quinta-feira, 8 de agosto de 2013

FUTEBOL FORMAÇÃO - CD PAÇOS DE BRANDÃO

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FUTEBOL DE FORMAÇÃO CLUBES PEQUENOS EM VIAS DE EXTINÇÃO 


Não sendo um problema (bem resolvido) resolvido, a verdade é que estava relativamente regulado e controlado. Os atletas da formação a partir de determinada idade, para mudarem de Clube, era indispensável o pagamento, pelo atleta ou pelo seu novo clube, de uma quantia, embora pequena (mas progressiva na razão directa da importância desportiva do clube que recebia o atleta) ao Clube anterior ou formador até então.

Há cerca de um ano, e por esta altura, determinou-se a liberdade total dos atletas para mudar de Clube, seja qual for a sua idade.

Acrescendo a este estímulo legal para um autêntico “rodízio” anual de atletas e respectivos pais que os seguem ou até estimulam, certos clubes da nossa praça, a fim de reforçarem as suas equipas, seduzem mais do que nunca atletas de outros Clubes com a promessa de dispensa de quotizações mensais e outras mordomias. Estas a maior parte das vezes não só não se concretizam, como, não raro, acabam arrependidos atletas e pais pela mudança e promessa de um paraíso inexistente.

Urge por o dedo na ferida e denunciar que estas situações de assédio fraudulento de alguns Clubes que, além de desleais para com os demais clubes, igualmente são discriminatórias dos próprios atletas e famílias.

E isso porque, sabendo-se, como se sabe, que a formação só funciona porque as quotizações dos atletas a estimula e fomenta, como se admite que os pais dos atletas que já se encontram nos clubes aceitem subsidiar não só a actividade do seu próprio filho como, além disso, a actividade de outros que chegam dispensados dessas quotas? – Para já não falar de estarem esses a subsidiar a própria perda da sua oportunidade de jogar, dado que o critério é o de “colher” (“roubar”?) noutros clubes jogadores que, supostamente, sejam mais-valias no clube que os assedia…

O Clube Desportivo Paços de Brandão repudia esta realidade, esta deslealdade, esta descriminação, e mesmo o mercenarismo juvenil que desta forma se está a promover e, tanto quanto tenha força para o fazer, irá pugnar para que esta forma de fazer formação e de educar os nossos jovens seja banida ou, pelo menos, devidamente sancionada, porque infelizmente não podemos prescindir das quotas dos atletas, para sobrevivermos. Os clubes ditos pequenos como o nosso, devem ter os dias contados a breve prazo. Trabalham para os “grandes”, e estes por sua vez é que vão ficando com os melhores. Continuo a dizer, que os carolas que ainda vão estando nestes clubes, vão desaparecer.

A Câmara Municipal deixou de ajudar quase na totalidade, as Juntas de Freguesia infelizmente nem verbas têm para o seu dia a dia. Quem deveria suportar estas despesas era o Estado, mas é melhor empurrar as responsabilidades para os clubes na formação dos jovens neste país. 

A bem dos próprios jovens!

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