quarta-feira, 14 de março de 2012

CDU - Abate de árvores no lugar do Cavaco

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Num dia como outro qualquer, esta última sexta-feira, dia 9 de Março, não poderia desdizer da passividade com que se vai deixando destruir em terras da feira o ambiente já de si tão mal tratado. Ao passar junto das apelidadas “bombas de combustível do cavalo branco” no lugar do cavaco, zona alta da cidade da Feira, uma delegação da CDU que se dirigia para uma iniciativa noutra freguesia, foi inopinadamente surpreendida por mais um crime contra o ambiente, sendo este perpetrado na pessoa da junta de freguesia da Feira. Num pequeno jardim ali existente, numa azáfama pouco habitual, procedia-se ao abate das árvores. Para dois cedros com cerca de meio século o destino marcara a hora e, segundo a avalizada opinião do Sr. presidente da junta da Feira, aqueles espécimes de Cedro-do-Buçaco (cupressus lusitanica), plantados ali para enquadrar um pequeno monumento religioso estavam com a hora marcada para o seu fim. É “vox populi” que eles ali se encontravam desde a inauguração do atrás mencionado monumento, pelo ditador Américo Tomás, no inicio da década de sessenta. Acercamo-nos de gente tão laboriosa questionando o porquê de decisão tão drástica e, fomos de imediato informados que os mesmos faziam sombra ao pomar de Kiwis que lhes é vizinho a uma cota inferior. Convém referir que, as árvores em questão são muito anteriores ao dito pomar e, não apresentavam qualquer sintoma de velhice ou constituíam risco que fosse para os muros da propriedade vizinha, ou sequer a via pública. Como se depreende, os funcionários da junta de freguesia da Feira não se encontravam ali por iniciativa própria, mas sim a mando do senhor Fernando Leão, ilustríssimo presidente da junta PSD da Feira que, chamado a dirimir entre os interesses públicos e os privados deu uma vez mais primazia aos privados, como aliás é seu apanágio. O caricato, é que a paragem de autocarro que ali se encontra instalada está danificada à longa data e nunca foi arranjada ou mandada arranjar pela junta. Então apetece-nos perguntar: - Quanto custou ao erário público manter durante um dia, uma brigada de três a quatro homens, uma retroescavadora, um camião e outras maquinarias no local? As árvores não podem manifestar-se mas, qual o dano ambiental causado por este acto leviano? Um dia infelizmente saberemos…. 


Nota do Engenho: Onde é que já vimos isto aqui em Paços de Brandão?

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