A época das pedradas
Faltavam já as centenas (ou
mais?) de euros nos convites e ainda nem estamos em período de pré-campanha
eleitoral.
A verdade é que, de promessa em
promessa até à pedrada inaugural, seria talvez de bom senso cada feirense se
proteger tal será a quantidade de pedras que serão lançadas pelo PSD para
inaugurar a obra que não inauguraram nos últimos quatro anos e, verdade seja
dita, nas suas três décadas de governação do poder local.
A única pedrada, e fatal, foi ao
poder local democrático, substituindo as 31 freguesias com a sua história e a
sua proximidade às juntas de freguesia, por mega e qualquer dia giga uniões de
freguesias, pondo sim uma grande pedra sobre o assunto.
Aliás, de pedras entende bem o
PSD – são as pedreiras de Lourosa que já motivaram ameaças de multas por parte
da Comissão Europeia face às queixas da CDU, são as pedras da Mámoa (ou um
buraco no meio de pedras) cheio de poluição nas águas e sem qualquer
vigilância, são as pedras nas estradas num concelho em constantes obras na rede
viária, enfim...
E é sempre o PSD quem lança a
primeira pedra para criticar, sem pejo nem vergonha, quando tem sido,
juntamente com PS e CDS no plano nacional, o responsável pela degradação
abismal da qualidade de vida dos portugueses e particularmente dos
trabalhadores (contra quem estão sempre com sete pedras na mão).
E de empedernidos podemos falar
ainda de um PS desfeito, que a cada eleição autárquica busca desesperadamente
uma figura empresarial conhecida, que nem sempre o é, um CDS que se esquece
durante quatro anos que há população a defender ou um Bloco de Esquerda que
debaixo das pedras busca sempre um candidato independente para lançar (e que
até hoje, depois de eleito, nunca cumprem o mandato, chegando-se quase ao fim
da lista para conseguir alguém que o assuma).
E, de empedernidos falamos quando
apelam ao preconceito contra os comunistas, que ainda dizem a mesma coisa e são
um perigo para o país. A verdade é que a CDU não desaparece ao longo dos quatro
anos de mandato , é a força política com mais propostas, com mais denúncias e
ligação à Assembleia da República, com visitas mensais de deputados ao
distrito, com dezenas de perguntas ao Governo sobre o nosso município. Coisas
que, outros partidos com eleitos cá da terra, ou que dizem que são de cá, não
fazem.
À cautela, e conhecendo bem o
estilo de campanha que para aí anda, vou já colocando um capacete. É que as
pedras que o PSD tanto lança, raramente acertam no alvo, e acabam é por criar
mais problemas do que aqueles que resolvem. E de quando em vez, outros também
se lembram de atirar pedregulhos (como os terrenos a 1 euro o metro quadrado ou
a reforma aos 60 anos) e portanto, mais vale prevenir do que remediar. Vêm aí
as pedradas... no charco.
Lúcia Gomes
Eleita Municipal da CDU
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