Caros amigos
(as),
Nas últimas
eleições autárquicas, dirigi-me pessoalmente, a todos os candidatos a autarcas,
de todos os partidos, e, aos quais perguntava: «…será audácia a mais perguntar
a todos Vós, candidatos a autarcas – prestai atenção, que eu digo todos Vós –
avaliais suficientemente o que representa para esta Paróquia (Paços de Brandão)
o conhecimento da verdade histórica das suas origens. Não Vos peço mais do que
aquilo que não podeis dar.»
É claro que em Fevereiro de 2012, já tinha manifestado e
referenciado, o que estava menos correcto à Junta de Freguesia de Paços de
Brandão. Se num caso já lá vão dois anos para me darem uma simples resposta, no
outro, apenas um partido tomou posição, através do seu candidato à autarquia,
como é óbvio, tenho que agradecer ao BE. Também tenho que reconhecer, que a
nível pessoal, tenho sido contactado por pessoas, que de certa maneira estão
ligadas, tanto ao PSD, como ao CDS, que me têm manifestado o seu interesse em
se interessarem pela verdade histórica das origens da nossa Paróquia.
Mas porque me estou, novamente, a interessar-me por este
assunto?...Seria mais vantajoso, deixar estar tudo como está, mas, como tenho
dito, só tenho procurado que a verdade
histórica seja encontrada, nada mais me move, e, assim continuarei.
Caros Amigos (as), tenho constatado que pessoas, que à falta
de outros argumentos, se escudam com a tradição
popular, para eles, e evidentemente, para todos aqueles que se interessem
por História elaborei o artigo que
oportunamente foi publicado, sob o título, A
TRADIÇÃO NA HISTÓRIA, talvez todos aqueles que estudaram esta disciplina,
revejam os seus conhecimentos e os apliquem em consciência e com o objectivo de
se encontrar a verdade histórica.
Devo lembrar-Vos de que esta questão não é nova, e, nem
sequer fui o único a referir-me a ela. Já em 1996, o Sr.Dr. A. De Almeida
Fernandes, a pedido do Sr. Dr. Pinto de Oliveira, se referia a este assunto, e,
particularmente à data de 1095, ele
nos diz: «…o ano de 1095 seria
inaceitável, porque está há muito arredado da historiografia para a vinda do conde D. Henrique: de modo que o tal
”Blandon” não podia ter fundado Paços de Brandão nesses anos e não há os 900
anos em 1995, comemorados (e “lapidados”, pelo menos em projecto.». Também
em Novembro de 2007, veio à estampa, um livro, com o título, OS BRANDÕES – Origens e Varonia (938-1663),do
Sr.Dr. M. Antonino Fernandes, cuja “Dedicatória” é bem explícita quanto ao
conteúdo do livro: «A toda a grande
família Brandoense, sobretudo os naturais de Paços de Brandão, que se prezem da
terra, do sobrenome e de conhecer as suas raízes históricas.»; e na sua
“JUSTIFICAÇÃO”, diz-nos: «São tão
anacrónicas e fabulosas as notícias que nos dão os Armorias e Nobiliários sobre
as origens de algumas famílias portuguesas, que quem procure os ascendentes
mais remotos da sua linhagem fica redondamente desiludido.»; e no que se
refere concretamente ao livro do
Sr.Pde.Correia, diz-nos o seguinte: «A
origem dos Brandões, recentemente tão enfatuada pelo P.Joaquim Correia da
Rocha, em “recordar 900 anos de Paços de Brandão”, é mais um exemplo flagrante
disso mesmo.»
Em documentos que enviei aos candidatos a autarcas, bem como
à Junta de Freguesia de Paços de Brandão, e que agora vou levar ao Vosso conhecimento,
podem constatar que o que se encontra
escrito, quanto às origens desta Paróquia, nos 900 anos, está de tal maneira
afastado da realidade histórica, que teimar em não rectificar, o que lá se
encontra relacionado, e, por mim já por
diversas vezes referido, é não prezar pela história desta Terra e muito menos
em ter um pequeno, que seja, interesse
pela verdade histórica das origens de
Paróquia de São Cipriano de Paços de Brandão.
Paços de Brandão, 08 de
Janeiro de 2014
Carlos Alberto Sequeira
Varela
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