É Natal!
Sim, o Natal chegou, as pessoas andam pelas ruas a pavonear-se e a vender sorrisos hipócritas a si mesmas e aos outros. Os outros que sendo iguais, na carne, nos ossos e no sangue, por vezes parecem tão diferentes e distantes que não os vemos, ou fingimos não os ver. Por estes dias de alegria disfarçada a que chamamos Natal, algures na nossa terra muitos vivem dramas. Uns pequenos, outros maiores e ainda outros que por aglomerarem uma tão grande panóplia de desgraças, nem temos palavra exacta para descrever.
O Engenho tomou conhecimento há alguns dias, que no Bairro de Riomaior, uma jovem mãe em fim de vida, vive este cenário dantesco: Um filho, uma doença em fase final, uma casa sem água, sem luz, sem gás e fome (apenas disfarçada algures entre a malga de sopa solidária que alguns vizinhos lhe dão).
Vicissitudes de má avaliação de um médico no centro de saúde local (rotulado de incompetente há muito), ou apenas o descuido dos que colocam a saúde depois da luta contra a fome. Ditaram um diagnóstico fatal e irreversível arrastando esta jovem para a contagem decrescente da vida...
Feito o cenário, fica a interrogação atónita: "Que sociedade é esta?"
As instituições ditas de "caridade" local ligadas à nossa bendita Igreja (e suas casas), que são juízes da moralidade e paladinos da verdade. Já decretaram que esta jovem, por histórico de uma família desajustada, não é merecedora de qualquer apoio (mais valia ser um cão na rua que teria mais atenção). Resta apenas pensar na bíblia e esperar que os bons Samaritanos façam algo...
O Engenho, faz aqui eco de um apelo que nos chegou via Facebook, de alguém próximo desta desgraça humana, onde se pede aos que possam e queiram ajudar sem preconceitos, que se dirijam ao Bairro Social de Riomaior e no local se inteirem desta realidade....
Bom Natal!
Não há palavras... nem deve haver, mas sim acções! Boas ações! Ajudemos esta familia
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