Na sequência de dois artigos publicados no Engenho sobre a História local Brandoense, cujo objectivo primeiro foi procurar conhecer a verdadeira história da nossa terra, secundado pelas várias evidências dúbias decorrentes da versão Oficial existente na Junta de Freguesia Brandoense. Os quais geraram uma série de observações, atrapalhadas e confusas de um familiar do autor de "RECORDAR 900 anos de Paços de Brandão de Padre Joaquim Correia da Rocha". Chegando inclusive repercussões ao Facebook do mesmo, mas que aqui não iremos divulgar (Não nos merecem ser alvo de reprodução palavras cuja compreensão só é alcançável pelo autor). Temos a divulgar o seguinte texto de resposta do Sr. Carlos Varela autor de "APONTAMENTOS HISTÓRIA DE PORTUGAL E LOCAL Paços de Brandão (IDADE MÉDIA)":
Caro
Eduardo,
Li, com muita atenção, a resposta (s), que pretendeu dar ao
que publiquei no Engenho, e, que não devia merecer, da minha parte, outra
resposta, senão sugerir ao Eduardo, uma melhor leitura da ” Minha Crítica de
História Local”, talvez, no caso de nunca ter estudado HISTÓRIA, procurar
qualquer compêndio desta matéria, talvez o José Mattoso, em “NAQUELE TEMPO – Ensaios de História
Medieval” – Temas e Debates – Círculo Leitores – 2009 (Prémio Pessoa), lhe
dê uma melhor concepção do que é a História Medieval Portuguesa. Talvez consiga
compreender que para se escrever sobre HISTÓRIA, tem que existir qualquer
espécie de documento, sem isso não se pode fazer qualquer comentário ou crítica
histórica, sem se entrar no campo lendário ou da ficção. Mas, se o Mattoso se
inscrever de uma leitura, muito complicada para o Eduardo, julgo que um
compêndio de História Geral da Civilização, de autoria de Adriano Vasco
Rodrigues, que se usava no antigo 3º Ciclo Liceal (6º e 7º ano), lhe poderá
servir de muita utilidade e esclarecimento, sobre qual é o «Conceito de
História».
Vem isto a propósito de o Eduardo afirmar: «…fazer história partindo do pressuposto
que o que se afirma ou se escreve tem sustentação, tem que se lhe diga…».
Será que o conceito de História, que o meu amigo tem, não se sustenta em
documentos verídicos? .Será que o Conde D. Pedro (filho bastardo de D. Dinis),
Alexandre Herculano, Oliveira Martins, Marquês de Abrantes, José Mattoso,
Damião Peres, e tantos outros historiadores, que com os seus trabalhos,
críticas, transcrições paleográficas, etc., nos enganaram? Será que os estudos
sobre o Mosteiro de Grijó, que Robert Durand efectuou, bem como o de Jorge de
Alarcão e Luís Carlos Amaral, são para desprezar e não levar a sério?
Caro Eduardo, não me leve a mal, mas terá que rever os seus
conceitos sobre História, não encare como se de um «dogma» se tratasse, o que
está escrito nos «900 Anos de P. B.», faça uma crítica severa ao que lá vem
expresso, reveja a evolução que tiveram os conhecimentos e evolução da nossa
História, no século XIX, e, que infelizmente só a partir de 1940, e até aos
nossos dias, tornou a despertar o interesse e melhor esclarecimento dos nossos
historiadores, não fique preso ao que a Inquisição e a censura obrigou este
País durante muito e muitos anos.
Quanto a questões de divergências políticas, seria
interessante, da sua parte, e de todos aqueles que gostem de História, não
misturar «alhos com bugalhos», tal trapalhada acaba sempre por dar em poucos ou
nenhuns esclarecimentos, para não dizer que acaba sempre mal. Mantenha a
imparcialidade, pois só assim poderá, livremente, efectuar qualquer crítica
histórica ou outra qualquer.
Porque gosta muito de consultar bibliotecas universitárias,
vou-lhe indicar o que poderá obter junto da Biblioteca da Universidade de
Coimbra, sobre a palavra “PALATIUM “
(elementos para a história desta palavra), «OPUSCULOS» - volume I – FILOLOGIA
(parte I), páginas 546 a 550, por J. Leite de Vasconcelos (Imprensa da
Universidade – Coimbra – 1928).
Quanto às questões sugeridas pelo Eduardo, elas são de tal
maneira confusas, que mais parecem um qualquer «arrazoado» de adjectivos, que
qualquer resposta que se lhes dessem, seria por em dúvida, digo mesmo
«humilhar» o trabalho de muitos historiadores, alguns já por mim mencionados
neste artigo, cujos trabalhos e documentos, serviram de suporte aos meus
“APONTAMENTOS”, e de consulta obrigatória para o que se possa escrever sobre
História. Como poderá verificar o que publico tem suporte documental fiável,
não é ficção nem de minha autoria, só escrevo aquilo que posso demonstrar com
documentos, pôr em causa os autores que fizeram a sua transcrição paleográfica,
com horas e horas de pesquisas, para que o cidadão interessado nestas questões,
tivesse ao seu alcance documentos com bastante valor histórico, é por em causa
tudo aquilo que historiadores, como José Mattoso, têm efectuado.
Paços de Brandão, 30 de Agosto de 2012
Carlos Alberto Sequeira Varela
Então Eduardo? Este comentário bem elaborado foi-lhe "enviado" há vários dias... Não o comenta?
ResponderEliminarSeja sensato!