segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 de Abril pelos olhos de um Brandoense em Lisboa- Belém

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De Belém

Hoje fui ver a chegada dos políticos ao Palácio de  Belém . Estavam muitas pessoas para visitarem o Museu da Presidência da República. Com um controlo muito  apertado para que não houvesse valdas na entrada.
As pessoas eram muito ordeiras e mesmo com todo o sol a dar-lhes na cabeça, não arredavam pé de uma fila, com cerca de 50 metros. O que era de admirar é que quem ia visitar o museu não tinha acesso ao local da cerimónia oficial do 25 de Abril.
De frente para a entrada oficial do Palácio de Belém, fui assistindo à chegada de algumas entidades oficiais, politicas e militares. Sem grande aparato lá iam chegando algumas caras conhecidas da política. Todos tinham algo em comum, eram as grandes máquinas, Mercedes e BMW com os respectivos choferes. Estes carros eram sempre motivo de alguns comentários das poucas pessoas que estavam ao meu lado.
Motivo de aplauso, foi a chegada de Otelo Saraiva de Carvalho, num mini Toyota, que me parece não haver mais pequeno. As pessoas deram vivas a Otelo – Assim é que é, há que dar exemplo. Também por outros motivos, ouve aplauso, desta vez para Passos Coelho, que já estava atrasado, isto cerca das 11h30. Passos, Passos, salva-nos, não era futebol e isto deu-me saudades do meu Paços de Brandão, Saudades à parte, o Passos lá acenou para as pessoas e a verdade se diga foi o mais sorridente.
 Como a sessão decorria à porta fechada e nada de interessante decorria, resolvi ir andando , de repente uma voz bastante audível se fez ouvir, dizendo que - Presidente que se alia a Nazistas é uma prostituta porca. Isto várias vezes até que vários Policias atravessaram a rua e logo o agarraram, impedindo este de se manifestar. Isto revoltou um pouco as pessoas presentes, mas havia muito medo de falar. Logo a seguir, perto do meio-dia, chega mais um atrasado, que motivou algumas risadas dos presentes e alguns comentários. Quem havia de ser Santana Lopes.
Ainda tive tempo de ver mais um acto de pura ditadura. Um jovem que estava a meu lado mostrando uma pequena lona, onde estava escrito, trabalho precário e sem trabalho, marido pró carálh..  foi de imediato preso por uma corja de policias. Ouve um apelo às armas por um ex militar ao qual me juntei e dei o meu apoio.

Avelino Almeida

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