O inacreditável está acontecer no hospital S. Sebastião em Santa Maria da Feira. Este hospital está a recusar realização de determinados exames, alegando que são dispendiosos, colocando assim em causa a qualidade dos diagnósticos e em risco a saúde dos utentes.
Ainda na passada quinta-feira esta unidade hospitalar negou a realização de um exame a um utente alegando que seria demasiado caro.
O utente em causa é doente hepático
e deu entrada nas urgências do hospital S. Sebastião com abdómen
inchado, má disposição e dificuldade em comer. Depois de uma ecografia,
foi detetado o que parecia ser uma redução de fluxo sanguíneo na veia porta hepática, situação que poderia indiciar algo grave, mas que precisava de confirmação, uma vez que a ecografia não poderia ser conclusiva.
No entanto, o hospital S. Sebastião recusou fazer uma angioTAC, exame que permitiria despiste e disgnóstico sobre o detetado em ecografia, por alegadamente ser um exame caro. Decidiu-se, por isso, a dar alta ao paciente, que saiu com diagnóstico inconclusivo e apresentando os mesmos sintomas que tinha quando entrou nas urgências várias horas antes.
O Bloco de esquerda obteve a informação que este não foi um caso isolado, tendo vários utentes indicado que este hospital se recusa a fazer determinados exames, alegando que são dispendiosos. Esta prática coloca assim em causa a possibilidade ter obter um diagnóstico conclusivo e a qualidade dos atos médicos.
"O Conselho de Administração (CA) do Hospital S. Sebastião disse à Lusa que o Centro Hospitalar realiza anualmente "mais de 20 mil exames de tomografia computorizada" e que não existe "nenhuma restrição à sua realização".
ResponderEliminar"Na situação apresentada, o exame não foi realizado exclusivamente por razões de natureza clínica, e por decisão dos médicos que intervieram no processo de tratamento do doente", acrescenta o CA do hospital de Santa Maria da Feira."
Pro Bloco de Esquerda vale tudo. Não têm vergonha na cara.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=2961807
parece que ainda há quem defenda administração do hospital. eu trabalho no S. Sebastião e a denuncia é verdadeira
ResponderEliminarEu também trabalho no hospital e a denúncia é falsa. ( Não trabalho nada, mas mostro que anonimamente qualquer um pode dizer o que quiser.)
ResponderEliminarInfelizmente esta denúncia não é nada de novo, hás muito que se sabe que existem plafons máximos de gastos que este Hospital pode gastar em cada doente. São as imposições de administrações hospitalares que ideologicamente entendem que as pessoas são números e não gente. Quem de nós quer saber se gastam 1euro ou 1 milhão para nos curarem? É isto o serviço nacional de saúde universal e tendencialmente gratuito na sua essência, que há uns anos (e esta denúncia peca por tardia) vai sendo deslapidado. Embora custe entender que o tenham dito de modo tão óbvio na situação descrita na notícia, todos os profissionais de saúde sabem que estão restringidos nas suas funções de curar vidas por orçamentos, que incluem idades e viabilidade dos tratamentos...cuidem-se os maiores de 65 anos...
ResponderEliminarHá pessoas que não compreendem que a saúde custa dinheiro. Queixam-se que os impostos (que financiam a saúde) aumentam mas depois queixam-se porque alguém corta para não aumentar mais os impostos. O pessoal não compreende que os recursos têm fim e saem muito caro a toda a gente. Mas continuam a bater-se para no papel tudo seja gratuito...
ResponderEliminarO Acesso à saúde deve ser gratuito, e de acesso universal a todos! Jamais deveria ser a carteira a definir os que morrem e os que podem viver...isso é inaceitável numa sociedade evoluída e moderna, não obstante é este o caminho que estamos a construir com os ideólogos que estão no poder! O problema do SNS, é estar desajustado e desorganizado, temos bons exemplos de como algumas mudanças melhoraram para melhor o seu funcionamento, como é o caso das consultas abertas. Porém, temos outro exemplo do quão negro pode o outro lado, ou seja, a privatização de serviços essenciais de saúde...Viva o lucro fácil! Alguém quererá morrer por falta de um médico??
ResponderEliminar