O Orçamento Municipal para 2013 é bem claro naquilo que são, afinal, as opções políticas do Executivo PSD em Santa Maria da Feira. Por um lado, quase que duplica a despesa referente a Operações Financeiras; por outro lado vê reduzido em 50% o dinheiro para a ação social no concelho.
Para o Bloco de Esquerda, numa altura em que a pobreza aumenta a cada dia que passa, é
imprescindível que as entidades públicas reforcem os seus orçamentos
para fazer face a esta autentica tragédia social que é a pobreza e a
fome, derivada do desemprego galopante e dos baixos salários.
Ao
diminuir em 50% as verbas para ação social, esta autarquia laranja
demonstra a sua marca ideológica, insensibilidade social total. Para os mais necessitados oferece uma mão cheia de nada.
Ao
longo dos últimos anos a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira tem
aderido a programas como o Pagamento a Tempo e Horas e, mais
recentemente, ao PAEL, que têm servido, na verdade, para empurrar para o futuro a dívida do presente. Acontece que a saúde financeira da Câmara Municipal da Feira é recorrentemente periclitante.
Tendo
assinado o PAEL, espécie de memorando da troika a nível local, o
município vai passar 2013 a pagar mais juros à banca, enquanto corta em
funções essenciais, como a ação social. Não é por acaso que Executivo
apresenta um Orçamento que prevê mais de seis milhões de euros em juros
e passivos, ao mesmo tempo que reduz a ação social.
Perante estes factos, há várias questões a que o PSD deve dar resposta:
1) No momento em que Portugal conhece a maior crise social desde a ditadura, provocada pelo governo PSD e CDS, é intenção da Câmara Municipal agudizar essa crise no concelho, cortando no apoio aos mais necessitados e desfavorecidos, à semelhança do governo central?
2)
Porque razão foi criado este buraco financeiro nas contas do município
que tem levado à adesão consecutiva a programas de pagamento e que levou
agora a aderir ao empréstimo ao abrigo do PAEL, que exigirá milhões de
euros em juros e outras despesas com operações financeiras?
3)
Para onde foi o dinheiro ao longo dos tempos, uma vez que os feirenses o
que mais vêm das promessas do PSD é a sua inexistências? Prometeram
dois centros coordenadores de transportes. Não fizeram. Prometeram a
Caixa das Artes. Não fizeram. Prometeram o PEC. Não fizeram. Prometeram
investimento. Não fizeram. Há anos que prometem a conclusão do
saneamento. Ainda não fizeram! O planeamento urbanístico está por fazer e
o concelho sofre de necessidades básicas, como, por exemplo, a
existência de passeios ou a qualidade da rede viária municipal. Nada
disso foi feito, mas isso não impediu que se criasse um buraco
financeiro. Porquê? Para onde foi o dinheiro? Quem ficou com ele?
4) Chegados a 2013, percebemos que não só essas promessas não serão concretizadas, como irão também retirar apoio social no concelho, depois de já terem retirado o apoio a associações e coletividades e depois de terem colocado as Freguesias à míngua. É então a prioridade da Câmara Municipal e do PSD proporcionar lucros, em juros, à banca em vez de investir socialmente no concelho? Parece ser o que o Orçamento para 2013 indica!
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