terça-feira, 12 de julho de 2011

BE - Reivindica nova política monetária para a zona euro

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O deputado Pedro Filipe Soares esclareceu que o objectivo do Projecto de Resolução apresentado esta terça-feira pelo Bloco é acabar com “a política do ‘cada um por si’, que apenas tem levado a um empobrecimento global da Europa e a um aumento da especulação sobre as dívidas soberanas”, que deve ser “substituída por uma política solidária”.
Segundo o Bloco, “a insistência na austeridade está a mostrar-se ineficaz e coloca em risco as condições de vida de milhões de pessoas, bem como a própria Zona Euro”, sendo que “a crise da dívida soberana só se conseguirá resolver com mecanismos de política monetária capazes de criar crescimento económico e de responder às necessidades de financiamento dos países”.
Nesse sentido, o Bloco recomenda ao governo a “realização de esforços para uma nova política monetária para a zona euro em resposta à crise da dívida soberana”, o que implica que este “assegure junto do Conselho Europeu a urgência de agir junto do Banco Central Europeu” para proceder à “criação de um mecanismo de mutualização da dívida dos Estados Membros através da criação de um mecanismo de emissão dívida pública europeia conjunta”.
“A criação da emissão de obrigações públicas de dívida europeia, feita de forma conjunta na Zona Euro, potenciará o fim da especulação sobre a dívida soberana de cada um dos Estados e, ao criar um espaço europeu de dívida pública, diminuirão também os juros pagos pelos países para se financiarem”, defendeu o deputado.
Por outro lado, o Bloco defende uma “revisão da política monetária que permita a desvalorização cambial do euro face ao dólar, promovendo a competitividade das economias europeias periféricas e uma maior homogeneidade no crescimento económico da Zona Euro”.
Pedro Filipe Soares reiterou ainda o apoio do Bloco à criação de uma agência de ‘rating’ europeia, que constitui uma “necessidade cada vez mais consensual”, defendida por vários economistas e ex-chefes de Estado, entre os quais Jorge Sampaio, que “funcione de forma transparente e que clarifique as contas públicas dos países”.
Ler aqui o Projecto de resolução

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