Queima das Fitas envolveu a comunidade. Já lá vão 21 anos de tradição pelo ISPAB.
«Das vilas que têm Ensino Superior em Portugal, há Paços de Brandão e a Gandara, o que é "sintomático do espírito académico e de missão", do Instituto Superior de Paços de Brandão (ISPAB).
Só é possível com "muito amor à causa e sentido colectivo", assume Carmo da Silva, director da instituição.
A última edição da Queima das Fitas voltou a envolver a comunidade, com "espírito académico, muito carisma, entreajuda e amizade. Isso faz toda a diferença e enche-nos de orgulho. Há muitos anos que o ambiente académico é muito bom, há laços que se criam e que ficam para toda a vida", confia.
Atendendo ao número de alunos e de docentes, o ISPAB "apresenta uma vivência académica que é rara nos dias de hoje e, proporcionalmente, o instituto tem razões para se sentir orgulhoso. Não nos podemos, claro, comparar com uma instituição universitária, não temos sequer essa pretensão. Não nos podemos comparar com uma grande instituição politécnica, mas dentro da nossa realidade, procuramos que o ISPAB seja cada vez maior e que mais alunos nos procurem", constata Carmo da Silva.
São 21 anos de ISPAB, com uma ligação forte à região de Terras de Santa Maria. "Os alunos vivem a instituição com fervor e com muita noção dos limites, mesmo na Queima das Fitas. Elas e eles voltaram a demonstrar que sabem estar e como presidente da instituição assumo, publicamente, satisfação pela postura de todos. Nada de exageros, conseguem estar com a população brandoense, fazem com que o povo venha para a rua, ao contrário de muitos locais do país", define.
Apesar da conjuntura vivida no Ensino Superior não ser favorável, "vamos conseguindo ter alunos, ao contrário de outras instituições maiores, localizadas em cidades, com outras infra-estruturas e com outros apoios". O ISPAB, ao nível de apoios financeiros, "não dispõe de quaisquer benefícios estatais. As nossas fontes de receita são autónomas, são geradas por nós e não temos quaisquer apoios, a não ser quando enveredámos pelo desenvolvimento de programas de formação profissional. Mas não é isso que constitui a principal fonte de receita", adverte Carmo da Silva.
No fundo, o ISPAB vive das "propinas dos alunos e estamos sujeitos à lei do mercado, da oferta e da procura, mas os nossos alunos passam a palavra e o ambiente académico, que é único, do ISPAB atrai alunos de vários pontes da região norte do país e por vezes temos alunos do Centro e do Sul", releva.
O que "vemos a acontecer à nossa volta não é muito animador, muito pelo momento em que o país vive, as empresas e as organizações. Cada vez mais, encontramos dificuldades para conseguirmos pessoas com espírito de missão, porque não esqueço que temos a Fundação de Ensino e Desenvolvimento de Paços de Brandão, que é constituída por pessoas. A lógica de participação e de envolvimento são essenciais, mesmo sabendo que todas estas pessoas já deram ao longo de vários anos", afirma.»
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