Brasão
Goda, alça gótica, suspensório dos visigodos
Burgo de seixos, rude e despido de ociosos
Para muitos, estação agrícola semeada de engodos
Rica de enviados - e ou não - regressados de terrenhos untuosos.
Hino
Pátria do Ti Zé Queixeirinha
historiador de montes e tapadas
Literato de actos, em reservas de analfabetismo
Desenhador de feixes nas montadas
noivo das cobras, dos sardões e das mulheres que não tinha
Arruador enxadado, urbano cheio de godo e de carismo
Goda, Goda, Goda...
Que tudo corta com poda...
Nobre aldeia sem igreja
E até mesmo sem capela
Fértil de matos e de carqueja
E muito feijão na panela
Mas dona de belas alminhas
Quase vazia de coroas
Mas cheia de belas velinhas
Depositadas por gentes boas
Goda, Goda, Goda...
Humilde mas sempre na moda...
Terra de eiras e de sentieiras
Do homem bom e da mulher amada
Branqueada pelas morenas lavadeiras
No tanque dos patais, do ermo e da ramada
Goda, Goda, Goda....
Sem festas mas com muita boda...
Epilogo
Poderia ir mais longe a culpa já vem dos anos
e a memória atraiçoa
Saudações para todos os conterrâneos
que fiquem todos numa boa
Que me perdoem os vivos
que dos mortos estou perdoado
Longa vida aos que estão erguidos
e paz aos que estão deitados
Foi assim, que Goda entrou na história
Ao mesmo tempo que nasceu
Sem mim. Goda não teria glória
Sem Goda. Mim não seria eu.
Antanho Esteve Calado (Fernando Oliveira)
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