Foi há 40 anos que na madrugada deste dia 25 de Abril se começou a desenhar, aquilo que viria a devolver ao povo Português a liberdade que a opressão de uma ditadura fascista de Oliveira Salazar retirara durante tantos anos.
Um golpe militar perpetrado por um grupo de capitães e ao qual a população aderiu espontaneamente, resultou numa revolução que hoje apelidamos de "revolução dos cravos" onde as balas foram substituídas por flores e quase não se dispararam tiros.
40 anos depois, entre todos aqueles que devemos lembrar e agradecer por estarem por trás do que hoje é nossa democracia, os artistas serão talvez dos que desempenharam um papel mais relevante. De entre todos Zeca Afonso foi sem dúvidas o mais importante.
Infelizmente nos dias de hoje, quando a nuvem de uma quase ditadura nos assombra, estranha-se a ausência do mundo artrítico na contestação que se avoluma. Sinónimo talvez de um conformismo crónico estas vozes fazem falta.
Assim sendo para honrar este 40º aniversário do 25 de Abril vamos dar voz à indignação e ao protesto sem censura nem palavras bonitas: "Vernáculo (para um homem comum)" dos UHF:
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