sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PCP - Saudação à greve Geral

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A Comissão Concelhia de Santa Maria da Feira do Partido Comunista Português saúda todos os trabalhadores que aderiram hoje, 14 de Novembro, à Greve Geral convocada pela CGTP-IN, em particular aqueles que o fizeram nas empresas, serviços, organismos e locais de trabalho no concelho de Santa Maria da Feira. Nos mais variados sectores, foram muitos os que decidiram não ficar em silêncio perante as políticas de destruição do tecido económico e social levadas a cabo pelo actual governo, sob a batuta da troika estrangeira, naquela que é já uma das maiores ofensivas ao trabalho da nossa história democrática. Hoje, 14 de Novembro, milhões de trabalhadores em toda a Europa decidiram não baixar os braços: a resposta dada pela greve internacional encontra-se à altura do ataque dirigido aos trabalhadores e ao povo, e está está em curso aquela que é uma das maiores greves gerais já realizadas em Portugal. O cartão vermelho mostrado hoje pelos trabalhadores e trabalhadoras à política de direita é claro e inequívoco: o Governo não pode continuar este caminho de destruição do trabalho – é preciso e urgente mudar de rumo, mudando de governo e, sobretudo, mudando de políticas.

 No Concelho de Santa Maria da Feira e no distrito de Aveiro a voz dos trabalhadores assumiu proporções altamente significativas, nos mais diversos sectores: como revelam os números que a toda a hora estão a ser divulgados, foi clara e expressiva a adesão dos trabalhadores da indústria, com destaque para empresas como a Corticeira Amorim (Mozelos), Amorim Revestimentos (S. Paio de Oleiros e Lourosa), Amorim & Irmãos (S. Maria de Lamas), Socori (Rio Meão), Huber Tricot (Santa Maria da Feira) e Christian Dietz (Lourosa); no sector da saúde, onde, no Hospital de São Sebastião, funcionaram apenas os serviços mínimos entre as 23 e as 8 horas, e com uma forte paralisação no Internamento e adesão quase total em RX e Consultas Externas ao longo do dia; no sector dos funcionários judiciais, com mais de metade dos serviços do Tribunal Judicial de Santa Maria da Feira encerrados e com o Tribunal do Trabalho com paralisação de 100%; nos CTT, com o Centro de Distribuição Postal de Santa Maria da Feira parcialmente parado; a administração local aderiu também de forma clara a esta Greve, com o sector operativo da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira a registar dados de adesão na superiores a 80%; no ensino, para além de vários Jardins de Infância e Escolas Básicas (EB1’s) parcial ou totalmente encerrados, a EB 2/3 de Paços de Brandão, o Agrupamento de Escolas de Lobão e a Escola Secundária de Santa Maria da Feira encontram-se hoje encerrados, a EB 2/3 Fernando Pessoa e o Agrupamento de Escolas de Arrifana com o funcionamento a níveis mínimos. 

Esta assinalável jornada de luta culminou com a Praça de Greve realizada na cidade de Santa Maria da Feira, onde largas dezenas de trabalhadores se concentraram a partir das 15 horas para acompanhar a divulgação dos resultados da adesão à greve e participar no comício da União dos Sindicatos de Aveiro, com intervenções dos representantes dos trabalhadores do distrito. O trabalho intenso de dinamização levado a cabo por piquetes de greve, dirigentes sindacais, comissões de trabalhadores e quadros activistas de apoio aos piquetes, dando expressão ao descontentamento dos trabalhadores, resultou numa das maiores mobilizações de que há registo. 

Nem as pressões e estratégias de chantagem conseguiram impedir a adesão massiva à Greve Geral: as tácticas de exercício de pressão através do posicionamento de elementos da administração das empresas junto aos portões nas mudanças de turno, em clara atitude de provocação e inibição dos trabalhadores grevistas, no que constituiu, em alguns grupos empresariais, um verdadeiro “contra-piquete”, nada puderam contra os muitos que tomaram a digna decisão de exercer o direito constitucional à Greve, assim como também nada puderam as manobras de chantagem psicológica através de ameaças, pressões salariais, ultimatos e provocações. Os trabalhadores de Santa Maria da Feira deram, hoje, uma inequívoca prova de democracia e participação, demonstrando que a luta dos que trabalham é o caminho para vencer a crise do capital. 

Trata-se de um valioso contributo para o reforço da democracia e da participação cívica, constituindo-se como a oportunidade de os trabalhadores e trabalhadoras expressarem justamente a sua indignação, enviando daqui uma mensagem clara aos directórios nacionais e internacionais que pretendem levar a cabo a destruição das economias nacionais: contra a exploração e o empobrecimento, por um Portugal com futuro, 

Viva a Greve Geral! A luta continua.

 14 de Novembro de 2012
 O Executivo da Comissão Concelhia do PCP de Santa Maria da Feira

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