terça-feira, 14 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE PAÇOS DE BRANDÃO

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Caros amigos (as),

Nas últimas eleições autárquicas, dirigi-me pessoalmente, a todos os candidatos a autarcas, de todos os partidos, e, aos quais perguntava: «…será audácia a mais perguntar a todos Vós, candidatos a autarcas – prestai atenção, que eu digo todos Vós – avaliais suficientemente o que representa para esta Paróquia (Paços de Brandão) o conhecimento da verdade histórica das suas origens. Não Vos peço mais do que aquilo que não podeis dar.»

É claro que em Fevereiro de 2012, já tinha manifestado e referenciado, o que estava menos correcto à Junta de Freguesia de Paços de Brandão. Se num caso já lá vão dois anos para me darem uma simples resposta, no outro, apenas um partido tomou posição, através do seu candidato à autarquia, como é óbvio, tenho que agradecer ao BE. Também tenho que reconhecer, que a nível pessoal, tenho sido contactado por pessoas, que de certa maneira estão ligadas, tanto ao PSD, como ao CDS, que me têm manifestado o seu interesse em se interessarem pela verdade histórica das origens da nossa Paróquia.

Mas porque me estou, novamente, a interessar-me por este assunto?...Seria mais vantajoso, deixar estar tudo como está, mas, como tenho dito, só tenho procurado que a verdade histórica seja encontrada, nada mais me move, e, assim continuarei. 

Caros Amigos (as), tenho constatado que pessoas, que à falta de outros argumentos, se escudam com a tradição popular, para eles, e evidentemente, para todos aqueles que se interessem por História elaborei o artigo que oportunamente foi publicado, sob o título, A TRADIÇÃO NA HISTÓRIA, talvez todos aqueles que estudaram esta disciplina, revejam os seus conhecimentos e os apliquem em consciência e com o objectivo de se encontrar a verdade histórica.

Devo lembrar-Vos de que esta questão não é nova, e, nem sequer fui o único a referir-me a ela. Já em 1996, o Sr.Dr. A. De Almeida Fernandes, a pedido do Sr. Dr. Pinto de Oliveira, se referia a este assunto, e, particularmente à data de 1095, ele nos diz: «…o ano de 1095 seria inaceitável, porque está há muito arredado da historiografia para a  vinda do conde D. Henrique: de modo que o tal ”Blandon” não podia ter fundado Paços de Brandão nesses anos e não há os 900 anos em 1995, comemorados (e “lapidados”, pelo menos em projecto.». Também em Novembro de 2007, veio à estampa, um livro, com o título, OS BRANDÕES – Origens e Varonia (938-1663),do Sr.Dr. M. Antonino Fernandes, cuja “Dedicatória” é bem explícita quanto ao conteúdo do livro: «A toda a grande família Brandoense, sobretudo os naturais de Paços de Brandão, que se prezem da terra, do sobrenome e de conhecer as suas raízes históricas.»; e na sua “JUSTIFICAÇÃO”, diz-nos: «São tão anacrónicas e fabulosas as notícias que nos dão os Armorias e Nobiliários sobre as origens de algumas famílias portuguesas, que quem procure os ascendentes mais remotos da sua linhagem fica redondamente desiludido.»; e no que se refere concretamente ao  livro do Sr.Pde.Correia, diz-nos o seguinte: «A origem dos Brandões, recentemente tão enfatuada pelo P.Joaquim Correia da Rocha, em “recordar 900 anos de Paços de Brandão”, é mais um exemplo flagrante disso mesmo.»

Em documentos que enviei aos candidatos a autarcas, bem como à Junta de Freguesia de Paços de Brandão, e que agora vou levar ao Vosso conhecimento, podem constatar   que o que se encontra escrito, quanto às origens desta Paróquia, nos 900 anos, está de tal maneira afastado da realidade histórica, que teimar em não rectificar, o que lá se encontra relacionado, e, por mim já  por diversas vezes referido, é não prezar pela história desta Terra e muito menos em ter um  pequeno, que seja, interesse pela verdade histórica das origens de Paróquia de São Cipriano de Paços de Brandão.

Paços de Brandão, 08 de Janeiro de 2014
Carlos Alberto Sequeira Varela





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