sexta-feira, 1 de novembro de 2013

BE lamenta o abandono a que foi posto o património no concelho da Feira

Enviado por e-mail:

O património é um elemento fundamental para a cultura e para a identidade e história de um povo! Por isso, deve ser preservado, recuperado e dinamizado culturalmente. O concelho de Santa Maria da Feira é rico em património imóvel, património muito diferente, de épocas distintas e que contam histórias distintas, mas, no final, contam a história do concelho e da população de Santa Maria da Feira.

É exatamente porque o património é tão importante e porque o concelho é tão rico nele que o Bloco de Esquerda acha incompreensível como se abandonou o património no concelho.

O Bloco de Esquerda teve a oportunidade de nos últimos dias visitar o património castrejo do concelho, tendo visitado o local onde se encontra o Castro de Romariz e o local onde se encontra o Castro de Fiães. Constatou que, embora os casos sejam distintos entre si, o que é notório é que a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira há muito deixou de dar importância a estes tesouros arqueológicos que existem no concelho.

No caso do Castro de Romariz, o local encontra-se vedado e inacessível à população. Não há qualquer indicação informativa nas entradas de Romariz sobre a sua existência e a parca sinalética que existe na Freguesia apenas serve para que as pessoas se possam perder sem nunca encontrar o dito Castro. A estrada de acesso ao Castro convida qualquer visitante a voltar para trás e, mesmo os que consigam chegar até ao local, apenas conseguem ver uma rede verde que veda um monte, sem que se perceba o que está ali. Não existe nenhuma informação, nenhuma imagem, nenhuma contextualização histórica ou descrição. Como o Castro não é visível a partir da rede e como este se encontra vedado, qualquer pessoa que o queira visitar, não pode.

O caso do Castro de Fiães é ainda mais preocupante porque se encontra destruído. Situado no Monte de Santa Maria, deduz-se que esteja bastante destruído por causa de uma pedreira que ali funcionou e porque, recentemente se licenciaram obras de construção de moradias nos terrenos onde este se localizava. Sabe-se que no passado foram feitas escavações e investigações arqueológicas ao local mas, tudo o que foi feito, perdeu-se no tempo. Hoje resta um amontoado de silvas e de terra que cobriu qualquer vestígio arqueológico daquele que se julga ser o Castro mais importante da região à época dos celtas!

É lamentável que o património seja tratado desta forma e o Bloco de Esquerda propõe que se tomem medidas imediatas para a valorização patrimonial e cultural destes imóveis:

- Desde já, devem ser criadas rotas turísticas, acompanhadas de percursos pedonais e outros;
A freguesia de Romariz deve ser dotada de placas informativas e descritivas daquele espaço; a sinalética deve ser apropriada e o Castro deve ter, à sua entrada, informação que reflita da importância daquele espaço arqueológico;
- O Castro de Romariz deve deixar de ser um espaço fechado e a Câmara Municipal, até em conjunto com a Junta de Freguesia, devem encontrar forma de este ter entrada aberta à população;
- O Castro de Fiães deve ser protegido naquilo que ainda resta e devem ser retomados os trabalhos de escavação, investigação e recuperação, protegendo-o e proibindo mais construção nas suas imediações;
- Este e outro património deve ser valorizado turística e culturalmente a partir de iniciativas a decorrer nos locais.

Para o Bloco de Esquerda, é urgente que se atue nesta área, sob perigo de o património histórico do concelho se destruir ou ficar esquecido com o tempo.

O deputado Pedro Filipe Soares face à situação de abandono do património por parte da autarquia, questionou Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico, ler aqui as perguntas

Sem comentários:

Enviar um comentário