Com a entrada em
vigor da nova lei das transferências dos
atletas amadores, estes vão poder mudar de clube até à idade de sénior sem que
os clubes de formação, recebam qualquer taxa sobre a sua transferência.
Só quando algum
atleta assine como profissional por outro clube, é que aí os clubes de formação
vão poder reclamar e receber uma compensação, mediante os anos que o atleta
esteve ao seu serviço.
Na minha opinião
pessoal esta lei só vai facilitar ainda mais a vida aos grandes clubes. Já não
bastava a livre transferência até aos catorze anos, onde os clubes “pescadores”
os levavam desde os sete anos de borla, para agora escolherem o que lhes
interessa e sem qualquer contrapartida, para os clubes formadores.
Por norma os atletas
nos clubes de formação pagam uma quota, mas esse valor é para o clube cobrir
várias despesas (luz, água, gaz, seguro, inscrição, taxas jogo, arbitragens, massagistas,
treinador, e outras despesas), o que muitas vezes não chega.
Câmara Municipal
retira os apoios do PAAC, o que dificulta ainda mais a vida nos clubes.
Jogadores portugueses
com a vida mais complicada. Os clubes de formação só vão receber uma comparticipação dos atletas que foram
passando pela sua formação, quando o atleta assinar um contrato de profissional
com outro clube. No entanto, esse clube antes vai olhar de cima para baixo,
quanto é que vai ter de compensar os clubes por onde esse atleta passou dos
doze aos vinte e três anos (existe uma tabela no comunicado oficial nº 1 da
Federação Portuguesa de Futebol). E aí vai verificar que é melhor trazer um
brasileiro, argentino, etc. vai ficar mais em conta. Não esquecer que só uma
margem muito mínima (1 a 2%) é que chegam a profissionais.
Problemas, atrás de
problemas. Os clubes planeiam uma época com todos os seus custos, e prováveis
receitas, chega-se a Dezembro, por diversos motivos vários atletas deixam de
pagar a sua mensalidade, e não aparecem mais. Eles sabem que no início da
próxima época podem assinar por outro clube à vontade, como se pode controlar
isto?
Menos praticantes.
Não tenham dúvidas que os clubes
pequenos fechando as portas à formação, muitos atletas vão deixar de praticar
desporto. Os grandes não vão ficar com tudo, os bons e os menos bons, e não estão com o trabalho
de formar os atletas que só jogam para praticar o desporto.
Armandino Silva (964 820 703) Departamento Formação
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