Despedimento de trabalhadores da CorksRibas considerado ilegal
O Tribunal de Santa Maria da Feira dá razão a dois dos quatro trabalhadores despedidos ilegalmente em Setembro de 2009 pela empresa de cortiça CorksRibas (situada em São Paio de Oleiros, Concelho de Santa Maria da Feira). Incompreensível e lamentavelmente apenas dois dos quatro processos foram julgados. A justiça é muito lenta mas desta vez funcionou, ainda que apenas para dois dos quatro. Fez-se justiça, ainda que parcial.
Esta empresa despediu estes trabalhadores claramente por razões políticas/sindicais.
As sentenças dos dois processos julgados até agora, foram bem claras, a empresa não tinha qualquer razão para ter realizado o despedimento destes trabalhadores. O tribunal decidiu como era mais que óbvio dar razão aos trabalhadores.
Pelos dados que chegaram ao conhecimento do BE e que na devida altura denunciamos, esta empresa pertence a Américo Amorim.
Existem trabalhadores da CorksRibas que, ao longo da sua vida profissional nas instalações da empresa CorksRibas, foram alternando o seu vínculo contratual entre a empresa CorksRibas e o Grupo Amorim. Realça-se que a mudança do vínculo contratual nunca teve qualquer impacto ao nível das funções que os trabalhadores realizavam, nem a qualquer mudança do local de trabalho. A água e luz utilizada pela Corksribas eram provenientes da empresa Amorim Revestimentos, pertencente ao Grupo Amorim. Até a segurança nocturna das instalações de ambas as empresas era assegurada pela mesma pessoa.
Esta empresa apenas e só realizou este despedimento, porque sabe que a justiça é lenta e que deixa os trabalhadores desprotegidos.
Lamentavelmente os sucessivos governos (PSD/CDS e PS) ao longo dos anos têm aniquilado o funcionamento da justiça, facilitando a vida a quem quer transformar em escravos quem trabalha verdadeiramente neste País, que são os trabalhadores.
O Bloco de Esquerda saúda a resistência heróica destes trabalhadores, que para além de terem de se confrontar com a injustiça de terem sido despedidos por razões políticas/sindicais, ainda tiveram que enfrentar uma justiça que para quem trabalha funciona devagar, devagarinho e quase parada.
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