Depois deste governo PSD/CDS ter decretado a "morte" da linha do vale do Vouga, eis que uma reviravolta totalmente inesperada (ou não), vem trazer a possibilidade de uma nova vida a este percurso de caminhos de ferro!
Ao que tudo indicia no Jornal Público, Castro de Almeida, Presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, encabeça uma proposta de projecto de requalificação da via. Tal como tinha sido enfatizado pelo Engenho há uns tempos atrás, o suposto encerramento da linha do Vouga tratou-se de um ardil, para que privados viessem tomar conta da via, e assim será se este investimento que ronda os 35 milhões de euros for por diante!
Este projecto visa uma requalificação do trajecto entre Oliveira de Azeméis e Espinho. Sendo que a principal novidade é a da electrificação da via e consequente substituição das composições, o que irá permitir ligações directas à cidade do Porto. O projecto prevê uma duração de 4 anos para a concretização da obra, e ainda o ajustamento de alguns troços do trajecto, de forma a poder servir melhor as populações, sobretudo no concelho da Feira. Acreditamos, tal como este autarca, que o projecto é realista e exequível, como tal, é importante que o nosso edil autárquico Brandoense (Mino) não se deixe dormir, e diligencie desde já o que for necessário, para que Paços de Brandão não venha a perder a sua estação, pois sem dúvida, isso será uma enorme mais valia para a nossa vila, e para as suas gentes!
O encerramento da Linha do Vouga está previsto no Plano Estratégico dos Transportes (PET), apresentado pelo Governo no ano passado, mas o fecho da ferrovia com 103 anos de actividade ainda não se concretizou. Os autarcas dos municípios de Entre Douro e Vouga e da Junta Metropolitana do Porto consideram que o caminho-de-ferro que liga Espinho a Aveiro tem viabilidade e defendem a sua requalificação em vários aspectos. As ideias, que merecem a aprovação da Associação de Municípios de Terras de Santa Maria, foram comunicadas ao Governo e constam no relatório encomendado para a reformulação do sistema de transportes das áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa.
O presidente da Câmara de São João da Madeira, Castro Almeida, reconhece que a actual configuração da Linha do Vouga não não dá resposta às necessidades das populações. "Serve poucas pessoas e serve mal", admite. Por isso, considera necessário proceder a alterações no traçado da linha por onde circula o Vouguinha desde Novembro de 1908. "Precisamos de garantir uma ligação directa da Linha do Vouga à Linha do Norte, por forma a que alguém que entre em Oliveira de Azeméis, São João da Madeira e Santa Maria da Feira possa ir até ao Porto sem mudar de comboio", adianta. Esse entroncamento, explica o autarca, "obriga a electrificar a Linha do Vouga, a alterar a bitola e a fazer algumas correcções de traçado". As alterações propostas pretendem tornar a Linha do Vouga compatível com a do Norte, aumentar a velocidade do Vouguinha de 30 para 80 quilómetros por hora e dotá-la de um traçado que sirva os grandes aglomerados populacionais, sobretudo algumas zonas da Feira.
As contas estão feitas. A requalificação da Linha do Vouga, nesses moldes, requer um investimento de 35 milhões de euros. Castro Almeida garante que o Governo não precisará de investir um cêntimo, se esse encargo fizer parte da concessão que será feita à CP-Porto - e que, dessa forma, poderia acrescentar mais um ramal aos três que já possui. "Desta forma, não era preciso pedir um cheque ao Governo." O autarca insiste que a remodelação da Linha do Vouga é um pedido realista, que tem em conta as dificuldades financeiras do país: "Não estamos a pedir a lua, o valor é pouco mais de um quilómetro de custo do metro do Porto."
O grupo parlamentar do PSD apresentou na Assembleia da República um projecto de resolução (ver caixa), tal como já fizeram o PCP e o BE, pedindo ao Governo para estudar uma alternativa ao fecho da Linha do Vouga. "A viabilização da modernização desta linha com efectivo potencial poderá transformar este meio de transporte numa referência e exemplo de sustentabilidade, se se souber dar responsavelmente o passo certo, em associação com os parceiros adequados e com benefício das populações locais e das contas públicas", refere-se no documento. O PSD quer, assim, que o Governo avance com um projecto, juntamente com as câmaras municipais e outros parceiros, para a reabilitação da ferrovia do Vouga.
"Título de cidadania"
Além da requalificação da Linha do Vale do Vouga, Castro Almeida propõe que o Andante, já utilizado no metro do Porto, nalguns comboios e nos autocarros da STCP e de alguns operadores privados, seja adoptado como título de transporte em toda a Área Metropolitana do Porto, podendo ser utilizado também na Linha do Vouga. O autarca considera que o Andante será um "bilhete de identidade metropolitana", um "título de cidadania metropolitana".
As contas estão feitas. A requalificação da Linha do Vouga, nesses moldes, requer um investimento de 35 milhões de euros. Castro Almeida garante que o Governo não precisará de investir um cêntimo, se esse encargo fizer parte da concessão que será feita à CP-Porto - e que, dessa forma, poderia acrescentar mais um ramal aos três que já possui. "Desta forma, não era preciso pedir um cheque ao Governo." O autarca insiste que a remodelação da Linha do Vouga é um pedido realista, que tem em conta as dificuldades financeiras do país: "Não estamos a pedir a lua, o valor é pouco mais de um quilómetro de custo do metro do Porto."
O grupo parlamentar do PSD apresentou na Assembleia da República um projecto de resolução (ver caixa), tal como já fizeram o PCP e o BE, pedindo ao Governo para estudar uma alternativa ao fecho da Linha do Vouga. "A viabilização da modernização desta linha com efectivo potencial poderá transformar este meio de transporte numa referência e exemplo de sustentabilidade, se se souber dar responsavelmente o passo certo, em associação com os parceiros adequados e com benefício das populações locais e das contas públicas", refere-se no documento. O PSD quer, assim, que o Governo avance com um projecto, juntamente com as câmaras municipais e outros parceiros, para a reabilitação da ferrovia do Vouga.
"Título de cidadania"
Além da requalificação da Linha do Vale do Vouga, Castro Almeida propõe que o Andante, já utilizado no metro do Porto, nalguns comboios e nos autocarros da STCP e de alguns operadores privados, seja adoptado como título de transporte em toda a Área Metropolitana do Porto, podendo ser utilizado também na Linha do Vouga. O autarca considera que o Andante será um "bilhete de identidade metropolitana", um "título de cidadania metropolitana".
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