sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

BE: quer garantias de que o Cineclube da Feira não deixará de programar

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O Cineclube da Feira tem, desde há muito a esta parte, alertado para o perigo de suspender a sua programação regular. Na base deste problema está o facto de a Biblioteca Municipal não estar equipada com um projetor digital e o facto de a esmagadora maioria dos filmes circularem hoje em formato digital.

A consequência imediata é que o Cineclube interromperá as suas sessões regulares até abril de 2014. Sem o projetor digital prevê-se que o cenário seja pior, levando mesmo ao fim da programação regular de cinema.

O Bloco de Esquerda lembra que a cultura não deve ser marcada apenas por epifenómenos ou eventos de duração de uma semana. A cultura, deve sim, criar uma programação que disponibilize oferta cultural regular, que crie público e hábitos. Desse ponto de vista, o Cineclube tem tido um trabalho ímpar no concelho de Santa Maria da Feira, sendo, inclusivamente, o garante da oferta de cinema para uma parte considerável da região.

O Bloco de Esquerda lembra ainda que no ano passado a Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira aprovou, por unanimidade e por proposta do Bloco, um voto de louvor ao Festival de Cinema Luso-Brasileiro e ao trabalho desenvolvido pelo CineClube da Feira.

Ora, aqueles que reconheceram a importância do trabalho do Cineclube não podem agora ser os mesmos que lhe ditam o fim por se negarem a encontrar uma solução de aquisição de um projetor digital.

Assim, o Bloco de Esquerda proporá, na próxima Assembleia Municipal, que se proceda à aquisição urgente de um projetor digital, para equipar uma estrutura municipal que é a Biblioteca.

Sabemos ainda que este é um bom momento para proceder à aquisição deste equipamento, uma vez que o seu preço no mercado baixou drasticamente nos últimos tempos, estando hoje a quase metade do valor.

Acreditamos que essa aquisição se justifica porque permitirá continuar a programação regular e continuada de cinema no concelho, assim como a continuação de um trabalho que se complementa com o festival de cinema luso-brasileiro.

Recusar esta solução será impensável e indefensável para um Executivo que tanto enche a boca com a Cultura e que agora tem até um pelouro autónomo para esta área. Será ainda incompreensível quando se sabe que canaliza para a Feira Viva, em apoios diretos e indiretos, milhões de euros anualmente. Será que de entre tanto dinheiro não há lugar à aquisição de um simples projetor para garantir a programação de cinema, semanalmente, no concelho?

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