Câmara da Feira e Junta de Freguesia de Paços de Brandão resolvem brincar aos empreiteiros, antes das eleições
O Bloco de Esquerda teve conhecimento que no dia 19 de junho, os pais e encarregados de educação das crianças que frequentam o Jardim de Infância nº 1 da Igreja, em Paços de Brandão, foram informados que o jardim-de-infância seria demolido para a construção de uma capela mortuária.
Os
habitantes de Paços de Brandão já há muito tinham conhecimento da
construção de uma capela mortuária. O que não sabiam e foi novidade, em
primeira mão para os pais e encarregados de educação, foi que o jardim
seria demolido para o início da construção da dita obra, sem antes haver
alternativa de instalação dos alunos noutro local, com condições
mínimas para um ensino de qualidade.
Segundo
apurou o BE, perante a incredulidade dos presentes sobre tal
informação, foram colocadas diversas questões, tanto à presidente do
agrupamento, como ao presidente da junta, relativamente a soluções para o
sucedido e também medidas de intervenção, caso se possa evitar o
extermínio da escola, na falta de melhores condições.
Na
altura o Presidente da Junta terá afirmado, que a decisão de demolir a
escola é irreversível, já está tudo planeado e delineado há algum tempo.
O
que causa indignação é esta decisão ter sido comunicada em cima da
hora, já depois de terem sido feitas as matrículas para o jardim, nas
quais a opção era o próprio estabelecimento, que então será demolido!?
Por que deixaram os pais efetuarem a matrícula numa escola que sabiam,
com toda a certeza, que iria ser demolida?
Para
o BE é inaceitável que se vá demolir uma escola, sem sequer ter um
local apropriado para receber as crianças, com as mesmas condições que
possuem atualmente.
Na
última Assembleia de Freguesia, devido a pressão popular, o executivo
já ensaiou um recuo. Aparentemente estão na disponibilidade de fazer
obras de requalificação na atual capela mortuária.
Esta
situação é no mínimo exemplar da falta de responsabilidade dos nossos
autarcas, que muitas vezes se entretém a brincar aos empreiteiros, em
vez de planear antecipadamente as obras.
Todo
este processo é invulgar, causando até muita estranheza. Desde o preço
da obra, até o momento escolhido para a executar. São situações como
esta, que criam nuvens sombrias sobre a gestão das autarquias.
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