O
Bloco de Esquerda teve conhecimento de que os 34 trabalhadores (33
mulheres e 1 homem) das empresas Sintagma Perfeito (NIF 509107206) e
Concha Numérica (NIF 509669611) se encontram em vigília à porta das
mesmas. Estas empresas operam na área do calçado, em especial na
costura, e ambas se localizam na Travessa Gago Coutinho, n.95, Freguesia
de Arrifana, concelho de Santa Maria da Feira.
Na
passada sexta-feira o empresário que tinha vendido as máquinas a estas
duas empresas foi buscá-las por falta de pagamento. As empresas Sintagma
Perfeito e Concha Numérica pararam de imediato a sua laboração. No
sábado seguinte, o responsável pelas duas empresas contactou as
trabalhadoras (umas via telefónica, outras por sms), informando que
entrariam de férias na segunda-feira 24 de março.
Acontece
que os 34 trabalhadores das empresas com sede em Arrifana ainda têm a
haver todas as horas extras realizadas em 2012 e em 2013, 50€ de
subsídio de natal de 2013, e parte do salário de fevereiro (uma vez que o
patrão lhes pagou, nesse mês, apenas 200€ de salário).
O
Bloco de Esquerda foi ainda informado que estas duas empresas têm
várias dívidas, tanto a fornecedores, como ao Estado (Segurança Social e
Finanças). Sabemos também que a ACT foi várias vezes às instalações
destas duas empresas por irregularidades várias em relação ao contrato
colectivo de trabalho.
As
trabalhadoras mantêm-se junto às instalações das empresas reclamando
não só os salários e horas extras em atraso, como também o seu posto de
trabalho.
O
BE teve conhecimento que o responsável desta empresa já teve varias
empresas, que ciclicamente encerram por insolvência. Este tipo de
prática é inaceitável e reveladora da incúria total por parte do estado.
Numa sociedade moderna e civilizada não se pode este tipo de práticas,
que são inaceitáveis e demonstrativas de políticas erradas por partes
dos sucessivos governos, que felicitam a vida aos “chicos espertos”.
Os
dirigentes do BE já estiveram hoje junto das trabalhadores, em
solidariedade. O líder parlamentar, Pedro Filipe Soares questionou hoje
mesmo o Ministério Solidariedade, Emprego e Segurança Social. ler aqui as perguntas
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