sexta-feira, 18 de abril de 2014

Bloco de Esquerda contra mais um ataque à Saúde no distrito de Aveiro

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Bloco de Esquerda contra mais um ataque à Saúde no distrito de Aveiro
A Portaria n.º 82/2014, de 10 de abril, vem alterar a organização da rede hospitalar em Portugal, condenando alguns serviços ao desaparecimento. Com a reestruturação prevista na Portaria, a população do distrito de Aveiro fica claramente prejudicada e mais longe de cuidados de saúde essenciais. O Governo afasta a Saúde das pessoas.

Segundo o critério definido na Portaria, o Centro Hospitalar do Baixo Vouga e o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga serão classificados como Grupo I, ou seja, o grupo mais baixo desta classificação. Outro, o Centro Hospitalar de Gaia e Espinho irá perder mais uma valência: a cirurgia cardiotorácica.
O Bloco de Esquerda considera que este é um novo ataque do Governo ao Serviço Nacional de Saúde. Por isso, o Bloco de Esquerda já requereu a presença do Ministro da Saúde no Parlamento e já manifestou a sua firme oposição a esta medida que terá como consequência piorar os serviços de saúde prestados e arranjar negócio para os privados.
Só o encerramento da cirurgia cardiotorácica do Centro Hospitalar de Gaia e Espinho afetará 1 milhão e 300 mil pessoas que estão sob a área de influência da unidade de saúde. A classificação do Centro Hospitalar do Baixo Vouga e do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, equiparadas a unidades locais de saúde, pode representar o desaparecimento de valências como a urologia, gastrenterologia, cardiologia ou a imuno-alergologia, entre outras, privando a população de todo um distrito de poder aceder, de forma pública e universal a estes cuidados de saúde.
Com esta portaria o Governo vem prejudicar a população do distrito de Aveiro que verá o distrito a perder novas valências depois de, nos últimos anos, já se terem ficado sem maternidades, urgências, e valências de internamento e cirúrgicas em vários hospitais. Todos ficam pior, exceto os serviços privados a quem o SNS acabará por ter que contratualizar serviços, alegando falta de capacidade de resposta do SNS.
Esta opção, que já deu mau resultado na Região de Lisboa e Vale do Tejo com a contratualização de serviços ao Hospital da Cruz Vermelha, corre o risco de ser alastrada a todo o país, para mal dos utentes e do SNS, mas para gáudio dos privados.
O Governo PSD / CDS já cortou 1,6 mil milhões de euros no Serviço Nacional de Saúde e pretende continuar. Esta portaria representa o decreto de novos encerramentos de serviços de saúde. O Governo continua, assim, a sua senda na destruição de um serviço nacional de saúde que deve ser universal, gratuito e próximo da população.


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