sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Um arco - GNR


A norte de Santa Maria da Feira há uma terra em que todos os anos desde, não se sabe quando, o povo faz uma festa chamada dos Arcos.
Entidades locais como a Junta de Freguesia pouco têm guardado dessa festa. Isso caberia á comissão de festas, mas diz quem sabe, que a Junta e a comissão raramente não andam de mãos dadas.
Desleixo inegável pois o portefólio, chamemos assim, dos Arcos dessa festa existe apenas em fotografias e vídeos, pois então? Tal desprezo pelo património cultural, não ajuda a guardar para o futuro, pelo menos os melhores painéis desses arcos que todos os anos "se erguem" no arraial ás custas de trabalho manual, vaidade e orgulho bairristas e embora sofrendo o mesmo destino ultrapassam os fontanários nas tradições da terra.
Cabe aos populares de cada freguesia concorrer com o seu arco que tem como directriz um tema livremente escolhido.
Este ano e desviando do habitual, já que quase todos versam sobre temas da terrinha ou terrinhas próximas
dela, (terrinha por carolice e carinho...), alguém se designou dedicar um arco ás forças de segurança e que se chama o arco da GNR.
Ora bem. Trata-se de um centenário certo? E essa terra lá esteve á altura da efeméride construído um arco com minúcia e detalhe que a todos deu nas vistas: de  políticos a padres, anónimos a terroristas e, punks etc...
Tanto deu nas vista que uns míseros de espírito e feitos mauzinhos de arraial sem ninguém á noite fizeram uma fogueirita e mudaram de cor o material de revestimento, assim mais para o chamuscado. Esse punkzitos de trazer por casa covardemente  se escondem e pintam igrejas, fazem uns grafites tipo BOSTÁX num baixo estilo underground, mas lá apareceram, os mesmos ou outros a manifestar-se...

Mas, vamos ao que interessa: Glória seja dada a esse arco por via tripla.

Via 1: A arte e minúcia do mesmo... (Aqui sem descurar os demais, incluindo o vencedor, e o do Café.)
Via 2: O reconhecimento dado ás forças da lei (GNR) a quem essa terra a norte da Feira vincou a efméride do seu centenário e a quem nós pedimos que nos protejam dos imorais, ladrões, condutores alcoolizados, etc... etc... e todos os que "pisem o risco" onde quer que eles estejam.
Via 3: O arco que menos passa despercebido, vitima de atentado e:

Aqui está o objecto do meu artigo: Alvo da visita do representante de quem é aí homenageado.

Pois é:
De tantos arcos feitos e temas abordados consta que nessa terra poucos ou nenhum homenageado, pelo menos que se saiba se deu ao cuidado de visitar e retribuir a honra feita. Alguns porque embora sendo homenageados já não estão entre nós, outros porque na sua falta de apreço ou tempo, digamos visão, não o fazem... Adiante.
O arco da GNR  de que venho falando teve a visita de Sua Exa. o Sr . João Filipe Figueiredo, Capitão de Infantaria e Adjunto da Repartição de Relações Públicas e Protocolo.
Em representação da entidade homenageada, reuniu com os elementos que o construíram e no arraial junto ao arco  trocou algumas palavras de apreço e reconhecimento distribuindo lembranças simbólicas por todos, lembranças de pequeno valor material mas de enorme simbolismo bem-vindo por todos os presentes. Apesar do mau momento que a GNR atravessa por questões conhecidas de todos há ainda alguém que fomenta o relacionamento com a sociedade civil a um nível acima da média.
Ficamos gratos e faço aqui um bem haja, em nome de todos os que participaram neste evento, para o representante dessa entidade que se deslocou a essa terra do norte da feira a que chamam:
Paços de Brandão

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