
Não sabemos aqui no Engenho, e pensamos que muitos Brandoenses também não, se tudo isto foi o incómodo de ter menos "amêndoas" na algibeira dos colectores do compasso, ou se foi por ver cada vez mais o tapete da fé cega das pessoas a fugir-lhe debaixo dos pés, ou ainda se pelos casos de pedofilia que assolam a Igreja (e dos quais ele nunca disse umas palavras), ou até mesmo se a sua senilidade se encontra galopante e ninguém lhe quer dizer isso!
Contudo, de uma coisa estamos certos: não é admissível que um douto da fé cristã, cuja tolerância e a compressão, são pontos importantes naquilo que professa todos os domingos no culto da Eucaristia, tenha este tipo de comportamentos. Além do mal estar gerado na família do finado e nos crentes Brandoenses, Julião Valente com estas peripécias tem sido capaz de arrancar gargalhadas pelo concelho fora, facto que  até teria alguma piada não fosse ele o "pastor" que guia na fé as suas ovelhas nesta terra!

25 de Abril Sempre! - Conte a sua história no Engenho

O Engenho neste ano em que se comemora em conjunto com os 100 anos da República, os 36 anos da Revolução de 25 de Abril, e no sentido de envolver mais os seus leitores no blog, vem apresentar um desafio aos que nos costumam a ler!
Certamente que muitos daqueles que nos visitam todos os dias viveram a revolução de Abril, uns mais perto do palco dos acontecimentos, outros um pouco mais longe.
Porém, cada um tem certamente na sua memória alguma história, alguma situação pessoal, que lhe lembra este dia. Por isso, desafiamos os nossos leitores que assim o desejem a nos enviarem as suas histórias para as publicarmos aqui no blog até ao final do mês de Maio.
Para tal basta enviar por e-mail, para engenhonopapel@gmail.com, a sua história.

Por um 25 de Abril sempre actual!



Administrador do Engenho no Papel

11 de Abril – Dia Mundial de Parkinson

O dia 11 de Abril é um dia conhecido por todos os Doentes de Parkinson (DP). É o dia do nascimento do Dr. James Parkinson que, como é sabido, foi o médico que descreveu pela primeira vez, em 1817, a doença que viria a adoptar o seu nome. Os sinais cardinais da DP são tremor, rigidez, acinésia e instabilidade postural.

“O quadro clínico não se inicia sempre da mesma maneira em todos os doentes. Em 70% dos casos a doença começa por tremor localizado geralmente a um membro superior que atinge depois o outro membro do mesmo lado. Este tremor pode ficar confinado a metade do corpo durante meses ou anos só depois se estendendo ao outro lado. O tremor ocorre quando os membros estão em repouso e desaparece quando o doente executa movimentos, por exemplo, levar um copo à boca. Pode localizar-se a outras partes do corpo como a língua ou os lábios. É importante fazer distinção com o tremor essencial ou benigno que só aparece durante o movimento e não em repouso.”
“A rigidez é uma dificuldade de relaxação dos músculos. Pode atingir qualquer grupo muscular do tronco ou dos membros. Começa muitas vezes só num membro, pode variar ao longo do dia, pode ser influenciada pelo humor, pelo stress e por medicamentos.”
“A instabilidade postural, ou melhor dizendo, o desequilíbrio, está mais vezes presente nos casos com maior tempo de evolução. É um desequilíbrio que se torna patente durante a marcha ou quando o doente muda de direcção. A instabilidade postural associada à alteração da marcha é usualmente o último dos sinais cardinais a aparecer; é das manifestações da doença a mais difícil de tratar e representa um traço de progressão. O doente adopta uma postura encurvada. Uma vez que perde a capacidade de fazer rapidamente uma correcção da sua postura, a tendência é cair para diante ou para trás.”
“Importa conhecer o peso que a doença tem em termos de saúde pública. Em Portugal existem dois estudos epidemiológicos de prevalência que apontam para a existência aproximada de 12000 doentes. A doença pode manifestar-se pela quinta ou sexta década da vida, e só excepcionalmente mais cedo. A sua incidência aumenta com a idade constituindo esta, só por si, um factor de risco. É previsível, portanto, que o número de doentes venha a aumentar à medida que aumenta a esperança de vida. Afecta ambos os sexos com ligeira preponderância para o sexo masculino.”

(In http://www.parkinson.pt/?lop=conteudo&op=3988c7f88ebcb58c6ce932b957b6f332&id=66f041e16a60928b05a7e228a89c3799)


E como por terras brandoenses também são conhecidos exemplos, o Engenho deixa aqui o seu manifesto de solidariedade a todos aqueles que diariamente convivem e sofrem com esta patologia.




sexta-feira, 9 de abril de 2010

Notícias de Paços de Brandão Nº741

CIRAC - “A revolução das Mulheres” Próximo sábado ás 21h45

 Enviado por e-mail:

Vimos, por este meio convidar-vos para mais um espectáculo de Teatro a decorrer no Auditório do CIRAC. Desta vez damos lugar a uma peça de teatro amador sendo que o espectáculo está inserido no projecto “Teatro à Roda”, organizado pela Federação das Colectividades de Santa Maria da Feira, que visa aproximar a população ao Teatro feito no Concelho.

Este espectáculo intitula-se “A revolução das Mulheres” e é levado a cena pelo Grupo de Teatro Imaginado da associação Ritus, de Milheirós de Poiares. De salientar que esta peça é uma comédia e vai ter lugar no nosso auditório no próximo Sábado, dia 10 de Abril, pelas 21h45.


A tua presença seria para nós um motivo de orgulho, por isso....



.... contamos com a tua presença.


A entrada é livre

Junta de Paços de Brandão - O belo, o feio e o ridículo

Não existe nenhuma regra de gosto objectiva, que determine por meio de conceitos o que seja belo, uma vez que todo o juízo proveniente desta fonte é estético. Isto é, o sentimento do sujeito e não o conceito de um objecto é quem determina o seu fundamento.

Na antiguidade, houve quem propusesse que o belo fosse o útil, mas sabemos que são coisas distintas, porque as coisas úteis não são necessariamente belas e vice-versa.
O útil está circunscrito a uma situação particular e relativa, já o belo é independente de qualquer condição. O belo julga-se por si mesmo, ao passo que o útil deseja-se em função de um propósito.

Como pensou o nosso querido Mino e o duo maravilha alaranjado no seu programa eleitoral, o belo “agrada sem conceito”, logo há que mostrar coisa bela. Então tivemos as máquinas do povo, as limpezas, o parque infantil, tudo num cronograma mesmo a tempo de ser visto, como belo, ora aí está! Aqui neste conceito só falhou um detalhe: só podemos dizer de algo que é útil quando o sujeitamos à experiência ou à ponderação, que nos casos mencionados deixam um pouquinho a desejar em relação à sua utilidade...
Por outro lado, não é possível dissociar o belo do seu antónimo: o feio, o adágio (“Quem o feio ama bonito lhe parece”), mostrando que os juízos sobre o belo e o feio são potencialmente arbitrários. Se um objecto é considerado feio é porque não possui aquilo que se julga ser belo, mas como tal consideração é sempre subjectiva, o que é feio para uns pode ser até sublime para outros e vice-versa, como são exemplo disto cá no nosso Palatiolo o abate das árvores na Quinta do Engenho Novo, as estradas esburacadas e ainda em paralelos, ou mesmo as pressões sobre associações, pessoas e órgãos de comunicação social.

Nem o cómico pode servir de meio de apuramento do belo e do feio, porque tanto podemos rir de uma coisa bela como de uma feia, embora seja esta última, quando associada sobretudo ao ridículo, a que provoca mais vezes o riso.

Toda esta explicação que trago ao Engenho, poderia ter um fim piadético, mas não tem, uma vez que achar piada ao ridículo que nos toca, é ridicularizar os próprios Brandoenses e estes não o merecem! O nosso querido Mino, e a sua equipa, já mostraram que por cá se limitam a fazer obras que dignifiquem o belo, excluindo o útil, escondendo o feio e, por fim, tornando Paços de Brandão um destes dias numa obra do ridículo tais são as trapalhadas que já mostraram!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Casamento das "Fitas 2010"

O Observatório do Engenho traz ao conhecimento dos prezados leitores (muito embora ninguém nos tenha pedido nada, muito menos em casamento) que a Queima das Fitas deste ano, em Paços de Brandão (ou não!!!), será antecipada em relação ao que tem vindo a ser praticado desde há largos anos… a esta altura do campeonato, já se pode mesmo falar em décadas.

Provavelmente, de tão “queimadas” que andam as fitas brandoenses, resolveram “limpá-las” para outros lados!

Porém, as novidades não se ficam só pelas questões cronológicas, mas também geográficas. Espantem-se: ISVOUGA e ISPAB é desta que resolveram “juntar os trapinhos e unir-se”!!! Será união efémera ou haverá algo mais no bico da bengala? Planeia-se a saída de algum coelho da cartola? Ai destino, ai destino…
Dê no que quer, o certo é que os ventos parecem ser mais favoráveis lá para os lados do Castelo que para os de cá do Palatiolo. A tradição já não é o que era meus caros! Afinal, é mesmo caso para dizer que “se não consegues vencer os bons, junta-te a eles”. E lá vamos nós "queimar" até à terra da noiva, antes que alguma das nossas fitas se perca e fique pelo caminho…


(ver aqui e aqui e também aqui)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Hora da FOFOCA (X)


O Observatório do Engenho ficou na dúvida se o tema de hoje deveria pertencer a esta rubrica ou à já famosa “Mãos à Obra”, pese embora um pouco esquecida lá atrás no tempo. Vá-se lá perceber o porquê!!!

Após reflexão bastante ponderada, foi tomada a presente decisão que, pelo que abaixo se irá comentar, logo logo ficará perceptível aos olhos dos nossos estimados leitores.

E, se o dia já estava marcado pelas “obras”, nada como o reforçar, do mesmo modo que reforçado está a ser a "tentativa de esforço" de, aparentemente, se estar a querer fazer algo de útil pelo nosso “Barroso”.

Volvidas 2 semanas desde a última efeméride do género, éis que hoje pela manhã, uma vez mais, as cancelas se voltaram a fechar, quer no início como a meio da via.
Aguardemos a ver se não se cumpre o presságio que diz que “à 3ª é de vez”: temos esperança que seja mesmo nesta 2ª tentativa. Ou será que a sinalética anda só mesmo a assolhar?

Beneficiação da estrada entre as 4 estradas e Paços de Brandão

Terminou no passado dia 30 de Março o prazo do concurso público das estradas de Portugal, para entrega de propostas de obra de beneficiação do troço de estrada que liga Paços de Brandão até à rotunda das 4 estradas.
Esta obra inclui sinalização e conclusão do acesso ao Pontão do Engenho Novo. O prazo de conclusão da obra é até Abril de 2010, por isso esperemos que seja desta que o acesso à nossa freguesia pelo lado de Esmoriz / Engenho Novo, fique com condições mais condignas, tendo em conta que a degradação nos últimos anos é por demais evidente, colocando em causa a segurança de quem por lá passa todos os dias.
Nós no Engenho prometemos estar atentos ao desenrolar desta obra, pois trata-se talvez do mais importante ponto de acesso a Paços de Brandão.

Visita pascal 2010 saiu à rua

Este ano, uma vez mais, a tradição cumpriu-se na nossa freguesia. Nem mesmo com espectro negro que paira sobre a Igreja, onde diversos casos que vieram a público de abusos sexuais levados a cabo por padres católicos e onde até o próprio Vaticano teve um papel activo de execrável encobrimento dos mesmos, conseguiu que esta tradição deixasse de se cumprir.
Também o site da nossa autarquia tem uma nota sobre esta tradição a qual passamos a transcrever:

"Uma das tradições que o povo brandoense ainda se pode orgulhar é existência do compasso que se dirige casa em casa, para que se benzam as casas, onde as as famílias as reúnem à volta da mesa para receber as bênçãos de "Hesus Ressuscito". O chefe de família tem como tradição pegar na cruz e dar a beijar a toda a família que lá se encontra. Saem sempre 4 cruzes feito pelos acólitos e/ou paroquianos que se oferecem para fazer esse trajecto, a todos os que o quiserem receber, colocando para isso, verdes na soleira da porta ou da entrada respectiva. A chegada do compasso apercebe-se pelo som do pequeno sino que um dos paroquianos faz questão de tocar ao longo das ruas."

No Engenho não quisemos deixar também de dar uma nota a este acontecimento que, apesar de não ter o significado de outros tempos, continua a ser motivo para que muitas familias se juntem em Paços de Brandão, fazendo parte, por isso, de uma das nossas raízes culturais, gostemos ou não dela!

sábado, 3 de abril de 2010

Tradições - Regueifa da Páscoa

Se no 20 das fogaças é tradição Brandoense aquela que é feita pela Dona Otília, na Páscoa já a tradição fica dentro de portas, onde várias famílias preparam a sua receita exclusiva da regueifa da Páscoa.

Trazemos hoje ao Engenho a explicação da origem deste doce, aproveitando para ilustrar como se fazem as regueifas com folhas de couve no fundo.

A origem desta tradição, confunde-se com a da própria Páscoa, que é em Portugal uma época característica de presentes cerimoniais, sobretudo de índole alimentar e os presentes da Páscoa levam o nome genérico de «folares». A maioria dos dicionaristas coloca a origem da palavra «folar» no latim «floralis». Moraes, sugere o étimo germânico «flado» que significa «bolo de mel». Faria e Lacerda assinalam-lhe como origem a palavra francesa «poularde». Definem o folar como sendo um bolo em forma de pinta pousada sobre um ovo, ou com um ovo em cima. Hoje são raros os casos dos folares que incluem a galinha.

A nossa regueifa, pode dizer-se que é uma espécie de folar, dos que existem em Portugal, consoante a região. O mais corrente e divulgado é um bolo em massa seca, doce e ligada, feita com farinha de trigo, ovos, leite, banha ou pingue, açúcar e fermento e condimentado com canela e ervas aromáticas – uma espécie de regueifa ou fogaça – comum em todo o Sul, no Algarve e no Alentejo, na Estremadura, nas Beiras e na zona do Porto.

No sul são redondos, espessos e maciços e comem-se no domingo de Páscoa ou, em certos sítios, na Sexta-Feira Santa, na segunda-feira a seguir à Páscoa ou na Pascoela. Nos arredores de Lisboa têm a forma ovolada; em Aveiro a de coração e podem tomar formas zoomórficas, lagartos, pintos, borregos, pombos, etc.

O Rio Douro marca o limite da difusão desse tipo de folar. No Nordeste montanhoso e planáltico de Trás-os-Montes, o folar é uma bola redonda, em massa dura, feita com farinha, ovos, leite, manteiga e azeite, que encerra bocados de carne de vitela, frango, coelho, porco, presunto e rodelas de salpicão, cozidos dentro de massa, que junto deles fica mais tenra com a gordura que deles se desprende. Podem ser grandes e altos, como em Bragança e Mirandela, ou achatados e pequenos, em massa seca, como em Freixo de Espada à Cinta.

Os folares em Trás-os-Montes e Mirandela são feitos em casa, no forno onde normalmente se coze o pão mas também nas padarias locais que oferecem apenas os fornos.

O sonho afinal era outro...feliz primeiro de Abril!

Naturalmente que a notícia que dava conta para um sonho "cor de laranja" para a Quinta do Engenho Novo, por parte do nosso querido Mino, era uma brincadeira de 1º de Abril.
Qualquer pessoa que tenha as aulas de Biologia minimamente em dia, sabe que acções de "limpeza" daquele calibre, vão afectar inevitavelmente qualquer ecossistema existente no local desflorestado. A menos que alguma Arquitecta pense diferente, claro está!
As consequências para uma série de animais que faziam da Quinta habitat, ficou comprometido e as perspectivas de sobrevivência ali de espécies de aves como o noitibós, corujas das torres, falcão peregrino e milhafres, entre outros, que foram identificados por Biólogos há uns anos atrás, é negra! A Quinta era um parque florestal, não um arraial, onde as árvores eram ornamento, mas sim a sua essência. O futuro agora é sombrio.

Novamente numa reprodução artística, trazemos aos leitores do Engenho a perspectiva do pesadelo que é, e será por largos anos a nossa Quinta, na óptica do imaginário da fauna e flora que ali faziam sua casa!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Centro Social de Paços de Brandão: certamente uma boa caldeirada

Se aqui se anunciou a possibilidade de vir a ocorrer eventual “peixeirada” na assembleia do passado dia 31 de Março, diríamos que o imbróglio que abunda lá para os lados do Centro Social de Paços de Brandão dá certamente para a confecção de uma boa caldeirada.

Para começar, como bons britânicos que somos (desculpem, brandoenses – que a bem dizer é basicamente a mesma coisa!), nada mais óbvio que o primar pela exactidão e rigor no início da ordem de trabalhos. Bem, não sabemos se exactamente ou rigorosamente (já que a fome se confundia com o sono e a vontade de terminar o que nem sequer havia começado), mas lá que eram perto das 22horas quando o espectáculo começou, lá isso eram!

Os bilhetes haviam sido comprados com alguma antecedência para assistir à antestreia. A expectativa era enorme e o atraso derretia os nervos aos actores, com receio de lhes dar “a branca” no momento das suas deixas.

O Presidente da Mesa, não fosse a memória falhar-lhe, entrou também ele todo triunfante anunciando que o primeiro ponto da ordem da trabalhos (leitura e aprovação da acta da assembleia anterior, a “famosa”, a da verdadeira peixeirada!!!) ficava para a próxima. De Outubro de 2009 a esta parte não se pense que o homem seja imenso: o tempo foi curto por demais e não chegou para a elaboração da dita cuja acta.

É então que se começa a perceber a inquietude de alguns actores, já que os planos teriam de ser todos alterados, e de improviso! Ora isto não se faz, Sr. Presidente!!! Lá que quisesse recuperar o atraso, “matando” um dos pontos tudo bem, mas podia ter sido outro qualquer. Este, efectivamente foi pena. Mas, se não foi pela “Ordinária”, que venha de lá a “Extraordinária”.

Quanto aos segundo e terceiro pontos da ordem de trabalhos (contas de 2009 e orçamento 2010), entre outras figuras, destacaram-se sobretudo as abordagens preliminares do Presidente da Direcção (focando a obra feita e algumas das dificuldades sentidas e até já ultrapassadas), assim como algumas “dúvidas existenciais” lançadas pelo contabilista cá do “Palatiolo”, colocando não só em causa a capacidade de quem fez o trabalho, mas querendo sobretudo mostrar que, afinal, até percebe da coisa. Curioso… agora vendo bem as coisas, que fazia ele lá? Onde é que já vimos este filme?

Algumas explicações do senhor auditor, contratado quer para fiscalizar como para realizar a contabilidade do Centro Social, umas achegas do senhor advogado e a noite lá se foi passando com relativa tranquilidade, às voltas com números, estado dos passivos, anos prioritários e menos prioritários (mas que fazem pender os resultados dos prioritários), contas de 2005 bloqueadas pela Segurança Social, etc, etc. Mas esperem lá: o homem que veio para fiscalizar também elabora o que é suposto ele mesmo auditar? E a caldeirada começa a ganhar tempero…

Delicioso, delicioso foi mesmo a entrada triunfal no quarto ponto da ordem de trabalhos (outros assuntos de interesse), quando um (“uma”) dos elementos da anterior direcção, coadjuvado pelo respectivo companheiro (a quem a páginas tantas alguém lhe disse: “respeite para ser respeitado”), lá pôs o improviso (anunciado no primeiro ponto) a funcionar a todo o vapor. É que ao vapor os legumes ficam sempre bem mais saborosos! Ficou registada a indignação pelo facto de a auditoria às contas do Centro Social não estar concluída (nem ter prazo à vista para que tal aconteça) e que mais um mandato chegaria ao fim sem que a caldeirada fosse esclarecida, permanecendo a imagem do anterior executivo do Centro esturricada.
E, sem mais nem porquê, tudo se acaba sem aviso prévio... logo agora que a caldeirada nos estava a saber mesmo bem!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Quinta do Engenho Novo - O sonho de um Presidente!

Segundo informação a que o Engenho teve acesso hoje, a razão para o abate das árvores da Quinta do Engenho Novo teve como motivação um sonho antigo, que o nosso querido Presidente da Junta vinha mantendo ao longo das noites.

Numa reprodução artística desse vislumbre paradisíaco, partilhamos com os nossos leitores um trecho dessa fantasia que inunda o imaginário do nosso Mino!

Personalize funny videos and birthday eCards at JibJab!

GRIB - Resultados 25 a 30 de Março

(Clicar na imagem para aumentar)

"Habemus" Parque infantil!

Não sabemos se por ser Páscoa (onde a tradição diz que devemos enfeitar a fachada para o sr. abade ver), ou se por andar a reboque de algumas críticas mais ou menos simpáticas que o Engenho, e também algum povo da freguesia, ia proferindo em relação ao caricato parque infantil do arraial.
O certo é que esse estava "fora da lei" fazia 2 anos, e isto sem que as autoridades deitassem mãos ao "bandido", que é como quem diz: Ordenassem desmontar o referido parque irregular.

A realidade porém, mostra que o nosso querido Mino da Junta, após um erro inicial de cálculo em relação aos meses do ano, confundindo Fevereiro com Março, lá consegue corrigir e fazer "fumo branco" ao prometido nos jornais, apesar da conjuntura desfavorável e de "dinheiros que não abundam". O Mino com algum "engenho" e "arte", lá descobriu uma "árvore" das patacas, conseguindo com isso dar um parque novo ás crianças da freguesia, mesmo a tempo do domingo pascal!

Se através do Engenho fazemos eco da insatisfação que suscitam muitas coisas que a Junta faz mal, é também aqui, e sem qualquer tipo de prurido, que lhes apresentamos os nossos parabéns por esta obra agora apresentada!

Apesar de já terem rotulado o Engenho de todas as cores do arco-íris político, reiteramos que cada texto aqui publicado não é mais que o reflexo da visão independente que cada autor coloca nas suas palavras. Umas vezes mais ásperas para uns, outras vezes mais suaves para outros, como é prova disso o texto que hoje vos trazemos. Lembramos que essas mesmas considerações visam apenas e só lançar o debate saudável, que numa democracia também ela de boa saúde exige.
Temos como sentido único chamar a atenção e tentar ajudar na solução dos problemas, que inquietam o dia a dia de todos os Brandoenses.

Faz hoje dois anos

Há 2 anos atrás, nesta mesma data, num dia que infelizmente não foi de mentira, a triste realidade de um caso trágico de violência doméstica bateu-nos aqui bem perto da porta. A História que trago aqui ao Engenho, foi extraída do jornal "Público", que relatava um caso extremo que culminou em duplo homicídio e suicídio ocorrido em Paços de Brandão.

"Um homem, com cerca de 40 anos, matou hoje de manhã a mulher de 40 anos e o cunhado de 38 e suicidou-se de seguida. O empresário de Paços de Brandão, Santa Maria da Feira, usou uma caçadeira de canos serrados para matar a esposa que se encontrava no escritório da oficina situada na zona industrial brandoense.
A mulher foi atingida na cabeça. Momentos antes o homem já tinha disparado contra o cozinheiro que se encontrava no restaurante, do qual era proprietário juntamente com a esposa.
O funcionário atirou-se para o chão e conseguiu sair pela porta da cozinha, procurando ajuda depois de bater nos portões de algumas fábricas que se encontravam em frente ao restaurante. O cozinheiro Paulo Jorge Soares conta que o casal estava a tratar do processo de divórcio e que o empresário já tinha ameaçado matá-lo e à esposa. Familiares que acorreram aos locais dos crimes confirmaram que o homem tinha dito, por várias vezes, que se iria matar.
O empresário matou ainda o cunhado num restaurante situado no centro da vila. Depois disso, suicidou-se perto de um parque da freguesia de Santa Maria da Feira. O casal deixa dois filhos menores, uma rapariga de 17 anos e um rapaz de 12. A Polícia Judiciária do Porto tomou conta do caso."

Esta efeméride triste, serve para nos recordar a todos para uma realidade, e quase proclamar este dia primeiro de Abril, como o dia anti-violência doméstica para Paços de Brandão! Fica, por isso, aqui a minha homenagem ás vitimas deste acto de barbárie.