Meu
povo,
Aqui
estou eu, vosso rei, para vos saudar e agradecer a vossa presença que há trinta
anos trazeis a este chão que D. Manuel, meu antecessor, se esqueceu de
mencionar no Foral que concedeu às terras da Vila da Feira, há 500 anos.
Caros
súbditos:
Eu
não me vou esquecer que fostes vós que me tornaste dono e senhor deste Reino de
Blandon que com tanta alegria hoje abrilhantais.
Assim,
solenemente vos prometo - e prometer é algo que pessoas na minha posição sabem
fazer muito bem. Para que vale um Rei que não faz promessas? Para nada!
Viva o Rei!
Toda
a gente sabe que as promessas são muito importantes e, sem elas, ninguém
consegue nada na vida.
Quem
nunca ouviu promessas? Eu Rei sei faze-las melhor que ninguém!
Viva o Rei! Viva o Rei!
Vós,
meus súbditos ides agora ouvir algumas - como já estais habituadinhos!
Se
se vão cumprir ou não, isso é outra história. O mais importante mesmo é fazer
as promessas e que toda a gente acredite nelas.
Vamos
então ouvir algumas dessas promessas:
Prometo
fazer deste chão uma eira: plana, sem buracos, onde podereis dar largas à
folia: desfilar, transitar, pular e dançar até descalços!
Viva o Rei Viva o Rei!
Dizei-me
então caros súbditos: Estais contentes? Estais contentes com o vosso Rei?
Eu
sei, eu sei. Quereis mais sombra no chão novo, sítios agradáveis para o
descanso! Mais sombra no reguengo dos meus amores. Vereis que tudo se vai
realizar com muito trabalho para distribuir por todos.
Podem
ser mais promessas. Mas promessas são boas!
Caríssimos
súbditos aqui vão mais:
Agrada-vos
o Burgo iluminado? Dessa maneira mais alqueires pagareis não é? Passa-vos a tristeza
e com mais luz mais alegria.
Pois
prometo-vos que no próximo advento tereis luz no pátio do burgo, nesta nossa magnífica
praça onde hoje vos recebo.
Viva o Rei! Viva o rei!
Áh!
Ia-me esquecendo de que vos prometera a capela nova a surgir no Parlamento. Mas
vede bem que os parlamentares não se entendem: uns acham que seria ai no
infantário, eu e outros achamos que seria melhor no Parlamento.
Mas
aqui vos prometo que ela ai vai surgir.
Bem vejo
como o vosso apreço por mim vai aumentando!
Entretanto
ides servindo-vos da casa do senhor de Santo Brás, lá dos montes de cima. Mas,
para vos facilitar a caminhada, mandei fazer, como sabeis, um tapete novo e sem
buracos. As jornadas assim ficam mais agradáveis!
Viva o Rei! Viva o Rei! Amo-vos meu
povo!
Caros
Súbditos,
Também
se murmura pelas tabernas cá do burgo que não tereis as tradicionais Festanças
nas romarias, tanto ao santo de lá de cima da Póvoa como a daqui do Pátio, a
dos arcos… Pois vos digo solenemente aqui, que já nomeei os conselheiros
laranjinhas da corte para iniciarem a construção de 100 arcos a serem colocados
o 1º aqui de fronte neste local solene. Os outros a serem colocados pelo tapete
novo. O último de fronte ao Santo Brás, nos arredores da leira da Póvoa.
Que
felizes ficareis! Que povo contente sereis.
Viva o Rei! Viva o Rei!
É por
tanto vos dar, por tanto trabalhar em prol deste meu povo e deste nosso chão
sagrado, que me sinto um Rei realizado.
Gostais
do vosso Rei?
Então
todos temos o que queremos. Prometo continuar neste rumo certo.
Quero-vos
felizes e prometo cá estar para o ano.
Viva o Rei! Viva o Rei!
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