As histórias do avô Pedro por Bárbara Cabeça

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Todos nós temos aquele familiar que é um ilustre contador de histórias, que encanta geração atrás de geração com as suas aventuras e desventuras.

No meu caso foi o meu avô que me maravilhou a mim e aos meus irmãos assim como a restante família com as suas histórias vividas por esse mundo fora.

Porém dou conta que ao longo dos tempos fui esquecendo pormenores, esquecendo histórias e também a mesma história nunca era contada duas vezes da mesma maneira. E não posso deixar que isso aconteça porque espero um dia deslumbrar os meus filhos e os meus netos com as aventuras do avô Pedro.

O avô Pedro é um senhor que sempre foi velhinho... Nunca teve muita coisa a fazer, só estar ali estar presente nos nossos dia a dias e despertar a casa como uma espécie de "cucu", sabe os horários de todos de cor e para ele despertar a casa e desporto. É um herói reformado. Não tem farda de super-herói, tem apenas uma barriga grande e gosta muito de dormir.

Acho que já nasceu careca, pelo menos nunca o vi doutra forma tem apenas uns cabelinhos brancos a volta da cabeça, e suponho que sempre tivesse sido assim, numas fotos da sua juventude vê-se uma cabeleira farta mas a mim ninguém me engana tudo photoshop.

Usa uns óculos muito antigos, mas agora já lhe custa abrir os olhos.
Tem umas pernas muito magrinhas e passeia muito devagar, mas dá-nos sempre a mão.
Conduzia muito devagarinho e ás vezes enganava-se nos caminhos. Tem sempre razão e é um bocado rabugento.

Em tempos foi o melhor jogador de ténis do mundo e um grande nadador, pelo menos assim reza a lenda.

Jogava muito bem ás cartas e fuma até a dormir na sanita.

Canta muito bem fado, melhor que qualquer profissional, mas essas canções apesar de serem tristes para crianças sempre foram as minhas favoritas. Sabe algumas canções mais engraçadas mas os pais não gostam que ele as ensine aos filhos pois segundo eles são maldosas...

É casado com a Biba desde sempre e ainda gosta muito dela, é a pessoa que ele mais ama no Mundo.

Gosta de comer coisas estranhas como língua e quer sempre usar uns temperos muito raros, que traz dos seus tempos em angola.

A minha homenagem ao meu avô, Pedro Cabeça que por nos sera sempre lembrada e cuja partida sempre será sentida.

Bárbara Cabeça 

«O meu avô infelizmente faleceu a semana passada eu já algum tempo escrevi-lhe uma pequena dedicatória para o homenagear e se possível gostava de ver este ultimo elogio a ele no blog, afinal foi um senhor querido aqui em Paços e que aqui deixa todos os seus amigos e familiares.»

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