Por vezes quando nos surge algo completamente ridículo, reagimos geralmente de duas maneiras: uns soltam uma gargalhada que lhes lava a alma e purga o cérebro, e outros libertam o seu desagrado sob a forma de vernáculo e seguem em frente.
Quando numa visita ao cemitério de Paços de Brandão, no sentido de aferir da limpeza que a Junta estava a realizar dos passeios e terrenos (que pelos vistos está a realizar), estávamos longe de imaginar que, uma vez mais, o ridículo e a estupidez se misturavam na nossa terra.
Apesar da vontade de rir inicial, depressa a piada passou a algo mais sério, tornando-se matéria de reflexão profunda pelo Engenho, levantando à seguinte interrogação: Que alma possui estupidez tamanha para depositar um pneu velho num terreno do cemitério? Pelos vistos já lá devia estar faz algum tempo, pois as ervas que estavam a cobri-lo, cresciam do seu interior. O que significa, logicamente, que estaria bem visível aos olhos de todos antes das ervas crescerem. Por um lado, é à autarquia local que compete fiscalizar a limpeza dos terrenos do cemitério, os quais, mesmo sendo propriedade privada, podem ser alvo de notificação aos seus proprietários no sentido de serem limpos (incorrendo os mesmos, caso não o façam, no risco de perderem o direito ao mesmo, segundo a lei). Por outro lado, há todos os dias, e em particular no fim de semana, uma verdadeira romaria ao cemitério, no intuito de manter as campas dos seus entes queridos, limpas e asseadas. Facto que até aqui, nada tem que se lhe aponte! Contudo, quando o umbigo dessas mesmas pessoas sobe tão alto, ao ponto de lhes tapar os olhos (e por isso não verem este tipo de situações), nada fazem para corrigir o erro.
Podemos afirmar claramente que o ridículo da postura em sociedade esbarrou no mais estúpido que pode haver no ser humano, ou seja o egoísmo estóico!
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