O
Bloco de Esquerda soube que a Segurança Social se prepara para
privatizar o Centro Infantil de Santa Maria da Feira, assim como muitos
outros no país (no total são 25).
Não
está na base deste plano de privatização nenhuma intenção de melhoria
dos serviços prestados, como se vê pela falta de interesse demonstrada
pelas necessidades dos pais e das crianças. A Segurança Social quer
proceder a um processo de privatização a 80 dias do início do ano
letivo; quer mudar direções, gestões e equipas educativas a menos de 3
meses do início do ano letivo e quando falta uma semana para terminar o
prazo para inscrições no próximo ano letivo. É um processo ridículo,
feito em cima do joelho, sem qualquer respeito pelos pais e pelas
crianças e que tem um único objetivo: aproveitar as férias para despedir
milhares de funcionários.
Já
sabemos que o atual governo tem como objetivo destruir o que ainda
existe de público na Saúde, na Educação e na Segurança Social, e por
isso procede a esta privatização sem nenhum sentido. Sabemos também que
este Governo PSD-CDS tem como objetivo despedir o mais que possa na
Função Pública, e por isso prepara este atentado terrorista a 25 Centros
Infantis no país, o Centro Infantil de Santa Maria da Feira incluído.
É
um processo sem pés nem cabeça, porque a privatização destes espaços
retirará das mãos da segurança social o controlo destes espaços e da
qualidade dos mesmos, mas não retirará as despesas pois, como se sabe, a
Segurança Social financia e subsidia as IPSS que ficarão a explorar os
espaços. Ou seja, a opção do governo de Direita é destruir estes espaços
públicos para ficar a pagar rendas a privados para que estes prestem os
mesmos serviços que antes a Segurança Social fazia. É algo tão lógico
como vender a própria casa para depois ficar a pagar uma renda pela
mesma casa que era minha e onde eu habitava. Contas à moda do PSD e do
CDS-PP.
São
contas que nada têm em conta a não ser a destruição dos serviços
públicos e a celebração de rendas com os privados. Nada mais conta: os
pais e as crianças não contam, pois ficam na incerteza do futuro, não
sabendo se o Centro Infantil continuará a funcionar, com que equipa, com
que preços, etc. Os funcionários contam ainda menos para o governo de
Direita, pois o objetivo é mesmo despedi-los.
O
Bloco não aceita e não se conforma com esta visão de destruição do
público e de benefício dos privados, por isso vai questionar o
Ministério confrontando-o com as contradições e com os objetivos desta
proposta de privatização.
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