sábado, 25 de janeiro de 2014

Homem de 71 anos Brandoense salvou Russo de incêndio na Avenida da Sobreira

Na sequência da notícia que o Engenho adiantou ontem sobre o incêndio que provocou um ferido grave na Avenida da Sobreira, hoje o JN trazia os detalhes do sucedido que partilhamos com todos os nossos estimados leitores:

in: JN



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Herói de guerra salvou vizinho russo de casa em chamas

 

Um reformado de 71 anos, condecorado da guerra colonial por atos de bravura, salvou um vizinho de nacionalidade russa que se encontrava a dormir na habitação onde deflagrou um incêndio, na manhã desta sexta-feira, em Paços de Brandão, Santa Maria da Feira. O homem ainda conseguiu apagar o incêndio.

Cerca das 9.30 horas, Moisés Bastos estava a estacionar o carro junto a casa, quando a filha o alertou para o incêndio na habitação do vizinho. "Fui a correr e tentei deitar a porta abaixo ao pontapé. Como não consegui, parti o vidro e abri a porta, porque a chave estava por dentro", recordou, ao JN.
Ao tentar entrar na habitação, através da cozinha, Moisés apercebeu-se de que o fumo e as chamas tinham tomado conta do espaço.
 
"Estavam a arder os dois frigoríficos, o micro-ondas e os móveis. Peguei numa mangueira e comecei a apagar o incêndio", contou. "Tapei a boca com um pano e fui abrir as janelas, porque o fumo era muito e não se conseguia ver quase nada", acrescentou.

Moisés Bastos deslocou-se em seguida para o corredor de acesso ao quarto onde dormia o vizinho, um russo de 50 anos, que não se tinha apercebido do sucedido. "Estava a levantar-se já muito atordoado por causa do fumo que inalou. Ajudei-o a sair", referiu Moisés.

No entanto, o cidadão russo terá voltado à habitação para tentar salvar alguns bens. Acabaria por sofrer queimaduras de segundo grau nas costas e braços, ficando em estado grave devido ao fumo que inalou. Foi assistido no local pelos bombeiros da Feira e uma equipa da VMER. Foi depois transportado para o Hospital de São João, no Porto.

Moisés Bastos mostrava ter agido por extinto e lembrou que, já na Guiné, na guerra colonial, tinha evitado que um incêndio atingisse as munições de um paiol militar.

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